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sexta-feira, 31 de julho de 2020

“Dark”: entenda os conceitos de Física e Filosofia da série

Desaparecimentos, viagens no tempo, energia nuclear, árvores genealógicas confusas e intrincadas, suspense e muita ficção científica. Ou simplesmente “aquela série alemã difícil de entender”. 

Dark, lançada em 2017, terminou este mês após três temporadas como uma das séries de língua não inglesa mais vistas e mais bem avaliadas da Netflix. A produção conta a história dos moradores de uma pequena cidade na Alemanha, Winden, que se envolvem em uma série de situações estranhas, recheadas de elementos que podem ser explicados por meio da Física e da Filosofia. Conversamos com Carlos Nehemy Marmo, doutor em Engenharia pela USP e professor de Física, e separamos oito conceitos usados na série para você entender melhor a trama de Dark. Cuidado porque, a partir de agora, são muitos spoilers!

Teoria da Relatividade Geral

“A diferença entre passado, presente e futuro é somente uma persistente ilusão”. Essa frase do físico alemão Albert Einstein, e que dá início ao primeiro episódio da série, já dá uma pista do que encontraremos pelo caminho.

A dilatação do tempo e a contração do espaço fazem parte da Teoria da Relatividade Restrita de Einstein, publicada em 1905. Ela recebe esse nome porque é restrita a referenciais inerciais (em repouso ou MRU – Movimento Retilíneo Uniforme). 

Já a Teoria da Relatividade Geral, de 1915, entende e generaliza os conceitos da Relatividade Restrita aos referenciais acelerados, relacionando-os com a gravidade. É aí que aparecem brechas para as teorias ou especulações sobre buracos de minhoca e dobras espaciais, conceitos muito trabalhados na série.

Ponte de Einstein-Rosen 

<span class="hidden">–</span>Netflix/Divulgação

Os personagens de Dark conseguem viajar no tempo ao entrar em uma caverna na floresta. Lá, eles encontram um buraco de minhoca. Também conhecido por Ponte de Einstein-Rosen, é uma espécie de dobra no espaço-tempo, que forma um túnel que conecta dois lugares e tempos diferentes, em uma espécie de atalho. A hipótese surgiu após os estudos dos físicos Albert Einstein e Nathan Rosen, em 1935.

A série se aproveita da base desse conceito para justificar como Jonas e outros personagens conseguem se deslocar para diferentes épocas. 

Eterno retorno 

Outro conceito explorado pela série é o “eterno retorno”, de Friedrich Nietzsche. Segundo o filósofo alemão, o tempo é uma estrutura circular. Dessa forma, os eventos que formam a nossa existência se repetem infinitas vezes em eternos ciclos.

Essa teoria também é lembrada na série pelo uroboros, conceito representado por um símbolo de uma cobra engolindo o próprio rabo, encontrado na caverna.

Seguindo esse raciocínio, é inevitável esbarrar na crítica de Nietzsche ao livre-arbítrio. Afinal, nessa teoria, todos os fatos já estão atrelados em uma causalidade que impede mudanças. Mesmo uma suposta viagem ao passado já estaria prevista e desencadearia os mesmos acontecimentos encarados posteriormente. 

No momento em que Ulrich decide voltar no tempo para salvar seu filho Mikkel e tenta também impedir a morte de seu irmão Mads, ele desencadeia uma série de eventos que culminam exatamente nesses dois problemas.

Paradoxo de Bootstrap

De todos os conceitos mencionados, o Paradoxo de Bootstrap é o mais explorado por DarkEsse nome é uma referência à expressão pulling yourself up by your bootstraps, que pode ser traduzida por “puxar-se a si mesmo pela alças de suas botas”. A ideia é a de que algo possa dar origem a si mesmo, desencadeando um ciclo sem fim. Em primeiro lugar, é preciso considerar a possibilidade de uma viagem ao passado. A partir disso, algo passa a existir sem nunca ter sido criado.

Um exemplo desse paradoxo na série é o livro Uma Jornada Através do Tempo, de H.G. Tannhaus. O jovem Tannhaus recebe de Claudia Tiedemann uma cópia do seu livro pronto sem tê-lo escrito ainda. Ele decide então publicá-lo e, anos depois, uma outra versão de Claudia recebe uma cópia da obra e volta ao passado para entregá-lo ao relojoeiro mais novo. Nesse ciclo, a existência do livro é um fato, mas não se sabe a origem dele. Ele só consegue publicar a obra porque a recebeu de Claudia, que por sua vez, só tem acesso ao livro porque ele a publicou.

A história de Charlotte entra na mesma lógica. A personagem não sabe quem são seus pais e tem duas filhas: Franziska e Elisabeth. Quando Elisabeth cresce, tem uma filha chamada Charlotte, que é levada para o passado e cresce sem saber quem são seus pais. A própria existência de ambas é condicionada a esse paradoxo, de forma que Elisabeth é mãe e filha de Charlotte e é impossível saber qual das duas veio primeiro. 

Esse paradoxo elimina a ideia da linearidade do tempo. Os eventos deixam de ser apenas consequências de fatos anteriores, mas se tornam as causas. Em vez do futuro apenas sofrer a influência do passado, ele passa a influenciá-lo também.

Gato de Schrödinger

O físico austríaco Erwin Schrödinger criou um experimento mental no qual explica o conceito de superposição quântica. No experimento, um gato é preso dentro uma caixa com um contador Geiger, usado para medir níveis de radiação, um martelo e uma cápsula de veneno. Se ocorrer um decaimento radioativo, o contador aciona o martelo, quebrando a cápsula e matando o animal.

Enquanto a caixa estiver fechada, todos os estados de decaimento são possíveis, ou seja, não sabemos se o veneno foi liberado. Dessa forma, é impossível determinar o que aconteceu com o gato e as possibilidades de ele estar vivo ou morto existem ao mesmo tempo.  

“Seria o equivalente a uma moeda ser lançada dentro da caixa. Enquanto a caixa está fechada, existe 50% de probabilidade de ela ser cara e 50% de ser coroa, ela é cara e coroa ao mesmo tempo”, explica o professor Carlos Nehemy Marmo.

E como isso foi aplicado na série? Para explicar a existência de Adam mesmo com a morte de Jonas. O personagem mais novo é resgatado por Martha segundos antes do Apocalipse, mas alguns episódios depois ele é morto pela versão mais velha da garota. Mas o Jonas que se tornaria Adam era outro: é o que se esconde no sótão depois que Bartosz impede Martha de salvar Jonas. Ou seja, duas versões da mesma pessoa coexistem.

Tábua de Esmeralda

<span class="hidden">–</span>Reprodução/Reprodução

Um dos personagens mais misteriosos da série é Noah. Durante boa parte de Dark, é difícil descobrir se ele tem algum parentesco com outros personagens, sua origem e suas verdadeiras intenções. Mas a tatuagem em suas costas dá algumas dicas sobre suas crenças: a Tábua de Esmeralda.

Nela está um texto atribuído a Hermes Trismegisto. Na filosofia do hermetismo, seus defensores afirmam que todos os planos da existência estão interligados. Vale destacar que a Tábua de Esmeralda contém os dizeres na entrada das passagens na caverna: Sic Mundus Creatus Est, que significa “assim o mundo foi criado”. 

Triquetra

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Divulgação

Sabe aquele símbolo que relaciona os três anos principais da série em uma figura e aparece em diversos momentos? Ele é conhecido em diferentes culturas e religiões por nomes distintos. Triquetra, nó da trindade, círculos da existência, entre outros. A ideia é a de que três acontecimentos são interdependentes e se completam. As pontas também podem ser relacionadas a vida, morte e renascimento, ou ainda passado, presente e futuro.

