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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Que profissões terão mais demanda na economia verde?

Cada vez mais, consumidores e investidores estão cobrando uma agenda mais sustentável de governos e empresas. E essa nova demanda já está afetando o mercado de trabalho. Segundo estudo do Escritório de Carreiras da USP (ECar), feito pedido do jornal Estadão, 11 profissões estão entre as mais requisitadas pela economia verde.

Diferentemente do que se esperava no passado, que só novas profissões surgiriam para dar conta das exigências da sustentabilidade, o levantamento mostra que profissões tradicionais, como a Engenharia, a Arquitetura e até mesmo a Psicologia estão tendo que agregar novos campos para lidar com as demandas.

Conhecer essas novas especializações é interessante para estudantes que ainda não escolheram suas carreiras e sonham em trabalhar com o meio ambiente, e para aqueles que estão em cursos tradicionais, mas que podem optar pelo “caminho ambiental” de olho num mercado em expansão.

Além de quais áreas, a pesquisa também aponta quais delas já têm maiores demandas e outras que ainda são apostas. Confira a seguir!

“Profissões verdes” mais disputadas

Atualmente, Física, Engenharia e Geografia são as que têm maior demanda pelas empresas. Os físicos pensam na energia não-poluente, atuando em sistemas de transporte, distribuição, utilização de energias limpas.

Os engenheiros trabalham em projetos de veículos elétricos, por exemplo, para construir mais tecnologia verde e cidades inteligentes. No campo da sustentabilidade, os geógrafos analisam os impactos ambientais e climáticos de atividades produtivas.

Ciências Humanas

Profissionais de Economia, Administração e Direito também podem atuar nas questões ambientais. Os economistas são contratados por grandes empresas para lidar com a demanda de investidores por programas ambientais, sociais e de governança.

Os administradores também cuidam dos riscos, inclusive ambientais, de um negócio. Já o advogado trabalha na regulamentação da atuação da empresa no meio ambiente.

Apostas para o futuro

Sem grandes demandas, mas vistas como apostas, aparecem a Biologia e a Psicologia Ambiental. Os biólogos podem ser atores importantes na redução do impacto ambiental, ao analisar, por exemplo, as consequências de grandes obras no ambiente e seres que estão em torno dela.

 A Psicologia Ambiental se dedica ao estudo do comportamento humano na interação com o meio ambiente. E também pode auxiliar na discussão de projetos de grandes obras, pensando sobre os impactos. Saiba mais com o vídeo a seguir!

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Quino, criador de Mafalda, morre aos 88 anos; relembre tirinhas

Com Gustavo Kolomko

Quino, cartunista argentino conhecido por criar as histórias em quadrinhos da personagem Mafalda, morreu aos 88 anos, nesta quarta-feira (30). Joaquín Salvador Lavado Tejón (seu nome de batismo) teria tido um acidente vascular cerebral (AVC), segundo o jornal Clarín. A morte foi confirmada pelo editor Daniel Divinsky, pelo Twitter

Por uma triste coincidência, nesta semana Mafalda também completa 56 anos desde sua primeira aparição no jornal argentino Primera Plana. A eterna garotinha de seis anos já apareceu no Enem e diversas provas vestibulares que você e gerações de brasileiros fizeram ao longo da vida. A crítica social e a ironia refinada são marcos das tirinhas de Quino que ajudaram Mafalda a ser conhecida em todo o mundo.

++ 5 curiosidades sobre a Mafalda para relembrar os 50 anos da personagem

++ Saiba como explorar imagens e charges na prova de redação do vestibular

Relembre algumas tirinhas nas quais Mafalda viveu situações ainda atuais e que celebram o legado do cartunista Quino. 

 

<span class="hidden">–</span>Pinterest/Divulgação
<span class="hidden">–</span>Pinterest/Reprodução
<span class="hidden">–</span>Quino/Pinterest/Reprodução
<span class="hidden">–</span>Quino/Pinterest/Reprodução
<span class="hidden">–</span>Quino/Pintereset/Divulgação
<span class="hidden">–</span>Quino/Pinterest/Reprodução

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10 perfis no Instagram para aprender Matemática

Amada por uns e odiada por outros, a matemática é uma das matérias mais importantes da escola. O seu aprendizado, porém, vai muito além da sala de aula e do vestibular. A disciplina está presente em tarefas do cotidiano, como dividir uma conta no restaurante, calcular se vale a pena comprar à vista ou a prazo ou até mesmo saber quantos pontos precisa para passar na prova.

A importância de saber matemática é tão grande que qualquer oportunidade de se aperfeiçoar ou treinar essa matéria deve ser levada em conta. Que tal, então, aprender matemática com esses 10 perfis no Instagram? Nessa lista feita pelo GUIA há desde perfis com resumos e macetes até alguns só pra descontrair e dar risada com memes que até Bhaskara mandaria no grupo dos amigos.

1. Dona de Matemática (@dona_de_matematica)

<span class="hidden">–</span>Dona de Matemática/Reprodução

O perfil da Profª Carol, mais conhecida como Dona de Matemática, é para aqueles que adoram um aesthetic e um caderno digno do Pinterest. A professora posta semanalmente resumos dos principais tópicos da matemática dos Ensinos Fundamental e Médio e compartilha também dicas de anotação e bullet journal.

2. Matemática Uai (@matematicauai)

<span class="hidden">–</span>Matemática Uai/Reprodução

Matemática Uai, como o próprio nome já indica, é um perfil organizado pela mineira de Juiz de Fora Letícia Prestes. O perfil posta pequenos resumos, curiosidades de grandes matemáticos, resolução de exercícios, lives com outros professores e ainda análises matemáticas da cultura pop. Na post acima, por exemplo, Letícia explica matematicamente as habilidades do Homem Aranha.

3. Day Soares (@matematicacomaday)

<span class="hidden">–</span>Day Soares/Reprodução

Dayane Soares mistura em seu perfil, desafios matemáticos, vídeos bem-humorados e bastidores do seu dia a dia como professora. Uma boa pedida para quem gosta de acompanhar uma influencer e ainda quer aprender e treinar mais os principais tópicos da disciplina.

4. Matematiqueii (@matematiqueii)

<span class="hidden">–</span>Matematiqueii/Reprodução

O perfil Matematiqueii é para aqueles que desejam ver mais exercícios e desafios de vestibular em seu feed no Instagram. A conta administrada pelo matemático Wueliton Veiga posta exercícios de vestibular diariamente tanto nos stories quanto nos posts.

5. Matemática e Raciocínio (@matematica_e_raciocinio)

<span class="hidden">–</span>Matemática e Raciocínio/Reprodução

O @matematica_e_raciocinio é outro exemplo de contas no Instagram que todos que queiram mais exercícios no seu feed devem seguir. Com um design colorido e amigável, os exercícios organizados pela professora Marília focam em desenvolvimento de raciocínio matemático e nos principais tópicos das provas e vestibulares.