No caso da série, os anos de 2019, 1986 e 1953 estão entrelaçados, sendo as causas e consequências deles mesmos. 

Partícula de Deus 

Na segunda temporada da série, conhecemos uma massa escura que é apresentada por Jonas como “Partícula de Deus”. Ela funciona como uma espécie de portal e é mais uma possibilidade para se viajar no tempo. Para isso, é necessário estabilizar as partículas subatômicas da massa.

Essa ideia da série faz referência a uma partícula elementar estudada pelo físico britânico Peter Higgs, na década de 1960. Conhecida como bóson de Higgs, ela consiste em uma partícula subatômica que, segundo os cientistas, fornece massa a partículas elementares, ou seja, aquelas que já não podem ser divididas em unidades menores. 

O nome popular “Partícula de Deus” surgiu apenas por uma mudança no título de um livro sobre o tema. A obra de Lion Lederman se chamaria The Goddamn Particle (“A Partícula Maldita”). O problema é que o editor não gostou da palavra damn (maldita) em destaque e publicou a obra como The God Particle (A Partícula de Deus). Mas vale ressaltar que esse nome é criticado por estudiosos por associá-la a algo divino.

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Atualidades: nova corrida espacial rumo a Marte?

Na quinta-feira (30), a Nasa, agência espacial americana, lançou uma nova missão para Marte: a Perseverance. O robô levará instrumentos para coletar amostras e observar a geologia. A previsão de pouso no planeta vermelho é em 18 de fevereiro de 2021.

Além disso, ele está levando de volta, depois de 20 anos, a Sayh al Uhaymir 008, or SaU 008, uma pequena rocha de basalto que se se soltou do solo de Marte entre 600 mil e 700 mil anos atrás e veio parar na Terra. Uma das explicações mais prováveis para isso é uma colisão com um outro grande objeto sólido vindo do espaço. Saiba mais sobre a pedra e qual será o papel científico importante na missão

Diferentemente do que vinha acontecendo até então, a Nasa não é a única que vai explorar o planeta. Na semana passada, em plena rivalidade diplomática e tecnológica com os Estados Unidos, a China enviou sua primeira nave a Marte. Poucos dias antes, os Emirados Árabes Unidos também já haviam lançado sua missão própria.

Os três países aproveitaram as condições favoráveis para o lançamento de foguete em julho. Como explica a SUPERINTERESSANTE, nesse período, que acontece a cada 26 meses, os planetas estão “encaixados” em um alinhamento ideal para que a nave siga uma trajetória mais simples, rápida, segura e gastando menos combustível.

Mas o que tudo isso pode representar no cenário mundial?

Nova corrida espacial

Com esses movimentos, muitos discutem sobre uma nova corrida espacial, semelhante à disputa entre os EUA e a União Soviética pela exploração da Lua. Atualmente, Marte é um dos planetas que mais chamam atenção da astronomia internacional, já que mostrou ser o mais semelhante à Terra. A possibilidade de vida nele é tema de vários filmes e motiva o sonho da colonização interplanetária.

Essa chance trouxe ainda mais entusiasmo, em 2018, quando cientistas italianos descobriram a presença de água líquida subterrânea no planeta vermelho. O estudo evidenciou que, apesar da superfície seca e árida, as camadas interiores de Marte podem ser bem diferentes, indicando que ele pode, sim, reunir condições suficientes para abrigar alguma forma de vida.

China x EUA

Apesar da resistência dos Estados Unidos, com seus altos investimentos, a China, que entrou tardiamente na corrida, realizou mais lançamentos para o espaço do que qualquer outra nação em 2018. Para completar, em janeiro de 2019, a China foi o primeiro país a aterrissar uma sonda no polo sul da Lua. Isso mexeu com o prestígio espacial americano de décadas.  

A conquista chinesa, então, fez com que o governo americano definisse novos rumos de sua política no espaço, complicando o avanço dos chineses ou russos rumo ao espaço. Em reportagem sobre o embate espacial, a VEJA aponta a preocupação mundial sobre o que a potência oriental pode fazer com as novas tecnologias desenvolvidas.

“Como as forças militares de Pequim controlam a maior parte dos programas espaciais, há grande apreensão de que seu objetivo seja, na verdade, usar seus modernos sistemas de lançamentos para reunir informações sobre seus adversários ou para bloquear qualquer tentativa de outros países de fazer o mesmo”, diz a revista.

Sugestões de leitura sobre o tema

Gosta do tema e quer viajar nas histórias sobre a exploração de Marte? Confira nossas dicas!

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A caminho de Marte: A incrível jornada de um cientista brasileiro até a Nasa


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O autor Ivair Gontijo conta a sua trajetória inspiradora, de como foi do interior de Minas Gerais até os laboratórios da Nasa. Ele também reúne informações sobre as descobertas científicas mais recentes sobre nosso vizinho e discute sobre a busca por evidências de vida no planeta vermelho e os desafios futuros na exploração do espaço. O livro venceu o Prêmio Jabuti de 2019.

De mudança para Marte: A corrida para explorar o planeta vermelho


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O livro apresenta a tese do premiado jornalista Stephen Petranek. Ele mostra desde o início da construção de foguetes para levar os primeiros humanos até o planeta vermelho, listando quais são os riscos reais dessa empreitada. Para Petranek, viver em Marte não é apenas um sonho, mas nosso destino.

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Como gostar de ler “Memórias Póstumas de Brás Cubas”

Por Flora Thompson-DeVaux

 

Quando lancei minha tradução de Memórias Póstumas de Brás Cubas para o inglês em junho deste ano, muita gente comemorou o sucesso do romance mundo afora. Mas, passeando pelas redes sociais, também vi alguns usuários comemorando por outro motivo: que agora os gringos iam ter um gosto daquilo que eles tinham sofrido no ensino médio. 

Esse é um sentimento que, francamente, não consigo entender. Ok, fui ler Machado só na faculdade, mas foi amor à primeira vista. Eu sou norte-americana e fui estudar português por um acaso, só para aprender outra língua, mas fui me fascinando pelo Brasil e resolvi conhecer melhor a literatura. Foi assim que topei com Brás Cubas. 

Eu já sabia que Memórias Póstumas era um dos Grandes Romances da Literatura Brasileira™, então acho que estava esperando algo meio empostado, com um tom grandioso, quinhentos personagens e uns três casamentos. Quando comecei a ler, fiquei de cara: o livro era delirante (literalmente, tem um delírio aí no capítulo sete), o enredo pulava de lá pra cá, o narrador insultava os leitores capítulo sim, capítulo não, e o personagem principal (spoiler) não faz nada da vida dele. Nunca tinha lido nada assim, muito menos algo escrito em 1880. Como alguém poderia achar isso chato?

Já ouvi de algumas pessoas que Machado de Assis escreve “difícil”, que teria que traduzir a linguagem dele para uma linguagem mais moderna para que os leitores de hoje em dia entendam. Não poderia discordar mais. Quando você vê o jeito que os colegas do Machado estavam escrevendo à época, a prosa dele parece tão leve como um tuíte. E você não precisa entender cada palavra, não, dá para pegar o sentido pelo contexto. (Falo por experiência própria: li Memórias Póstumas pela primeira vez no terceiro período de português, então tinha um monte de palavras que não entendia.)

Se tem uma coisa com a qual me identifico na rejeição ao Machado é a sensação de que ele é o grande pai da literatura no Brasil, um autor que vira uma obrigatoriedade – e é óbvio que ninguém gosta de ter um livro enfiado goela abaixo. Mas nem sempre foi assim. Em 1939, um secretário de educação se recusou a dar o nome do Machado para uma escola, justificando que os livros dele eram tão sombrios que “só os homens já formados podem [lê-los] sem perigo”. E em 2020 mesmo, o governo de Rondônia incluiu Memórias Póstumas de Brás Cubas numa lista de livros banidos.