6. Matemática da Depressão (@matematica_da_depressao)

<span class="hidden">–</span>Matemática da Depressão/Reprodução

Esse é para se divertir! O perfil Matemática da Depressão reúne e posta diariamente os memes mais engraçados da matemática. Boa escolha para aqueles que querem aprender nas redes sociais sem que seja, obrigatoriamente, por meio de conteúdo didático. Afinal, os memes também são uma forma de aprender e há quem diga que alguns são até mais eficientes do que uma lousa inteira!

7. O Baricentro da Mente (@obaricentrodamente)

<span class="hidden">–</span>O Baricentro da Mente/Reprodução

O perfil no Instagram do blog O Baricentro da Mente reúne conteúdos, frases e curiosidades sobre os principais matemáticos da história. Não é um perfil focado em exercícios ou treinos, mas é uma forma interessante de conhecer o lado mais humano da disciplina, matar a curiosidade de quem são as grandes mentes por trás das fórmulas e ainda aumentar repertório cultural.

8. Engenheiro Sincero (@engsincero)

<span class="hidden">–</span>Engenheiro Sincero/Reprodução

Outra escolha para se divertir aprendendo é o Engenheiro Sincero. O perfil tem quase meio milhão de seguidores e posta diariamente memes que até quem é de humanas vai gostar. Por mais que fosse, inicialmente, para alunos de Engenharia, o perfil acabou se tornando uma forma divertida de aprender conceitos matemáticos nas redes.

9. A Menina Que Calculava (@ameninaquecalculava)

<span class="hidden">–</span>A Menina que Calculava/Reprodução

Um perfil necessário é o @ameninaquecalculava. A conta organizada pela física Lilah Fialho é um projeto que oferece aulas gratuitas para meninas de escolas públicas e foi finalista do Prêmio Veja 2018. A conta do projeto no Instagram foca em mostrar grandes matemáticas mulheres que, por muitas vezes, não ganham o mesmo destaque e prestígio que os matemáticos. São mini biografias, curiosidades e fatos sobre as principais mulheres das exatas e a contribuição delas para a sociedade.

10. Professora Joyce Carpini (@professoracarpini)

<span class="hidden">–</span>Professora Joyce Carpini/Reprodução

Outra influencer da matemática, a professora Joyce Carpini é formada pela UFRRJ e compartilha com seus seguidores resumos, fórmulas, vídeos engraçados e dicas para solucionar exercícios. Como a própria bio do perfil diz, é matemática de forma leve e descomplicada!

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6 plataformas que ajudam a melhorar sua nota de redação

Por ter muito peso na nota final, a redação é uma das habilidades que mais demandam prática. Mas como a correção não é feita por gabarito e demanda muita interpretação dos corretores, pode ser difícil treinar essas habilidades sozinho. Algumas plataformas online tem se dedicado a entregar pacotes completos com correções personalizadas, além de materiais exclusivos para aumentar a nota dos estudantes.

Conheça 6 plataformas que oferecem serviços de correção com corretores especializados em vestibular. 

Redação Online

A Redação Online foi a primeira plataforma de correções online. A startup tem apoio do Facebook e já recebeu o prêmio Talentos da Educação, da Fundação Lemann. Ao enviar suas redações, os estudantes recebem uma avaliação com pontuação, comentários com detalhes sobre a correção e, também, dicas para aperfeiçoar a escrita. Entre os planos, o assinante pode escolher pacotes de 5 até 50 redações, que são devolvidas em até 3 dias úteis. 

Além disso, no plano Enem VIP, o estudante tem acesso a 24 videoaulas para melhorar sua escrita e pode tirar dúvidas com o corretor através do chat da plataforma.

Corrija-me 

Essa plataforma de correção é especializada em redações do Enem, da Unesp e da Fuvest. O site também conta com cursos intensivos com módulos iniciantes a avançados para melhorar a redação e cursos específicos para vestibulares, assim como aulas ao vivo. As correções são feitas por professores cadastrados e aprovados pela plataforma e são feitas a partir do detalhamento dos pontos fortes e fracos. Além disso, todos os usuários têm um saldo de dúvidas mensais para enviar ao corretor depois da correção. 

Outro ponto positivo é que, além do vasto banco de temas, os usuários ainda podem sugerir temas para as redações. 

Redigir 

Já a Redigir é uma plataforma de ensino adaptativo. Depois de enviarem suas redações, os usuários recebem, além de comentários dos corretores, um relatório com diagnóstico sobre seu desempenho. A partir desse relatório, a plataforma oferece materiais de estudo que vão melhorar os pontos de maior dificuldade. Além de correções para os vestibulares mais populares, como Enem, Fuvest e Unicamp, a plataforma também oferece correções de redações para Ensino Médio e Ensino Fundamental.

A plataforma tem um aplicativo que pode ser usado para enviar suas redações e acompanhar seu desenvolvimento. O app está disponível para iOS e Android.

Redação Nota 1000

A Redação Nota 1000 foca nas provas do Enem, da Fuvest e da Unicamp. Eles oferecem pacotes personalizados para quem quer apenas experimentar a plataforma e melhorar seu texto até o pacote anual, que dá direito a duas redações por mês. Durante a pandemia, a plataforma lançou os planos Quero Melhorar (5 redações) e a Quero Arrasar (10 redações) com preços mais acessíveis. As correções feitas por professores de Língua Portuguesa acompanham dicas práticas para melhorar seu texto.

Projeto Redação, da Imaginie

A plataforma é parte da startup de educação e tecnologia Imaginie e possui uma equipe de profissionais especializados em Enem. É a única que tem um plano de correções ilimitadas válido por um ano. Ao fechar o pacote, o estudante ainda tem direito a um curso de redação online e ao guia definitivo para redação do Enem criado pela plataforma. Além de explicar as competências exigidas pela banca da prova, o guia conta com 200 exercícios para praticar. Outro ponto positivo é que a plataforma estabelece o prazo médio de 48h para a correção das redações, enquanto as outras indicam um prazo de 5 dias.

Redação Enem+, do Me Salva!

O Me Salva é uma plataforma de preparação intensiva para o Enem e de aulas de reforço. Entre os cursos oferecidos, o Redação Enem+ oferece correções ilimitadas por oito meses e acesso a muitos materiais da plataforma. Além disso, o curso conta com 2 aulas ao vivo por semana e um plano de texto, uma espécie de guia para destravar as habilidades necessárias para a redação. Já o pacote mais completo, Orienta+, oferece também orientações individuais com os professores do Me Salva!.

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Sherlock Holmes existiu?

Como assim o Sherlock Holmes não existe? O Twitter teve uma manhã agitada nesta terça (29) com os usuários “descobrindo” que Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica, criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle, em 1887.

Ao longo de 40 anos, Arthur Conan Doyle escreveu mais de 50 contos e 4 romances sobre o personagem, e suas aventuras já foram adaptadas para o cinema e para televisão tantas vezes que Sherlock Holmes é considerado o personagem fictício mais adaptado da história. Há, inclusive, várias teorias sobre a existência de um Sherlock Holmes na vida real. A mais comentada (inclusive citada por usuários no Twitter) é que o personagem foi baseado no Dr. Joseph Bell, cirurgião e professor de Conan Doyle na Universidade de Edimburgo.

Um dos motivos pelo novo interesse no Twitter no detetive mais famoso da cultura pop é o filme sobre a sua irmã mais nova ‘Enola Holmes‘, da Netflix.  Na série, o personagem é vivido por Henry Cavill, ator também conhecido por interpretar o mais recente Superman no cinema.

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

A “descoberta” do clássico personagem colocou Sherlock Holmes entre os assuntos mais comentados.

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

Mas como brasileiro não perde a piada e a oportunidade, a galera no Twitter aproveitou para debater quais dos cerca de 50 atores que já deram vida ao detetive foram os melhores Sherlock Holmes nas telas e telonas. As interpretações mais conhecidas do público são a de Robert Downey Jr. na franquia do diretor Guy Ritchie (que ganhará um terceiro longa em 2021), do ator Basil Rathbone, que interpretou o personagem nos cinemas nada menos que 14 vezes, e ainda a de Ian McKellen, que recentemente trouxe um Sherlock mais velho em Sr. Holmes (2015). Veja abaixo a lista dos mais recentes (afinal, o detetive já pintou em séries e filmes algumas dezenas de vezes!):

Sherlock Holmes de Henry Cavill

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

O Holmes de Cavill é uma versão menos heroica e mais humanizada do personagem. As artimanhas de sua irmã chamam a atenção do detetive e ele precisa decidir como ser mais presente na vida de Enola.

++ 9 livros que inspiraram séries famosas 

++ Conto inédito de Sherlock Holmes é encontrado em sótão depois de 111 anos; texto está disponível online

 

Sherlock Holmes de Robert Downey Jr.

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

Mais do que semelhanças com o Sherlock Holmes de Conan Doyle, o Holmes de Robert Downey Jr. é uma versão bem humorada e pensada para os filmes de ação. A química entre Downey e Jude Law (Dr. Watson) rende bons momentos ao lado de um balde de pipoca.

Sherlock Holmes de Benedict Cumberbatch

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

Há muitas séries de TV sobre Sherlock. Uma das mais recentes é do canal britânico BBC e se tornou a porta de entrada da nova geração para as aventuras do detetive. O ator Benedict Cumberbatch interpretou Holmes e Martin Freeman fez o seu parceiro de investigação, o Dr. Watson. A produção, que se passa nos dias atuais, foi ao ar entre 2010 e 2017 e teve 4 temporadas. A adaptação mistura elementos clássicos dos livros com toques modernos e apresenta um Sherlock autoproclamado como um sociopata. Disponível na Netflix

Sherlock Holmes na cultura pop

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

As histórias de Holmes se tornaram mundialmente conhecidas pelas técnicas nada convencionais de dedução e observação do detetive que, ao lado do seu fiel companheiro Dr. Watson, desmascara os criminosos das ruas de Londres. Na cultura pop percebemos a influência da literatura do Conan Doyle e o seu universo de investigação em diversas frentes: quadrinhos, livros, séries e filmes. Personagens como Batman, Dr. House e James Bond têm em comum o legado do detetive Holmes.

Editado por Alexandre de Melo*

Sherlock Holmes existiu? publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br



Sherlock Holmes existiu?

Como assim o Sherlock Holmes não existe? O Twitter teve uma manhã agitada nesta terça (29) com os usuários “descobrindo” que Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica, criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle, em 1887.

Ao longo de 40 anos, Arthur Conan Doyle escreveu mais de 50 contos e 4 romances sobre o personagem, e suas aventuras já foram adaptadas para o cinema e para televisão tantas vezes que Sherlock Holmes é considerado o personagem fictício mais adaptado da história. Há, inclusive, várias teorias sobre a existência de um Sherlock Holmes na vida real. A mais comentada (inclusive citada por usuários no Twitter) é que o personagem foi baseado no cirurgião e professor de Conan Doyle na Universidade de Edimburgo, o Dr. Joseph Bell.

Um dos motivos pelo novo interesse no detetive mais famoso da cultura pop no Twitter é o filme sobre a sua irmã mais nova ‘Enola Holmes‘ da Netflix.  Na série, o personagem é vivido por Henry Cavill, ator também conhecido por interpretar o mais recente Superman no cinema

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

A “descoberta” do clássico personagem colocou Sherlock Holmes entre os assuntos mais comentados.

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

Mas como brasileiro não perde a piada e a oportunidade, a galera no Twitter aproveitou para debater quais dos cerca de 50 atores que deram vida ao detetive ao logo da história foram os melhores Sherlock Holmes nas telas e telonas. As interpretações mais conhecidas do público ficam por conta de Robert Downey Jr. na franquia do diretor Guy Ritchie (que ganhará um terceiro longa em 2021), pelo ator Basil Rathbone, que interpretou o personagem nos cinemas nada mais nada menos que 14 vezes, e ainda por Ian McKellen, que recentemente trouxe um Sherlock mais velho em Sr. Holmes (2015).Veja abaixo a lista dos mais recentes (afinal, o detetive já pintou em séries e filmes algumas dezenas de vezes)

Sherlock Holmes de Henry Cavill

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

O Holmes de Cavill é uma versão menos heroica e mais humanizada do personagem. As artimanhas de sua irmã chamam a atenção do detetive e ele precisa decidir como ser mais presente na vida de Enola.

++ 9 livros que inspiraram séries famosas 

++ Conto inédito de Sherlock Holmes é encontrado em sótão depois de 111 anos; texto está disponível online

 

Sherlock Holmes de Robert Downey Jr.

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

Mais do que semelhanças com o Sherlock Holmes de Conan Doyle, o Holmes de Robert Downey Jr. é uma versão bem humorada e pensada para os filmes de ação. A química entre Downey e Jude Law (Dr. Watson) rende bons momentos ao lado de um balde de pipoca.

Sherlock Holmes de Benedict Cumberbatch

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

Há muitas séries de TV sobre Sherlock. Uma das mais recentes é do canal britânico BBC e se tornou a porta de entrada da nova geração para as aventuras do detetive. O ator Benedict Cumberbatch interpretou Holmes e Martin Freeman fez o seu parceiro de investigação, o Dr. Watson. A produção, que se passa nos dias atuais, foi ao ar entre 2010 e 2017 e teve 4 temporadas. A adaptação mistura elementos clássicos dos livros com toques modernos e apresenta um Sherlock autoproclamado como um sociopata. Disponível na Netflix

Sherlock Holmes na cultura pop

<span class="hidden">–</span>Twitter/Reprodução

As histórias de Holmes se tornaram mundialmente conhecidas pelas técnicas nada convencionais de dedução e observação do detetive que, ao lado do seu fiel companheiro Dr. Watson, desmascara os criminosos das ruas de Londres. Na cultura pop percebemos a influência da literatura do Conan Doyle e o seu universo de investigação em diversas frentes: quadrinhos, livros, séries e filmes. Personagens como Batman, Dr. House e James Bond têm em comum o legado do detetive Holmes.