Por mais que eu ache essas proibições sumamente bestas, tem algo na obra do Machado que pode ser visto como legitimamente perigosa. Convivi intensamente com Memórias Póstumas de Brás Cubas durante quase cinco anos no processo de tradução, e posso falar: não é só porque o personagem principal é um cadáver, mas o livro é bem dark. Mais uma coisa importante para lembrar, e que talvez alguns leitores percam de vista, é que o narrador morto e odioso é um perfeito representante da elite da época do Machado – e tem muita coisa nele que vale para as elites de hoje. Dá para entender por que certos governantes talvez não quisessem que os jovens tivessem contato com um retrato grotesco do privilégio brasileiro. 

Não vou me alongar mais, mas fica aqui meu convite para quem está lendo ou vai ter que ler Memórias Póstumas de Brás Cubas na escola, ou para alguma prova: faz de conta que não é obrigação. Faz de conta que você tá lendo escondido esse livro subversivo. Quem sabe desce mais suave. 

 

*Flora Thomson-DeVeaux é tradutora e escritora, mora no Rio de Janeiro e trabalha na Rádio Novelo. Estudou Spanish and Portuguese Languages and Cultures na graduação na Universidade de Princeton (EUA), e recentemente obteve o doutorado em Portuguese and Brazilian Studies na Universidade Brown, também nos Estados Unidos.

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9 filmes e documentários para quem sonha em dar aulas

A realidade das salas de aulas é um tema que sempre despertou o interesse da sétima arte. E com razão. Afinal, é onde crianças e adolescentes passam boa parte do dia e os professores podem difundir todos os conhecimentos que possuem de determinada disciplina. A carreira é fundamental para a formação de todos nós.

Pensando nisso, fizemos uma lista com nove filmes e documentários nos quais o professor tem um papel fundamental. São lições valiosas para serem usadas na escola e na vida. Confira:

Clube do Imperador (2002)

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Divulgação

William Hundert é professor uma tradicional escola nos Estados Unidos e completamente apaixonado por sua profissão. Ele valoriza a ética em suas aulas e reforça a importância do caráter. 

Com a chegada de um aluno novo, Sedgewick Bell, filho de um poderoso senador, Hundert se sente desafiado. O jovem passa a questionar os ensinamentos e valores do professor, mas o docente vê muito potencial em Bell. Nessa relação, os dois são colocados à prova e tudo muda depois de um concurso sobre Roma Antiga, no qual o estudante decide trapacear. 

Encontrando Forrester (2000)

Jamal Wallace é um jovem de 16 anos que mora na periferia de Nova York e ganha uma bolsa de estudos em uma escola renomada da cidade, por causa de suas notas. Após uma aposta com seus amigos, ele conhece William Forrester, um grande escritor que vive em reclusão em seu apartamento. Percebendo o talento de Wallace para a escrita, ele o incentiva a desenvolvê-la e os dois acabam construindo uma grande amizade.

Disponível no Google Play.

Preciosa – Uma História de Esperança (2009)

<span class="hidden">–</span>Lions Gate Entertainment/Reprodução

Claireece “Preciosa” Jones, de 16 anos, enfrenta uma série de dificuldades no seu cotidiano. No ambiente familiar, a jovem é agredida física e psicologicamente pela mãe e é violentada pelo pai desde pequena, o que resulta em duas gravidezes – na segunda vez, ela é expulsa da escola. Depois, Preciosa consegue uma vaga em uma escola alternativa, onde encontra a professora Rain, que a auxilia com diversas questões pessoais e a ajuda a enfrentar dificuldades e a encontrar seu caminho por meio dos estudos. Com o tempo, é possível notar mudanças no comportamento de Jones, que começa a se abrir com a nova turma e se sentir acolhida.  

Disponível no YouTube e na Amazon Prime Video.

Mentes Perigosas (1995)

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Divulgação

Michelle Pfeiffer interpreta Louanne Johnson, uma ex-oficial da Marinha que decide dar aulas de Inglês em uma escola com alunos de baixa renda. Baseado em uma história real, o filme mostra a tentativa da professora de se aproximar dos estudantes. Depois que eles apresentam uma postura hostil, Johnson passar a adotar métodos pouco convencionais – as aulas incluem até caratê.

Disponível no Telecine Play.

Ser e Ter (2002)

Ser e Ter apresenta a rotina de George Lopez, um professor em uma escola do interior da França na qual crianças entre 4 e 11 anos dividem a mesma sala de aula do Ensino Fundamental e aprendem a ler, escrever, mas também a se relacionar, conviver com as diferenças e usar o raciocínio lógico. Indicado ao César, prêmio mais importante do cinema francês, o longa se tornou uma referência e tem sido estudado e mostrado em escolas de diferentes países.

Disponível no YouTube.

Pro Dia Nascer Feliz (2005)

Nessa obra fica ainda mais clara a discrepância do ensino brasileiro. Acompanhamos estudantes de diferentes regiões e classes socioeconômicas, que contam como é o dia a dia na escola, seus planos e o que incomoda cada um no sistema de ensino. Os alunos de escolas públicas, como é de se esperar, relatam as maiores dificuldades, como preconceito, precariedade da educação e violência.

Disponível no YouTube.

A Voz do Coração (2003)

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Divulgação

Nesse filme francês, Clément Mathieu é um professor de música que organiza um coral com seus alunos. Entre eles, está um jovem chamado Pierre Morhange. Anos mais tarde, Morhange volta a sua cidade natal, devido à morte de sua mãe, e encontra o antigo diário de Mathieu. Com isso, ele relembra da infância e, mesmo depois de muito tempo, volta a aprender com o professor. 

Escritores da Liberdade (2007)

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Divulgação

Em Escritores da Liberdade, a professora Erin Gruwell assume uma turma em uma escola que apresenta um grande descaso em relação aos seus alunos, sem incentivos ou mesmo acreditar no potencial dos jovens. Gruwell decide então elaborar um método diferente para despertar o interesse dos alunos. Ela inicia um projeto de leitura e escrita. A partir dele, cada estudante deve escrever, em uma espécie de diário, acontecimentos do cotidiano com a família e amigos, e seus pensamentos ao longo do dia. A ferramenta os ajuda a lidar com medos e inseguranças que sentiam. Com o tempo, chegam a enxergar os colegas de uma forma diferente e percebem o quanto têm em comum.

Disponível na Netflix, no YouTube, no Google Play e na Amazon Prime Video.

Primeiro da Classe (2008)

Baseado em uma história real, Primeiro da Classe é sobre um professor, Brad Cohen, que tem síndrome de Tourette. Esse distúrbio é caracterizado por provocar tiques motores e vocais frequentes, o que fez com que Cohen enfrentasse muito preconceito ao longo da vida. Mesmo assim, ele decide ir atrás de um sonho: tornar-se professor. Os desafios não são poucos e os alunos fazem piada sobre sua síndrome, mas Cohen não desiste e decide seguir com a profissão.

Disponível no YouTube.

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Por que Clarice Lispector é a diva pop da literatura na internet?

“Liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome”. Quem nunca viu ou ouviu essa frase por aí? Para além do universo da literatura, Clarice Lispector conquistou também a internet. A escritora, que nasceu há 100 anos, em 1920, tem seu rosto espalhado por diversos ambientes digitais, acompanhado de memes e citações que criam uma personalidade única para Clarice a partir do pouco que se sabe sobre a autora.