Editado por Alexandre de Melo*

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Além do Magazine Luiza, outros processos seletivos exclusivos para negros

Nas últimas semanas, o processo de trainees da Magazine Luiza exclusivo para candidatos negros gerou muita discussão. A empresa de varejo decidiu adotar a medida para melhorar a diversidade após ver que 53% de seus funcionários são negros, mas apenas 16% ocupam cargos de liderança.

A ação afirmativa incomodou uma parcela da população e o Ministério Público do Trabalho chegou a receber denúncias de discriminação, mas todas foram rejeitadas. No Twitter, o perfil da Magalu se pronunciou: “Estamos absolutamente tranquilos quanto à legalidade do nosso Programa de Trainees 2021. Inclusive, ações afirmativas e de inclusão no mercado profissional de pessoas discriminadas há gerações fazem parte de uma nota técnica de 2018 do Ministério Público do Trabalho”.

Pessoas também acusaram a empresa de praticar “racismo reverso”. Uma reportagem da revista Claudia explica o conceito: “uma das lendas que surgiu em resposta ao período pós-apartheid na África do Sul, no qual medidas para reparar a falta de negros no serviço público foram implementadas, e ao movimento dos direitos civis nos EUA, que também gerou ações para reduzir o abismo social entre afrodescendentes e brancos”.

A matéria (vale muito a leitura, aliás!) explica que os danos da escravidão são sentidos e alimentados até hoje pelo racismo estrutural. “Governo, instituições e empresas giram uma máquina em todos os países, que é responsável pela ausência de direitos básicos e falta de reparação histórica aos pretos e pardos”. Diante disso, não é possível falar que exista uma opressão de negros em relação aos brancos.

Segundo levantamento do IBGE em 2018, quase 70% dos cargos de liderança no país são ocupados por brancos e 66,1% da força de trabalho preta ou parda são subutilizadas no Brasil.

As inscrições para o programa de trainee para negros do Magazine Luiza já se encerraram. A boa notícia é que existem outras empresas que também estão em busca de mais diversidade. A Bayer, empresa química e farmacêutica alemã, por exemplo, está com inscrições abertas para o seu programa de trainee exclusivo para candidatos negros, Programa Trainee Liderança Negra, até o dia 21 de outubro.

São 19 vagas com salário de R$ 6,9 mil para candidatos de qualquer curso. A empresa vai selecionar de acordo com as necessidades de cada área da empresa. Além disso, não será cobrado teste de inglês – várias empresas deixaram de cobrar conhecimentos do idioma, porque podem significar apenas mais oportunidade de aprendizado, não mais potencial. Quem participar do programa e precisar de aulas, receberá um auxílio para o aprendizado da língua inglesa. Saiba mais e se inscreva na Bayer.

A Elanco Saúde Animal, na segunda edição de 2020 do seu programa de estágio, está priorizando a contratação de negros e pessoas com deficiência. As inscrições podem ser realizadas até o dia 2 de outubro pelo site da CIEE. O estágio será em São Paulo.

As vagas são para estudantes de todas as universidades nos cursos de administração, farmácia, química, engenharias, comunicação, marketing, relações internacionais, medicina veterinária, e áreas afins. Os candidatos precisam ter previsão para se formar, no mínimo, em dezembro de 2022. E não há limite de idade para os candidatos – outra medida importante para aumentar a diversidade dentro das empresas.

A bolsa-auxílio terá o valor de R$ 2.300 e o auxílio para cursos de idioma será de R$122,04. Além disso, tem direito ao vale-refeição, vale-transporte, planos de saúde e odontológico, gympass e auxílio farmácia.

Afro Presença

Em ótima hora, com o assunto bastante em pauta, nos dias 30 de setembro, 1 e 2 de outubro, acontecerá o Afro Presença. Trata-se de um evento virtual voltado para a inclusão de jovens negros e negras universitários no mercado formal de trabalho. É idealizado e coordenado pelo Ministério Público do Trabalho e tem realização do Pacto Global da ONU.

Nos três dias de evento haverá oficinas de recursos humanos, painéis com universidades, empresas, agências de publicidades e escritórios de advocacia, além de promoção de debates com a sociedade sobre o mercado de trabalho onde negras e negros precisam ser inseridos, com o apoio de entidades, organismos internacionais e nacionais. 

As empresas apoiadoras da Afro presença são: Ambev, Anima, Basf, Bayer, Belgo, Bradesco, B2W, Coca Cola, Colgate, EF, Febraban, Google, Itaú, John Deere, JP Morgan, LinkedIn, Mattos Filho Advogados, Natura, PWC, Santander, Suzano, TIM, TOTVS, Unilever, Vivo, White Martins e YDUQS.

Além de oficinas de capacitação, palestras e debates, os jovens negros terão acesso a vagas de emprego e compartilhamento de currículos com empresas

Para participar, basta acessar o site www.afropresenca.com.br e preencher o formulário de inscrição. As inscrições estarão abertas até o final do evento (2 de outubro).

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Fies: inscrições para 50 mil vagas remanescentes começam dia 6 de outubro

Segundo edital publicado pelo MEC, nesta terça-feira (29), as inscrições para as vagas remanescentes para o Fies do segundo semestre começam no dia 6 de outubro, no site do programa. Serão ofertadas 50 mil vagas em diversos cursos de várias instituições de ensino do país.

Por desistência ou problema com documentação, essas vagas não foram preenchidas no período anterior de seleção e acabaram “sobrando”. Agora outros estudantes podem ter uma chance de conseguir uma bolsa pelo Fies. 

Quem pode se inscrever?

Poderão se inscrever os candidatos que participaram do Enem a partir de 2010, não zeraram na redação e tiveram no mínimo 450 pontos na média das cinco provas do exame. Esse novo edital de vagas remanescentes atende somente à primeira modalidade do programa, que oferece vagas com juros zero para os estudantes com renda mensal familiar de até três salários mínimos

Como funciona a seleção?

De acordo com o MEC, o processo de ocupação das vagas ocorrerá de acordo com a ordem de conclusão das inscrições. O candidato que precisar alterar informações depois de ter concluído a inscrição no sistema terá de cancelá-la e, posteriormente, deverá concluir outra vez sua inscrição. Durante esse procedimento, a mesma vaga escolhida anteriormente poderá ser ocupada por outro candidato que concluir a inscrição antes. 

Até quando vão as inscrições?

Os candidatos não matriculados em uma instituição de ensino superior podem se inscrever até as 23h59 do dia 13 de outubro. E aqueles já matriculados terão até o dia 13 de novembro para realizar suas inscrições e concorrer ao financiamento. 

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Ministério da Educação, tem o objetivo de conceder financiamento a estudantes em cursos superiores pagos, possibilitando juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato.

 

 

 

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Amazônia: tudo sobre o bioma e como ele pode cair no vestibular

Durante o ano de 2019, em especial a partir de julho, os olhos do Brasil e do mundo voltaram-se às queimadas e ao desmatamento da maior floresta do planeta, a Amazônica. Só até agosto, o número de focos de incêndio da região já era um recorde nos últimos dez anos, e não tardou para os efeitos da destruição romperem as barreiras geográficas e mostrarem a sua gravidade escurecendo o céu da maior metrópole brasileira, São Paulo, às 15h de uma segunda-feira. Um corredor de nuvem de fumaça das queimadas estava percorrendo a América do Sul. 