Apesar da fama literária, ela gostava pouco da vida pública ou de ser considerada como escritora. “Tudo o que eu digo, a maior bobagem, é considerada como uma coisa linda ou uma coisa boba”, contou em uma de suas entrevistas mais conhecidas para a TV Cultura, em 1977. Ironicamente, sua popularidade digital confirma o que pensava Clarice. Pequenos fragmentos da sua produção geraram uma admiração digital que lhe conferiria o status de conselheira amorosa.

Para Rachel Teixeira Valença, coordenadora de literatura do Instituto Moreira Salles, essa reputação se deve muito a sua colaboração em jornais. “Já que grande parte dessa produção abordava o tema das relações de amor”, afirma, “talvez isso tenha valido a ela tal título”.

<span class="hidden">–</span>Artes Depressão/Reprodução

Conselhos de Clarice

Tereza Quadros, Helen Palmer foram dois dos pseudônimos usados por Clarice, que também foi ghost writer da atriz Ilka Soares. A autora usava a liberdade do anonimato para escrever sobre moda, maternidade, etiqueta e amor por meio de seu ((estilo único e com senso de humor)).

Assim como em seus livros, Clarice incorporava pequenas provocações, característica muito diferente do que se esperava das despretensiosas colunas femininas da época. Seja mencionando Simone de Beauvoir, até então inédita no Brasil, ou com comentários que se fazem presente até hoje em discussões feministas, ela chamava atenção. Coletâneas como De Amor e Amizade (2010) e Correio Para Mulheres (2018) reúnem textos de suas colunas como jornalista e cronista de assuntos femininos. Em “Quem é que você deve imitar?”, ela diz: “a questão está toda aí: você deve imitar você mesma”.

“Creio que o leitor procura identificar-se com o que lhe é mais familiar, mais próximo”, explica Rachel. Ao falar sobre temas como a solidão, o sagrado, o amor e a morte, suas obras continuam tocando o que há de mais atemporal no nosso cotidiano: as “aflições humanas”, como descreve a coordenadora do IMS. 

O artigo A Hora da Estrela Virtual: Leitura, Literatura, Reapropriação e Remix de Clarice Lispector nas Redes Sociais, de Anderson Paes Barreto e Carolina Dantas de Figueiredo, publicada na Revista Brasileira de História da Mídia, da Universidade Federal do Piauí, ainda aponta que as citações retiradas da obra da escritora servem como “pérolas de sabedoria” e se assemelham aos “microcontos”, populares entre autores a partir dos anos 1990. 

Ainda que o microconto não seja considerado um gênero literário, autores como Tolstói, Julio Cortázar e Ernest Hemingway produziram narrativas de ficção em um espaço menor que um tuíte. Apesar de não existirem definições claras quanto à produção, o limite costuma ser de 150 caracteres, enquanto em um tuíte cabe, no máximo, 280. Para os autores do artigo, as citações de Clarice ganham ares de pequenas narrações que se bastam por si próprias. Nesse sentido, ela “aparece como diva (…), mas também como amiga ou guru”, afirmam.

<span class="hidden">–</span>Artes Depressão/Reprodução

O mistério clariciano

Nas redes sociais, pouco importa se as frases de Clarice são mesmo de Clarice. Ainda segundo Anderson e Carolina, o compartilhamento de certos conteúdos por fãs, no ambiente virtual, indica também uma apropriação de certas características daquele ídolo. “A simples ideia de que determinado texto é da autora já aquece seu público e o reúne em certo grupo de identidade ou interesse”, continuam. Assim como os fandoms, seguir, curtir ou compartilhar conteúdos relacionados a um tema nos insere imediatamente a um grupo social virtual.

Clarice sempre foi particularmente atraente. Autor da obra Clarice, uma Biografia, o americano Benjamin Mosler afirma que a figura de Clarice era muito magnética: “em 15 anos ela passou de refugiada, como milhões de sírios hoje, para se tornar uma lendária dama do Rio”, falou em entrevista ao El País.

Rachel concorda que é difícil deixar de levar em consideração o fascínio exercido por suas características pessoais. Reclusa, elegante e bela, a atmosfera de mistério sobre a vida da escritora deixam a imaginação livre para criarmos todas as Clarices virtuais.

Mas a contemporaneidade da escritora, certamente, reúne seus fãs. Em entrevista ao portal GaúchaZH , Teresa Montero, autora da biografia “Eu Sou uma Pergunta“, argumenta como o debate sobre as mulheres empoderadas só é possível a partir do trabalho de pioneiras no passado, como Clarice. Assim, suas obras continuam moldando nosso cotidiano. E a autora nos desvenda caminhos que, até hoje, ainda não compreendemos.

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6 livros indicados por grandes personalidades

Nessa quarentena, muitas pessoas estão explorando diferentes hobbies para passar o tempo e conquistar mais conhecimento. Uma ótima forma de fazer isso é lendo. Seja um conteúdo mais teórico ou algo para exercitar sua mente, a atividade é extremamente benéfica para nosso cérebro. Já parou para pensar o que pessoas muito bem-sucedidas, que são referência ao redor do mundo, leem no seu tempo livre? Separamos seis livros indicados por grandes personalidades para você conhecer. Confira:

A Bailarina de Auschwitz, de Edith Eva Eger
(por Bill Gates)

A autora Edith Eger conta nesse livro toda sua história de sofrimento, humilhações e muita superação. Ela tinha 16 anos quando foi enviada para o campo de concentração de Auschwitz. Seus pais morreram na câmara de gás, mas ela foi encontrada em uma pilha de corpos por soldados americanos. 

Anos depois, Edith estudou Psicologia e passou a ajudar vítimas de violência e veteranos de guerra com estresse pós-traumático. A obra reúne tanto suas memórias quanto histórias de pacientes. A ideia é mostrar a importância de confrontar o sofrimento para encontrar liberdade.

Disponível aqui

Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola, de Maya Angelou
(por Oprah Winfrey)

Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola é o primeiro dos cinco volumes da autobiografia de Marguerite Ann Johnson, ou Maya Angelou, poeta, escritora, cantora e ativista. Nascida em 1928, ela foi criada no sul dos Estados Unidos por sua avó paterna. O livro aborda as dificuldades e preconceitos que enfrentou principalmente durante a infância. Uma edição de 2015 da obra, originalmente publicada em 1969, apresenta um prefácio escrito por Oprah.

Disponível aqui

Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
(por Barack Obama)

Uma das obras mais importantes da literatura latino-americana e um dos mais famosos do colombiano Gabriel Garcia Márquez, Prêmio Nobel de Literatura em 1982. São mais de 50 milhões de exemplares vendidos, em 46 idiomas. 

Cem Anos de Solidão narra a história da família Buendía em Macondo, um vilarejo fictício. Mesclando elementos da realidade com magia, a obra apresenta diversas gerações com muitas características em comum, criando uma narrativa cíclica. 

Disponível aqui

Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, de Yuval Harari
(por Mark Zuckerberg)

Doutor em história pela Universidade de Oxford, Yuval Harari apresenta no livro a história da humanidade, relacionando o passado com o presente. Ele explora o fato de sermos a única espécie que cria coisas que não existem na natureza e pauta a vida atrelada a elas, como dinheiro ou direitos humanos. O autor ainda trabalha a relação do humano com o capitalismo, com o imperialismo, a arte e os avanços científicos.

Disponível aqui

Persépolis, de Marjane Satrapi
(por Emma Watson)

Considerada a melhor história em quadrinhos de 2004 na Feira de Frankfurt, Persépolis é a autobiografa da iraniana Marjane Satrapi. Ela tinha 10 anos quando se viu obrigada a usar véu e a estudar em uma sala de aula só de meninas. Na obra, ela narra a história do Irã dos anos 1970 até a década de 1990. Lembre-se que nesse período ocorreu a Revolução de 1979, que implantou a atual República Islâmica. Com um humor irônico, ela apresenta o dia a dia opressivo dos iranianos, convivendo com torturas, assassinatos, pressão nas escolas e a guerra contra o Iraque (1980-1988).

Disponível aqui

O Dilema da Inovação, de Clayton M. Christensen
(por Steve Jobs)

O que é necessário para uma empresa ser bem-sucedida? Segundo o autor de O Dilema da Inovação, algumas atitudes consideradas corretas, como ouvir os clientes ou investir em novas tecnologias, não são suficientes. Ele apresenta casos de sucesso e de fracassos de empresas renomadas, além de regras para realmente inovar. Essa obra pode ajudar não apenas quem sonha em ser empreendedor. Afinal, a inovação fará a diferença em qualquer profissão.

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Último dia para se inscrever no Fies do 2° semestre

Nesta sexta-feira (31) acaba o prazo para se inscrever para o Fies do segundo semestre, no site do programa. As inscrições começaram na terça-feira (28). Nesta edição, serão ofertadas 30 mil vagas.

Pode participar quem participou do Enem, a partir da edição de 2010, que tenha obtido média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos e nota superior a zero na redação. Também é necessário possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

A lista de aprovados será divulgada no dia 4 de agosto. O período para complementação da inscrição dos candidatos pré-selecionados será do dia 4 até às 23h59 de 06 de agosto. 

Lista de espera

Os candidatos não pré-selecionados na chamada única do Fies podem disputar uma das vagas ofertadas por meio da lista de espera. Todos os não pré-selecionados na chamada única serão, automaticamente, incluídos em lista de espera. O prazo de convocação por meio da lista de espera é do dia 04 até às 23h59 de 31 de agosto.

O Fies, programa do Ministério da Educação, concede financiamento a estudantes em cursos superiores pagos, possibilitando juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato.

Prepare-se para o Enem sem sair de casa. Assine o Curso Enem do GUIA DO ESTUDANTE e tenha acesso a centenas de videoaulas com professores do curso Poliedro.

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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Como lidar com amigos com opiniões políticas diferentes?

Discutir sobre política é algo que pode despertar os ânimos e gerar debates calorosos. Na busca por um inexistente “certo e errado”, muitas pessoas acabam entrando em discussões complexas, apelam para argumentos rasos e até ficam mais agressivas.

E quando essa discordância ocorre com um amigo? Será que vale a pena levar a discussão adiante ou mesmo terminar uma amizade por isso? 

Para ajudar a pensar nessas questões, conversamos com Edvaldo Lopes, coordenador pedagógico do Colégio Oficina do Estudante, de Campinas (SP), e com Cláudio Falcão, diretor do Sistema de Ensino pH. 

Em primeiro lugar, tenha em mente que é muito importante valorizar o debate. Acima das paixões, há a necessidade de discutir as ideias para que possa haver uma evolução do senso crítico e da percepção social. Então a dica aqui é saber falar, ouvir e rebater sempre no campo das ideias, evitando ao máximo uma passionalidade nociva. 

“É preciso usar a empatia e buscar entender as motivações que levam o amigo a pensar diferente”, diz Falcão. Devemos nos perguntar: a visão do outro é fruto do seu histórico de vida? É fruto de interesses corporativos ou de classe? De concepções religiosas? E o mesmo vale para as suas próprias convicções: “por que penso assim?”.

Sempre questione a si mesmo. Questione as suas próprias motivações.

Também é importante buscar referências teóricas. Tente se basear em fatos, em dados, não em achismos.

Vale a pena terminar uma amizade por isso?

Ser amigo é um exercício de tolerância e empatia. As divergências políticas são naturais em um ambiente democrático. Além disso, faz parte do processo de amadurecimento lidar com as diferenças. “As certezas de ambos os lados podem conter falhas. Saber ceder é sinal de maturidade e de acolhimento. E, muitas vezes, ter posicionamentos diferentes em relação a política, a religião e a outros temas nos trazem mais repertório de vida”, diz Lopes. 

Com isso em mente, também devemos considerar que existem certos posicionamentos que são muito difíceis de lidar. Afinal, alguns limites precisam ser respeitados. Em situações de opressão, por exemplo, opinar a favor do opressor é algo inadmissível. “Conviver com o racismo, com a homofobia, com a intolerância e com fascismo nos faz coniventes”, diz Falcão. Isso pode, sim, segundo ele, ser um motivo razoável para um afastamento. A sua opinião acaba onde começa o respeito e os direitos de outra pessoa. Os exemplos levantados pelo diretor vão além de uma questão de achismos ou posicionamentos, mas de caráter e respeito ao próximo.

Insistir na discussão ou deixar de lado?

Lopes destaca a diferença entre embate e debate. Enquanto no primeiro ninguém cede e coloca as próprias convicções antes da amizade, o debate requer condições básicas, como ouvir, apropriar-se da fala do outro de forma honesta e respeitosa, posicionar-se de forma assertiva e sem ofensas pessoais ou depreciativas. “Se ambos estiverem debatendo, saberão o momento de pausar. No embate há mágoas e ressentimentos que encerram qualquer possibilidade da manutenção da amizade”, diz. 

Fuja de opiniões que não estejam baseadas em fatos científicos ou que não são frutos de informações de fontes confiáveis. Tenha embasamento e tente construir uma argumentação consistente. Além disso, evite usar um tom agressivo, partir para algum aspecto pessoal ou ser desrespeitoso com o próximo. “Sempre que a conversa sair do ambiente amigável e produtivo de troca de ideias, ela deve ser encerrada”, afirma Falcão.

Mais dicas  

Vá com calma

Apresente suas ideias de uma maneira tranquila. O excesso de impulsividade na hora da conversa pode gerar desentendimentos e as chances dos argumentos plausíveis ficarem de lado são grandes. 

Não há vencedores

Todos aprendem com um debate saudável e ético. O convencimento é um processo e não precisa necessariamente acontecer, já que é possível conviver com pessoas que divergem no campo político. Pensando assim, fica mais fácil enfrentar um debate. 

Ouça e saiba ter um olhar crítico sobre você 

Aprender a ouvir sem preconceitos e julgamentos é uma condição primordial para construir diálogos. Escute o outro com atenção às ideias apresentadas e saiba reconhecer se o argumento dele é convincente a ponto de mudar a sua própria opinião. Não é fácil reconhecer que estava equivocado. Isso requer maturidade e flexibilidade, mas é necessário.

Tudo tem limites

Não se esqueça que as discussões devem ocorrer respeitando certos pontos, como a democracia, o lugar de fala do outro e a tolerância. 

Não existe verdade absoluta

É possível que você e seu amigo terminem a discussão concordando em alguns pontos e ainda discordando em outros. E está tudo bem. Temos muito mais perguntas que respostas. O importante é sempre estar aberto ao diálogo.

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“Ideias que Colam”: estude o pensamento de Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche nasceu em 15 de outubro de 1844, na Alemanha. Foi criado em uma família de clérigos luteranos e preparado para ser pastor. Aos 18 anos, perdeu a fé em Deus e passou por um período libertino, quando contraiu sífilis. Tornou-se professor de Filosofia e poesia gregas com apenas 24 anos, na Universidade de Basileia (Suíça), em 1869.

Uma de suas frases mais famosas foi “Deus está morto”. Nietzsche não se colocava como um “anticristo” no sentido evangélico do termo, mas como alguém que queria a morte das “muletas metafísicas”, ou seja, dos “apoios” fora da vida, de viver baseado em um mundo que não existe. E, por isso, defendia que toda religião é opressiva.