O ano de 2020 chegou com preocupações com a pandemia do novo coronavírus, os incêndios do Pantanal, a violência policial e tantas outras. E a destruição da floresta amazônica saiu do foco do debate público. Apesar disso, o número de focos de calor deste ano já ultrapassou o dos últimos dois, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em todo o ano passado, foram 11 mil focos de calor. Neste ano, só até a terceira semana de setembro, já foram registrados 20,4 mil. 

Assim como no Pantanal, estudos apontam que a causa principal dos incêndios na Amazônia é a expansão da fronteira agrícola, com uso do fogo para abrir espaço para plantio e pastagem. 

O problema não é recente: entre 2000 e 2018, o bioma amazônico perdeu 6,2% de sua cobertura vegetal. E mudanças promovidas pelo governo federal e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) desde janeiro de 2018, especialmente na fiscalização das áreas florestais, têm agravado a situação. O Serviço Florestal Brasileiro, que tinha entre seus objetivos proteger e ampliar as áreas florestais do país, saiu no ano passado da alçada do Ministério do Meio Ambiente e foi para o Ministério da Agricultura.

E o que continuou sob o comando do ministro Ricardo Salles, no MMA, enfrenta um sério desmonte: servidores do Ibama, do ICMBio e de outras autarquias já foram publicamente desmoralizados pelo ministro e perderam sua autonomia. Algumas outras iniciativas, como o projeto de lei do senador Flávio Bolsonaro propondo o fim das reservas legais, acabaram sendo abandonadas. O texto foi retirado pelo próprio autor em agosto do ano passado.

Os impactos para o país são, além de ambientais, econômicos. O acordo entre União Europeia e Mercosul, que possibilitaria ao Brasil exportar em quantidades inéditas para o bloco, ficou balançado depois que líderes europeus o condicionaram à redução das queimadas e do desmatamento nas florestas brasileiras.

Principais características do bioma Amazônia e como elas podem aparecer nos vestibulares

Assim como as queimadas no Pantanal, a devastação da Amazônia também deve ser uma preocupação dos vestibulandos. Mesmo em 2019, quando professores de cursinho apostavam que a devastação ambiental poderia ficar de fora do Enem por ser um tema considerado “polêmico”, uma questão da prova de Ciências da Natureza questionou o desenvolvimento econômico às custas do esgotamento de recursos naturais, citando especificamente o caso da floresta amazônica. 

Conheça as principais características do bioma Amazônia e como elas já foram –  e podem voltar a ser –  temas de questões dos principais vestibulares

Localização e relevo

A Amazônia é sem dúvidas o bioma que mais acumula recordes no Brasil em função de sua extensão e biodiversidade. Para começar, vale dizer que ele ocupa praticamente metade (49%) do território do nosso país, estendendo-se pelos estados de Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. Além disso, alguns de nossos vizinhos sul-americanos (Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela) também acabaram com uma pequena parcela do bioma amazônico em seus territórios de fronteira com o Brasil. 

Em um território tão grande assim, não é de se estranhar a ocorrência de mais de um tipo de relevo. A Amazônia consegue abarcar em sua extensão o relevo mais baixo do país – uma planície que leva o nome de Amazônica –  e o mais alto –  o planalto das Guianas, onde fica o pico da Neblina, a 3.015 metros de altitude. Além de planaltos e planícies, é possível encontrar ainda depressões, regiões que ficam constantemente alagadas e que guardam alguns dos símbolos amazônicos como a vitória-régia. 

Hidrografia

É neste bioma que fica também a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia amazônica. Ocupando um território de cerca de 7 milhões de km², essa bacia tem como principal rio o Amazonas, onde desaguam mais de mil rios menores. Quer ainda mais um recorde? O rio Amazonas é o mais largo do mundo inteiro!

É tanta diversidade que ela existe até em termos de água. Convencionou-se dividir os rios que banham a Amazônia em três categorias: os barrentos (como o Amazonas), que carregam grande quantidade de nutrientes e sedimentos; os de águas pretas (como o Rio Negro), que apresentam grande quantidade de areia e húmus por banharem regiões alagadas; e os de águas claras (como o Xingu), que apresentam muitos trechos de corredeiras e cachoeiras. 

A hidrografia da Amazônia é um dos temas preferidos dos vestibulares ao abordar o bioma. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, já destacou em uma prova o potencial de navegação no Rio Amazonas. A construção de hidrelétricas, como a de Belo Monte, nos rios de águas claras do bioma também costuma ser um assunto frequente nas provas.

Solo e vegetação

Ao contrário do que a vegetação densa e as árvores colossais da paisagem amazônica possam sugerir, esse bioma apresenta, na verdade, um solo bastante arenoso e considerado pouco fértil. O que mantém a exuberante vegetação natural da floresta amazônica é uma camada de nutrientes presente na parte mais externa do solo, formada a partir da decomposição da vegetação e de animais mortos. A floresta se mantém a partir de um constante ciclo de reciclagem dos nutrientes, no qual a vegetação absorve os nutrientes da terra e volta a devolvê-los quando caem folhas, galhos ou frutos. 

Por isso, além de destruir a vegetação nativa, o desmatamento na região contribui para o empobrecimento do solo, que perde sua fonte de nutrientes com a retirada das árvores. E o que resta deles é carregado pelas chuvas, num processo conhecido como “lixiviação”. 

Dados do Inpe estimam que 700.000 km² da Floresta Amazônica já foram devastados – o equivalente a quase 173 milhões de campos de futebol. A maior floresta tropical do mundo também abriga 22% das espécies de plantas nativas do planeta, que se dividem entre as três categorias de vegetação do bioma:

  • Mata de terra firme: localizada nas regiões mais altas, onde não acontecem alagamentos, essa vegetação inclui as árvores de grande porte, como as palmeiras e a castanheira-do-pará;
  • Mata de várzea: típica de regiões de altitude intermediária, passa alguns períodos do ano inundada – mas, mesmo dentro da categoria, existem regiões que passam por mais ou menos inundamentos. A palmeira e o açaizeiro são exemplos de plantas da mata de várzea; 
  • Mata de igapó: nas margens dos rios de águas negras (que ficam com essa cor por conta do sedimento gerado por essa vegetação e solo), essa mata passa a maior parte do ano inundada. Por isso, trata-se de uma vegetação chamada hidrófila, que é adaptada a regiões de muita água, como a vitória-régia. 

Conhecer essas categorias de vegetação –  assim como o solo e o ciclo de vida da flora amazônica – pode ajudar muito no vestibular! A Universidade Estadual de Maringá (UEM), por exemplo, já perguntou sobre a exploração madeireira nas matas de terra firme da Amazônia. 

Clima e regime de chuvas

De clima predominantemente equatorial úmido, a Amazônia, diferente do Pantanal, não é um bioma que enfrenta longos períodos de seca em condições naturais. Embora a temperatura seja elevada (entre 22ºC e 28ºC na maior parte do ano), a transpiração da vegetação densa permite que a umidade seja alta também, chegando até a 80%. 

E esse processo de transpiração de água pelas plantas influencia não só o regime de chuvas do bioma, mas de todo o país! A gente explica. As gotículas de vapor eliminadas pelas plantas formam os chamados “rios voadores”, massas de ar carregadas de vapor atmosférico que circulam por todo o país e caem na forma de chuva. Neste outro texto publicado aqui no GUIA explicamos com mais detalhes esse processo, além de outros processos importantes que acontecem na floresta amazônica e demonstram sua importância ecológica para o mundo. 

Fauna 

A fauna amazônica é tão rica que muitos pesquisadores estimam que, em meio às enormes árvores e regiões pouco exploradas, existem animais que sequer foram descobertos pelo homem. Das já conhecidas, são cerca de 30 milhões de espécies vivendo em terra, água ou ar na floresta. Entre os animais símbolo da Amazônia estão o tucano, as araras e os macacos. 

Quer saber mais sobre a Amazônia e as muitas discussões atuais sobre o bioma? Dê uma olhada nestes textos que já publicamos por aqui sobre o assunto:

As leis que protegem (e outras que ameaçam) a preservação da Amazônia

Quais são as questões geopolíticas que envolvem a Amazônia?

Atualidades: o desmatamento da Amazônia e o Brasil na mira do mundo

Qual é a importância ecológica da Amazônia?

Amazônia: tudo sobre o bioma e como ele pode cair no vestibular publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br



segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Temas Filhos WordPress – Para que servem e como criar?

Temas filhos WordPress

Se você quiser ter uma série de dores de cabeça com seu site WordPress, começa por alterar o tema de sua instalação sem criar um tema filho antes. Você precisa conhecer sobre TEMAS FILHOS!

Como dor de cabeça é algo que você não quer, esse artigo visa te explicar para que serve e como criar Temas Filhos e como esses temas podem salvar sua paz quando você precisa fazer uma modificação em seu site.

Muitas pessoas se queixam por terem perdidos suas alterações por total desconhecimento sobre os Temas Filhos. A queixa vão desde funcionalidades que deixaram de funcionar (códigos de terceiros que sumiram), até banners que sumiram das páginas.

Entender esse recurso te possibilita fazer alterações em um tema original do WordPress e não sofrer com as perdas destas em futuras atualizações.

Então simbora para o conteúdo!!!

O que é um Tema Filho?

A melhor definição para Tema Filho é definição encontrada no site oficial do WordPress:

“Um tema filho é um tema que herda as funcionalidades e estilos de outro tema, chamado de tema pai”.

Quando você cria um tema filho, ele é todo “baseado” em um tema já existente. No momento que você cria um Tema Filho o tema existente se torna Tema Pai.

Não existe Tema Filho sem Tema Pai, pois ele depende completamente de seu pai para funcionar. Ele não fará nada e nem poderá ser ativado, sem o tema original presente. 

O tema filho é quem vai receber as alterações no lugar do Tema Pai. Essa é a grande vantagem de usá-lo e é isso que vai livrar sua vida de certas dores de cabeça.

Você vai entender isso melhor no próximo tópico.

Por que usar temas filhos?

Existem dois grandes motivos:

O primeiro grande motivo é preservar as características e funcionalidades do tema pai que foram alteradas e que fatalmente seriam perdidas em uma atualização futura.

O segundo grande motivo é fazer alterações, mas considerando herdar as funcionalidades principais do tema original.

Quando usar um Tema Filho?

Você usará o Tema Filho quando você precisar entregar algo personalizado, mas de forma ágil e que mantenha as principais funcionalidades do tema original. Ou quando você precisar fazer pequenas alterações no tema.

Quando não é indicado usar Temas Filhos?

Não é indicado usar o tema filho quando você pretende alterar drasticamente o Tema.

Ao fazer isso você deixa de herdar as funcionalidades do tema principal e gasta muito tempo em desenvolvimento o que contraria uma das principais características do uso dos Temas Filhos que é a agilidade.

Neste caso é indicado que se construa um Tema do Zero.

Como criar um Tema Filho

Agora vamos para um passo a passo explicando como criar Temas Filhos e que você já poderá aplicar os conhecimentos adquiridos aqui em sua instalação.

Mas se você quiser aprender com mais riquezas de detalhes, no Curso Web Designer PRO temos um módulo inteiro sobre Temas Filhos.

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1 – Criando a pasta do Tema

A primeira coisa é acessar o diretório na instalação WordPress onde se localiza os temas. Acessando, via FTP, o diretório onde se localiza os arquivos da instalação do WordPress, ele fica em “wp-content/themes”.

Na pasta “themes” você encontrará uma relação de temas. Você deve criar uma nova pasta neste diretório, pasta esta que receberá os arquivos do Tema Filho.

Você deverá renomear esta pasta para o nome que você pretende usar no Tema Filho. Não use espaços no nome para não ocasionar erros.

No exemplo deste artigo a pasta se chamará “fundamentos-do-design-theme” que corresponde a nome Fundamentos do Design Theme.

Esse pasta deverá possuir dois arquivos que você criará (style.css e functions.php) e que será o mínimo para que seu Tema Filho funcione.

Resumindo teremos:

  • a pasta do tema filho;
  • o arquivo style.css;
  • o arquivo functions.php.

2 – Criando a folha de estilos (style.css)

O arquivo “style.css” é obrigatório para que o Tema Filho funcione.

Você pode usar um editor HTML para criar esse arquivo. Com bloco de notas já é possível criar este arquivo se certificando que a extensão seja “.css”.

No topo do arquivo deverá ser inserido um cabeçalho com informações sobre o novo tema e referenciando o Tema Pai.

No nosso exemplo, o Tema Filho será construído a partir do tema “Twenty Twenty” que é um tema padrão do WordPress e que deve estar presente na instalação.

No seu caso você terá um tema próprio a qual pretenderá criar o Tema Filho.

Vamos ao exemplo (leia cada instrução):

/*
Theme Name: Fundamentos do Design Theme (Aqui vai o nome do Tema Filho)
Theme URI: https://wordpress.org/themes/twentytwenty/ (Aqui vai o endereço do Tema no Diretório de Temas do site do WordPress, caso houver)
Description: Twenty Twenty Child Theme (Aqui descreve que o Tema é filho do tema Twenty Twenty)
Author: David Arty
Author URI: https://davidarty.com (Site do autor do tema)
Template: twentytwenty (Parte fundamental e obrigatória para o funcionamento - Este nome corresponde ao nome da pasta do Tema Pai)
Version: 1.0.0 (Versão)
License: GNU General Public License v2 or later (Licença)
License URI: http://www.gnu.org/licenses/gpl-2.0.html (Endereço da Licença)
Tags: light, dark, two-columns, right-sidebar, responsive-layout, accessibility-ready (Tags que descrevem características do Tema)
Text Domain: twentytwenty (Possibilita que os metadados do tema seja traduzidos)
*/

Na verdade, grande parte deste código não é necessário, caso seu tema não seja distribuído para comunidade. Então você pode resumi-lo com as partes mais importantes para a funcionalidade do tema. Veja a seguir:

/*
Theme Name: Fundamentos do Design Theme
Description: Twenty Twenty Child Theme
Template: twentytwenty
Text Domain: twentytwenty
*/

Reforço aqui atenção para o nome presente na linha Template. Este nome deve corresponde ao nome da pasta do Tema Pai para que tudo funcione.