O oitavo episódio de “Ideias que Colam”, primeira série em animação da Liquid Media Lab, em parceria com o Instituto CPFL, faz um resumo sobre os pensamentos fortes de Nietzsche. Além de conhecer esse grande nome, é também uma maneira de estudar para o Enem, já que a filosofia pode aparecer não só em questões específicas, mas também de forma interdisciplinar com outras matérias no exame.

Gostou? Confira também os episódios anteriores da série:

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Inscrições para o vestibular 2021 da Unicamp começam nesta quinta-feira

A partir desta quinta-feira (30), os estudantes podem se inscrever no vestibular da Unicamp, no site da Comvest. O prazo vai até o dia 8 de setembro. A taxa de inscrição é de R$ 170 e o pagamento poderá ser feito até o dia 10 de setembro. 

Vale lembrar que quem conseguiu a isenção não está inscrito automaticamente. Ou seja, os beneficiados também precisam realizar as inscrições neste período, utilizando o código de isento fornecido pela Comvest. 

Mudança

Na semana passada, a Comvest cancelou para 2021 a modalidade de ingresso Enem-Unicamp, tendo em vista que a mudança de datas do exame pelo Inep impossibilita que a Comissão receba os resultados a tempo das matrículas na Unicamp em 2021.

Todas as 639 vagas previstas pelo edital serão transferidas para o Vestibular 2021, que passará a oferecer 3.234 vagas. Os percentuais de reserva de vagas do edital Enem-Unicamp para candidatos de escola pública (10%) e candidatos autodeclarados pretos e pardos (10%) também passam para o processo seletivo da instituição.

Dessa maneira, com o percentual de 15% que já existia no Vestibular Unicamp, fica estabelecido o mínimo de 25% dos ingressantes autodeclarados pretos ou pardos.

Mais datas atualizadas da Unicamp

  • Nesta edição, a primeira fase será aplicada em dois dias no começo de 2021, para diminuir o número de estudantes e evitar aglomerações: os candidatos aos cursos do segmento de Ciências Humanas/Artes e de Exatas/Tecnológicas farão a prova no dia 6 de janeiro. Já os candidatos da área de Ciências Biológicas/Saúde farão a prova no dia seguinte, 7 de janeiro;
  • A segunda fase não sofrerá alteração do formato e continuará sendo aplicada em dois dias: 7 e 8 de fevereiro de 2021;
  • A primeira chamada deve ser divulgada no dia 10 de março.

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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Intercâmbio depois da pandemia: 5 dicas para já preparar sua viagem

Sonhava em estudar no exterior, mas precisou adiar os planos, por conta da pandemia? Ou, pensando no futuro durante a quarentena, decidiu fazer um intercâmbio? Essa é a realidade de muitos estudantes que estão ansiosos para pegar um avião e aprender muita coisa longe de casa. 

Mas, enquanto não é possível realizar o sonho, que tal aproveitar esse tempo para planejar cuidadosamente a sua viagem? Vamos ajudar! Raimundo Sousa, diretor internacional da OK Student, empresa de consultoria para estudantes brasileiros que querem ingressar em uma universidade no Reino Unido, separou cinco dicas para quem deseja estudar fora e quer se preparar desde já. Confira!

Curso

Seja um curso livre, uma graduação ou uma pós-graduação, o primeiro passo é definir a área na qual você deseja se especializar. Lembre-se: é um investimento alto, tanto em relação ao dinheiro como tempo, então faça uma escolha criteriosa. 

Confira dicas de como escolher a carreira ideal para você

Cidade

Depois de escolher a carreira, é hora de definir qual região é a ideal para o seu perfil. Pense nas suas preferências: gostaria de viver numa localidade mais tranquila ou agitada? Prefere um grande centro urbano ou uma cidade menor? Um lugar próximo ao litoral? De interesse histórico?

Universidade

O próximo passo é considerar a universidade. É importante ver quais as instituições mais renomadas no seu curso e se elas exigem algum exame para o ingresso ou comprovação de fluência no idioma.

Saiba mais sobre como funcionam os processos seletivos no exterior

Moradia

Outra questão importante é se o estudante pretende ficar em um albergue, uma casa de família ou mesmo se a própria universidade oferece algum tipo de acomodação para alunos. Isso irá refletir diretamente na sua rotina em termos de logística e custos.

Gastos

Seja com materiais, alimentação ou transporte, é fundamental considerar o investimento necessário para o seu dia a dia. O preço de um mesmo curso pode variar mais de 50%, assim como o custo de vida de uma cidade para outra pode oscilar em 30%. 

Bastante coisa para pensar, né? Temos mais conteúdos que podem te ajudar no planejamento!

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Carreira acadêmica: saiba como é trabalhar com pesquisa

Carreira acadêmica é o nome dado, muitas vezes, à escolha de seguir estudando até bem depois da graduação. Ou seja: fazer mestrado, doutorado, pós-doutorado, etc. Mas a carreira acadêmica é muito mais do que só isso: envolve encarar de frente tudo que a humanidade ainda não entende e se dedicar para ampliar, ainda que um pouco, a nossa fronteira do conhecimento.

Normalmente associamos a carreira acadêmica a uma vida na universidade: a pessoa que segue estudando além do mestrado, no nosso imaginário, continua trabalhando na universidade até o fim da carreira. Mas nem sempre é esse o caso, especialmente nos Estados Unidos e Europa, onde já há esforços mais concentrados para aproximar a academia do mercado de trabalho.

Da academia ao mercado

Isabel Viegas de Lima, por exemplo, após fazer a graduação em engenharia civil em Berkeley e um mestrado em Transporte no MIT, atualmente trabalha em uma consultoria de transportes chamada Steer. Para ela, aprofundar os estudos e, depois, seguir para um emprego de consultoria foi um rumo natural, traçado pelo que ela chama de “interesse em perguntas técnicas difíceis”.

“Enquanto cursava minha graduação em engenharia civil em Berkeley, estagiei em um centro de pesquisa de mobilidade urbana. Lá entendi que dentro do mundo de transporte podemos simplificar as soluções criadas em dois eixos: a sofisticação técnica e a aplicabilidade. Eu reconheci que queria fazer parte de projetos que eram técnicos e aplicáveis ao mesmo tempo, e com isso em mente decidi aplicar ao MIT, que tende a trabalhar com projetos de grande impacto”, conta.

Sua experiência de pesquisa, tanto na graduação quanto no mestrado, foi essencial na preparação para o seu trabalho atual. “Meu mestrado, onde foquei em desenvolver modelos avançados para modelagem de comportamentos ligados a mobilidade, me preparou muito teoricamente para os projetos dos quais faço parte”, conta.

Carreira acadêmica e pesquisa

Mas par aplicar o conhecimento, é necessário que ele seja produzido primeiro. E a produção de conhecimento foi o que atraiu Bárbara Cruvinel Santiago desde cedo, quando ela participava de olimpíadas científicas. Uma delas, em particular, lhe chamou a atenção: o Torneio Internacional de Jovens Físicos (IYPT).

Esse torneio, como conta Bárbara, “não envolvia provas, mas sim que você resolvesse problemas de física completamente abertos de maneira teórica e experimental, o que parece mais com a vida de um pesquisador na vida real”. “Eu passava noites acordada resolvendo esses problemas e planejando meus experimentos”, lembra. E conclui dizendo que “desde então sabia que queria seguir carreira acadêmica e produzir conhecimento em vez de só aplicá-lo”.