As próximas linhas do arquivo são dedicadas aos estilos CSS que irão substituir os estilos do Tema Pai.

Após essa edição no arquivo você deve subi-lo para sua hospedagem, na pasta do tema filho, e poderá ativar o Tema no WordPress.

Tema filho para ativar

Na hora que você for ativar o Tema Filho no painel do WordPress, lá em Aparência/Temas, você notará que ele não tem uma capa. Mas resolveremos esta questão em um tópico mais a frente.

Você também poderá também testar o tema novo visitando uma página do site. E se surpreenderá com uma página sem estilo algum.

Página sem estilos CSS
Página sem estilos CSS

Mas não se preocupe! Estamos no caminho certo! Isso será corrigido na próxima etapa ao enfileirar os arquivos CSS usando o arquivo “functions.php”.

3 – Enfileirar as folhas de estilo do tema pai e do tema filho através do arquivos “functions.php”

O “functions.php” é um arquivo presente em seu tema WordPress, e ele é carregado antes de qualquer arquivo de template do tema.

Este arquivo é poderoso, pois ele determina diversas funcionalidades de um tema. Para quem tem conhecimentos avançados de PHP e da documentação do WordPress será possível usar este arquivo para substituir, ou editar funcionalidades presentes no Tema Pai.

Mas aqui usaremos para enfileirar as folhas de estilo usando wp_enqueue_scripts action e wp_enqueue_style() no tema filho.

Crie um arquivo chamando “functions” em seu editor e salve com a extensão “.php”. Insira o código a seguir:

<?php function theme_enqueue_styles() { 

$parent_style = 'parent-style'; 

wp_enqueue_style( $parent_style, get_template_directory_uri() . '/style.css' ); 
wp_enqueue_style( 'child-style', get_stylesheet_directory_uri() . '/style.css', array( $parent_style ) 
  ); 
} 
add_action( 'wp_enqueue_scripts', 'theme_enqueue_styles' ); 
?>

Após a edição suba o arquivo “functions.php” para a pasta do Tema Filho em sua hospedagem para testar.

Uma coisa importante a frisar é que diferentemente do que ocorre com os estilos, o “functions.php” do Tema Pai é carregado antes do que o do Tema Filho.

Veja agora que ao visitar uma página do site o estilo visual será carregado. Mas, apesar de ser o mesmo do Tema Pai, o estilo que predomina sempre será do Tema Filho.

O que acontece é que no momento estão sendo carregados os estilos do Tema Pai. Mas basta sobrescrevê-los alterando valores das propriedades no arquivo “style.css” do Tema filho e que o visual se modifica.

Testando um tema filho com pequenas alterações

Para verificar a efetividade da criação do Tema Filho você pode testar fazendo certas edições. Para isso você deve dominar no mínimo as Linguagens CSS e HTML.

Existem diferentes níveis de edição para um Tema Filho de acordo com a complexidade.

Edições de complexidade baixa

Onde você edita com CSS algum elemento HTML existente no Tema Pai sem alterar ou outros Elementos HTML.

Um exemplo simples que serve para testar se o tema filho está funcionando é alterar a cor de um título de uma página. Veja um exemplo a seguir.

Passo 1:

Primeiro inspecionamos o elemento HTML através do Inspetor do navegador em uso para identificar o nome do seletor CSS.

Inspecionando elemento HTML

Passo 2:

Agora pegamos os seletor identificado no código HTML e o usamos para definir uma nova cor para o títulos através de CSS no arquivo “style.css” do Tema Filho.

estilizando titulo da página

Salvamos o arquivo e subimos para pasta do Tema Filho. Recarregamos a página para averiguar se o título principal mudou para cor vermelha.

Página com mudança de cor (vermelha) no título da página

A mudança da cor do título para a cor vermelha é a confirmação final de que o Tema Filho está funcionando.

Se você conseguir chegar até aqui você está habilitado para configurar um Tema Filho.

O que foi exposto até este momento é fundamental para que partir deste ponto possa se fazer alterações mais complexas. Entretanto os tipos de edição tratadas a seguir seria indicado conhecer um pouco de PHP.

Edições de complexidade média

Esta edição é quando você precisa alterar um elemento HTML em um arquivo PHP do tema. Neste caso é preciso subir uma cópia do arquivo do Tema Pai para a pasta do Tema Filho.

Os temas WordPress são compostos por diversos arquivos de modelos em PHP (além de CSS e JS). São arquivos modulares e reutilizáveis, usados ​​para gerar as páginas da web em seu site WordPress. Alguns arquivos de modelo (como o modelo de cabeçalho e rodapé) são usados ​​em todas as páginas do seu site, enquanto outros são usados ​​apenas em condições específicas.

Você poderá ver a relação destes arquivos na Hierarquia de Modelos no site WordPress.

As alterações destes arquivos serão feitas no Tema Filho. Ao subir um destes arquivos para a Pasta do Tema Filho ele assumirá todas as funções em detrimento do arquivo existente no Tema Pai.

Use esse recurso com parcimônia. Se você acredita que deva editar uma quantidade muita grande de arquivos que compõem o Tema, considere se não é mais adequado criar um Tema do zero em vez de um Tema Filho.

Sem contar que qualquer ajuste que o desenvolvedor do Tema fizer em algum arquivo original não será repassado para o Tema Filho em futuras atualizações. O Tema filho só herda as funcionalidades do arquivos que estão somente no diretório do Tema Pai.

Um exemplo simples é incluir um subtítulo (tags Headline) no arquivo responsável por exibir o cabeçalho do site (header.php).

Observação: Para não ocorrer um erro PHP evite fazer edição entre as tags de abertura e fechamento do PHP (“<?php” e “?”>) se você não tem certeza do que está fazendo.

Edições de alta complexidade

Aqui você precisa de bons conhecimentos de PHP e da documentação WordPress.

Este tipo de edição visa alterar alguma linha de código PHP em um arquivo específico e como no tópico anterior deve ser usado com parcimônia. Ou alterar uma funcionalidade do tema pai através do arquivo “functions.php” ou também incluir uma funcionalidade nova.

Conclusão sobre Temas Filhos

Se você precisa fazer alterações pontuais e não quer que essas alterações sejam perdidas em atualizações futuras o uso de Temas Filhos WordPress é o caminho a seguir.

É comum pessoas e queixarem por terem perdidos alterações em seus sites WordPress e os Temas Filhos tem função de evitar isso. Mas como citado no artigo, use de forma consciente para não perder todo o potencial do Tema principal e de forma que faça o processo de desenvolvimento ser ágil para seu projeto.