Para isso, ela fez a graduação em física em Yale. Passou as férias de verão do seu primeiro ano no CERN, a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear. “Mas a pesquisa nessa área envolve programar o dia inteiro”, diz. Por isso, buscou uma área de pesquisa onde pudesse colocar a “mão na massa”. Passou seus dois últimos anos da graduação trabalhando em um laboratório de física atômica em Yale. E logo após se formar, ficou um ano trabalhando no LIGO, o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser, laboratório de ondas gravitacionais do MIT que em 2017 ganharia o prêmio Nobel da Física.

“Meu trabalho por lá ainda envolvia muito do que eu fazia em Yale, trabalhando com lasers, equipamentos eletrônicos e programação, porém o objetivo final seria usar o que a gente desenvolvesse com aplicação em astrofísica, o que acabou chamando um pouco mais da minha atenção. Foi quando eu decidi trabalhar na parte de instrumentação em astrofísica e vim fazer meu PhD em Columbia”, conta.

O que faz um pesquisador?

Atualmente, Bárbara trabalha com pesquisa em astrofísica, “mais especificamente em instrumentação astronômica”. “Basicamente meu trabalho é tentar desenvolver instrumentos que possam ser mais eficientes para estudar a interação entre galáxias com o universo ao redor delas”, explica.

Há uma motivação bem interessante por trás dessa pesquisa: entender do que é feito o nosso universo. “Só 5% do universo é composto por matéria bariônica, que é basicamente os elementos que formam eu, você, o ar que a gente respira, os móveis ao nosso redor, etc; o resto é o que a gente chama de matéria escura, que é algo que não entendemos. Mas estima-se que só 10% desses 5% (ou seja, menos de 1% do universo) estejam nos discos de galáxias. O resto deve estar em filamentos pelo universo”, diz Bárbara.

Por isso, o laboratório em que ela trabalha “desenvolve instrumentos, chamados espectrógrafos, para que possamos entender a interação entre galáxias próximas a nós e o resto do universo que as cercam. Para que a gente possa, um dia, entender onde está o resto da matéria comum no universo”.

Se a carreira acadêmica de Bárbara vai para um lado mais abstrato, a pesquisa de Isabel, por outro, levou-a a um trabalho mais concreto. “O escritório de Boston [da Steer], cidade onde moro, é especializado em modelagem comportamento ligado ao transporte. Fazemos previsão de demanda para vários tipos de sistema de transporte diferentes”, conta.

Com o conhecimento obtido no seu mestrado, ela ajuda na metodologia de projetos inovadores na área. “Por exemplo, estamos ajudando o departamento de transporte da cidade de Nova Iorque entender o valor intrínseco de reformas de praças publicas para pedestres, que não é capturado hoje com os ganhos atribuídos à saúde e segurança. O objetivo é gerar um valor monetário que possa ser usado em análises de custo-beneficio, que tradicionalmente não capturam esse aspecto do bem estar social”, diz.

Dores e delícias da carreira acadêmica

“A experiência mais recompensadora é trabalhar com um pesquisador ou cliente que empurra a compreensão teórica ao máximo”, diz Isabel sobre seu trabalho. Ao longo do mestrado, ela conta que desenvolveu uma base teorica que, hoje, permite que ela aplique os modelos que conhece “de formas novas para resolver problemas de mobilidade de nossas cidades”.

Para Bárbara, a parte mais legal da sua carreira acadêmica é que ela envolve “aprender coisas novas todos os dias”. “E, agora que estou no PhD, também tenho a oportunidade de ajudar a treinar a próxima geração de cientistas interagindo com alunos mais novos”, complementa.

Por outro lado, um dos maiores desafios do trabalho, segundo ela, é manter a motivação. “Eu chego todo dia no laboratório sabendo que algo vai dar errado, meu trabalho envolve conseguir lidar com frustrações todos os dias, afinal de contas estamos tentando produzir e descobrir coisas que outras pessoas ainda não conhecem ou não sabem. Trabalho acadêmico é demorado e os resultados demoram a aparecer” comenta. Na experiência de Isabel, a natureza do trabalho científico também pode gerar frustrações. Ela conta que seu professor de mestrado, “conhecido por ser durão na hora de dar feedback, destruía trabalhos de meses em algumas frases”.

Infelizmente, as duas também enfrentaram um desafio adicional na sua trajetória: o preconceito. “Se manter motivada na ciência já é difícil por si só, mas se manter motivada quando você é constantemente subestimada por conta do seu gênero é uma barreira a mais”, comenta Bárbara. Isabel complementa dizendo que, da sua graduação ao seu emprego atual, “o machismo sempre foi palpável: aulas onde tínhamos que nos provar antes de receber o respeito de professores, grupos de pesquisa onde homens falavam que mulheres eram piores em matemática, reuniões que ninguém escutava nossas ideias (até ela ser repetida por um homem)”.

Para ambas, o que ajudou na superação desse obstáculo foi cercar-se de outras mulheres e pessoas que entendiam sua situação. Isabel, por exemplo, conta que as mulheres do seu escritório (onde 80% dos cargos sênior são ocupados por homens) se organizaram e reclamaram formalmente após “meses de exclusões sistemáticas de reuniões importantes com clientes e oportunidades de crescimento”. O resultado foi positivo: gerou um novo programa de desenvolvimento de carreiras e coaching interno dentro da empresa.

Carreira acadêmica no Brasil

Recentemente, ser brasileira também se tornou um obstáculo adicional para a carreira de ambas também. Os recentes cortes das bolsas de órgãos de financiamento de pesquisa do governo federal, como o CNPq e a CAPES, tornaram praticamente inviável para que pesquisadores se mantenham no país.

Isabel acredita que esse corte “terá repercussões muito mais vastas do que percebemos hoje”. “Se desinvestimos na educação e na pesquisa hoje, vamos sentir os impactos por muitas décadas. Perdermos pesquisadores que queriam ficar no Brasil e não daremos oportunidades para muitos que gostariam de seguir carreira acadêmica ou se especializar”, argumenta.

Bárbara concorda e ressalta que as bolsas cortadas não são um benefício, mas sim o salário dos pesquisadores brasileiros. “Um pesquisador no Brasil, como um aluno de mestrado ou doutorado, já é muito barato e mal ganha o suficiente para conseguir pagar um aluguel, mas são esses alunos que fazem a pesquisa girar em qualquer lugar”, comenta. Como pesquisadora em Columbia, ela tem um salário, plano de saúde e aluguel subsidiado pela universidade — com isso, consegue se manter na pesquisa “apesar do custo de vida alto de Nova York”. “Sem esse tipo de investimento, é difícil imaginar qualquer cientista querer continuar uma carreira acadêmica no Brasil ou imaginar que alguém queira voltar”, diz.

A alternativa apresentada pelo governo, de trazer investidores privados para ajudar a financiar a ciência, é pouco eficaz na visão de Bárbara. “pesquisa pura não dá resultado imediato e iniciativas privadas se mantém de lucro e não têm como esperar décadas para que algum resultado bastante significativo seja apresentado”, argumenta. E quando ela diz “décadas”, é com precisão: o CERN, onde ela trabalhou, levou décadas para descobrir o Bóson de Higgs, “no meio tempo desenvolvendo a internet como usamos hoje”.

Conselhos para quem quer seguir carreira acadêmica

Isabel concorda que essa situação prejudica a ciência brasileira ao dificultar que pesquisadores se mantenham por aqui. “Sem recursos, fica muito difícil manter a qualidade da pesquisa”. Bárbara, por sua vez, diz acreditar que sua melhor aposta seja continuar minha carreira por aqui e, quando eu tiver meu próprio laboratório, começar colaborações com cientistas no Brasil, para que eles também tenham acesso ao que eu tenho onde eu estou”.

Mas para quem pretende seguir uma carreira acadêmica, o conselho de Bárbara é conectar-se com pessoas que possam ajudar. “Ter mentores que acreditam em você e com quem você se identifica é fundamental”, considera. “De resto, é importante ter a cabeça aberta, pois áreas de pesquisa novas estão sempre surgindo, saber quando tirar um tempo para repor as energias e achar algo que lhe mantenha motivado para continuar trabalhando no mesmo problema por alguns (ou vários) anos”, acrescenta.

Isabel, ao considerar um doutorado, diz acreditar que “seguir carreira acadêmica é aceitar muitos sacrifícios”, como ter poucas chances de morar na cidade de que gosta ou que a área tem egos que às vezes falam mais alto que a qualidade dos resultados. Mesmo assim, ela considera que a pessoa que pretende seguir nessa área “tem que ser criativa e estar disposta a mudar o seu campo de atuação pelo lado de dentro”.

Este texto foi originalmente publicado no portal Estudar Fora, da Fundação Estudar, parceira do Guia do Estudante. 

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terça-feira, 28 de julho de 2020

8 documentários para inspirar você a mudar o mundo

Ver boas ações, deparar-se com injustiças ou conhecer novos mundos são algumas situações que podem despertar a vontade mudar realidades. Na quarentena, inclusive, estão surgindo diversas iniciativas que pretendem impactar positivamente a vida de outras pessoas. 

Separamos oito documentários que abrirão sua mente para diferentes perspectivas e pensamentos para você se inspirar. Confira!

Vivendo com Um Dólar (2013)

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Divulgação

Dois estudantes de Economia, Zach Ingrasci e Chris Temple, decidem experimentar a dura realidade da vida de milhões e milhões de pessoas: viver com apenas um dólar por dia. Eles viajaram para uma aldeia na Guatemala, onde passaram 56 dias, com mais dois amigos: Sean Leonard e Ryan Christoffersen, que registraram todo esse desafio. 

A ideia dos jovens foi alertar sobre a precariedade dessa condição de extrema pobreza, mostrando as dificuldades e desafios que enfrentam. 

Disponível no YouTube

Slingshot (2014)

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Divulgação

A sustentabilidade, mais do que cuidar do planeta, tem a ver com mudar a forma como encaramos o meio ambiente, o nosso dia a dia como indivíduos e o mundo dos negócios. Slingshot mostra Dean Kamen, CEO da Deka, empresa de engenharia que preza pela inovação, em busca da solução de um problema mundial: a indisponibilidade de água potável. A ideia é apresentar como grandes corporações têm uma responsabilidade e um papel importante para ajudar em problemas da sociedade.

Disponível no Vimeo.

Quem Se Importa (2013)

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Divulgação

Quem Se Importa foi filmado em sete países: Brasil, Peru, Estados Unidos, Canadá, Tanzânia, Suíça e Alemanha. O documentário da diretora brasileira Mara Mourão mostra as iniciativas de 19 empreendedores sociais. Além de contar a história de cada um, a obra explora como essas ações são capazes de impactar a vida de outras pessoas de uma forma positiva.

Disponível no Vimeo

Conectados Transformamos (2014)

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Divulgação

O filme apresenta seis histórias de pessoas que decidiram mudar o mundo ao seu redor de alguma forma. São ideias inovadoras de cidadãos comuns que estão transformando a sociedade todos os dias com pequenas ações, mas com um grande impacto. Entre as histórias conhecemos o Projeto Integrar, que prepara alunos para ingressar nas universidades, e o Banco de Maricá, um programa de moedas alternativas. 

Disponível no YouTube

CenaRIO: Sustentabilidade em Ação (2016)

Produzido pelo Centro RIO+ (Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) da ONU e filmado por estudantes cariocas, esse documentário brasileiro conta a história de 16 microempreendedores de diferentes áreas, como arquitetura, artesanato, comércio e vestuário. O que eles têm em comum? Conseguiram incorporar práticas sustentáveis aos seus negócios de uma maneira criativa.

Disponível no YouTube.

Doing Time Doing Vipassana (1997)

Esse documentário conta a história de uma prisão em Tihar, em Nova Délhi (Índia), que resolveu incluir em sua programação o ensino de meditação aos presos. Na época, eram cerca de 10 mil pessoas encarceradas e a ideia foi dar instrumentos para elas conseguirem lidar com seus problemas e diminuir a reincidência no crime. A obra mostra como essa iniciativa transformou o local e quem se envolveu com a prática.

Disponível no YouTube.

Como Iniciar uma Revolução (2011)

Como Iniciar uma Revolução é baseado nas ideias de Gene Sharp, que foi professor de Ciências Políticas da Universidade de Massachusetts (EUA) e defendia o combate a regimes autoritários por meio de métodos não-violentos. A obra apresenta exemplos de nações que conseguiram colocar os ensinamentos de Sharp em prática, como o boicote econômico e a desobediência civil, para libertar populações oprimidas. 

Disponível no YouTube.

Paradise or Oblivion (2012)

Esse documentário discute temas que impactam a nossa sociedade, como a questão da escassez e das necessidades. Como seria o mundo se todos tivessem acesso a comida, tecnologia e lazer? Um mundo no qual dinheiro não tivesse valor? A ideia da obra é gerar uma reflexão sobre a importância de novos métodos que unam ciência e tecnologia para a superação de certas noções consideradas ultrapassadas de política e negócios, que prejudicam determinados grupos da sociedade.

Disponível no YouTube.

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“Ideias que Colam”: você conhece o Manifesto Ciborgue, de Donna Haraway?

O ciborgue é um ser que é humano e, ao mesmo tempo, máquina; um híbrido do natural e do artificial. Desde o seu surgimento, passa por um processo constante de mudança. Foi, a partir desse elemento da ficção científica, que Donna Haraway desenvolveu seu estudo mais famoso: o Manifesto Ciborgue, publicado em 1985.

Bióloga e feminista, ela acredita que ninguém nasce de um único jeito, que tudo é construído. Somos ciborgues. Assim, ela busca maneiras de vencer as barreiras que separam os seres humanos por gênero, cor, espécie, raça.

Quer entender melhor o estudo e as ideias de Donna Haraway? Confira o sétimo episódio de “Ideias que Colam”, primeira série em animação da Liquid Media Lab, em parceria com o Instituto CPFL, sobre os grandes pensadores da humanidade.

Gostou? Confira também os episódios anteriores da série:

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Inscrições para o Fies do 2° semestre começam nesta terça-feira

Estudantes que desejam participar do processo seletivo do 2º semestre do Fies podem se inscrever, a partir desta terça-feira (28), no site do programa. O prazo vai até sexta-feira (31). Nesta edição, serão ofertadas 30 mil vagas.

Quem pode se inscrever no Fies? 

Poderá se inscrever no processo seletivo do Fies, o candidato que participou do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010, que tenha obtido média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos e nota superior a zero na redação. Também é necessário possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

Resultado

A lista de aprovados será divulgada no dia 04 de agosto. O período para complementação da inscrição dos candidatos pré-selecionados será do dia 04 até às 23h59 de 06 de agosto. 

Lista de espera

Os candidatos não pré-selecionados na chamada única do Fies podem disputar uma das vagas ofertadas por meio da lista de espera. Todos os não pré-selecionados na chamada única serão, automaticamente, incluídos em lista de espera. O prazo de convocação por meio da lista de espera é do dia 04 até às 23h59 de 31 de agosto.

Veja também

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Ministério da Educação, tem o objetivo de conceder financiamento a estudantes em cursos superiores pagos, possibilitando juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato. 

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