Agora me diga nos comentários o que você acha sobre os Temas Filhos.

Aproveite e compartilhe esse conteúdo com seus amigo!!!

Abraço!!

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Manguezais e restingas: o que são e sua importância

Nesta segunda-feira (28), o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), presidido pelo Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, revogou  duas resoluções que delimitavam áreas de proteção permanente em manguezais e restingas no litoral. A revogação das resoluções, ambas de 2002, foi justificada sob o pretexto de que já existem outras leis que protegem as regiões, como o próprio código florestal. Mas especialistas citam que o código florestal menciona genericamente áreas ao redor de rios, e não especificamente esses dois ecossistemas.

Segundo um cálculo da Mapbiomas Brasil, feito a pedido do El País, cerca de 1,6 milhão de hectares de restingas e manguezais ficam expostos com o fim dessas resoluções. Ambos fazem parte do bioma Mata Atlântica, o mais devastado do Brasil.

Conheça um pouco mais sobre esses ecossistemas e a importância ecológica de cada um deles.

Manguezal

Manguezal é uma zona úmida, definida como “ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e subtropicais, sujeito ao regime das marés.

O professor e consultor didático de ecologia e botânica do AngloJoão Carlos Rodrigues Coelho, comenta a importância dos manguezais.  “Não é à toa que os manguezais recebem o nome de berçários’. É lá que diversas espécies animais de reproduzem, alimentam-se e passam parte da vida. Cerca de 80% dos animais marinhos de interesse humano, capturados para o comércio de alimentos, necessitam do manguezal em algum momento da vida”, explica.

<span class="hidden">–</span>Pinterest/Reprodução

Embora o Brasil tenha a maior área de manguezal do mundo, que se estende do Amapá à Santa Catarina e soma 12% da ocorrência desse ecossistema no planeta, uma pesquisa de 2017 do Observatório do Clima apontou que 20% das áreas de manguezal do país foram desmatadas nos dezessete anos anteriores.

Além da destruição do ecossistema para a construção de hotéis e atividades turísticas, as espécies animais da região sofrem ainda com a caça e captura desenfreada.

“Vale lembrar que a preservação dos manguezais também diz respeito à redução do aquecimento global: a alta taxa de fotossíntese do mangue (vegetação do manguezal) contribui para o sequestro de carbono na atmosfera”, comenta Coelho.

Restinga

Assim como o manguezal, a restinga também é um ecossistema de transição entre mar e terra, mas é um ambiente mais seco e arenoso que o primeiro. É a restinga a responsável pelo processo de fixação das dunas – aquelas grandes montanhas de areia, como os lençóis maranheneses.

A restinga da Praia da Jureia, em São PauloWikimedia Commons/Reprodução

Coelho destaca a  riqueza e a diversidade da restinga. “Assim como acontece nas dunas, as áreas de restinga tem forte ocorrência de ventos, além das altas temperaturas e elevada salinidade. Todos esses fatores fazem com que o solo da região seja bastante pobre em nutrientes. A vegetação nativa pode parecer ‘mirrada’ à primeira vista, mas é bastante rica e nela encontramos desde plantas baixas e herbáceas até formações florestais de mais de 20 metros de altura”, afirma.

A restinga funciona ainda como uma proteção para o próprio manguezal, já que atua na estabilização desse outro ecossistema. “Hoje, os maiores riscos à preservação da restinga é o boom imobiliário nessas áreas e o despejo de resíduos, causadores de poluição”, completa Coelho.

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Basta ter uma eleição para ser uma democracia?

A campanha eleitoral que começou neste domingo, 27, será diferente. Sem comícios, caminhadas ou outras aglomerações por causa da pandemia de coronavírus, os candidatos a vereador e prefeito devem recorrer ainda mais à internet para tentar ganhar os eleitores.

A participação das redes sociais na arena política vem crescendo e gerando debates (alguém ainda não viu O Dilema das Redes?). Mas, de forma geral, as eleições no Brasil são tidas, por observadores internacionais, como livres e plurais. Apesar de alguns líderes colocarem as urnas eletrônicas em xeque, não há nenhuma denúncia concreta sobre sua violação. E a pressão para melhorar a representação de mulheres e negros tende a melhorar a participação desses grupos nas esferas de poder.

Mas, se temos eleições seguras e com resultado confiável (e rápido!), estamos bem na fita da democracia?

Nem tanto assim. Não é à toa que o livro Como as democracias morrem, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, se tornou um dos mais vendidos no Brasil – e no mundo – ao falar da deterioração desse sistema político. Segundo a obra, de 2018, a gente pode nem estar percebendo esse processo.

Os autores do livro, que são professores de Harvard, avaliam que, hoje, as democracias não morrem com a ascensão de um ditador populista ou com um golpe militar, como na Alemanha de Hitler ou no Brasil de 1964. Mas decaem de forma lenta, com um enfraquecimento gradual de instituições importantes, como o Judiciário e a imprensa, e a erosão de normas há muito tempo em vigor. O livro faz uma análise a partir da eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2016. 

Mas será que a tese dos professores está correta? A democracia está mesmo morrendo? Como é possível saber? Certamente não há só um jeito de descobrir, mas a Economist Intelligence Unit, ligada à tradicional revista The Economist, sugeriu um método para avaliar os regimes políticos do mundo e vem acompanhando os resultados desde 2006.   

Para fazer o ranking, eles avaliam alguns elementos que consideram essenciais para um regime verdadeiramente democrático. São eles:

  1. Processo eleitoral e pluralismo – se o processo eleitoral é livre e justo, com segurança para os eleitores, sem influência de poderes externos; 
  2. Liberdades civis – respeito aos direitos humanos básicos, como liberdade de expressão, de religião, de associação e de imprensa, além de direito a um processo legal justo e garantia de direitos individuais e de minorias; 
  3. Funcionamento do governo – além da qualidade do serviço público, leva em consideração conseguir implementar as decisões democraticamente tomadas;  
  4. Participação política – livre engajamento em votações e em variadas associações e organizações políticas, mas liberdade para expressar insatisfação não participando também;
  5. Cultura política – sem passividade ou apatia das pessoas, prevê aceitação do resultado das eleições e transferência pacífica de poder. 

A pesquisa é baseada em 60 indicadores, numa escala de 0 a 10, e a média de todos leva à nota no ranking da democracia.

Segundo esse ranking, o Brasil é uma “democracia com falhas” (a melhor classificação é “democracia plena” e a pior, “governo autoritário”, casos de Cuba e Venezuela aqui na América Latina). E o nosso problema, de acordo com o estudo, não está no processo eleitoral (que tem a linda nota de 9,58). Mas na falta de cultura política da população: nesse quesito, levamos um 5.0 (raspando, hein?!). O funcionamento do governo também deixa bastante a desejar, com nota 5,38. A participação política ganha 6,11 e as liberdades civis, 8,24.

No Brasil, falta qualidade em serviços públicos, como saúde e educação, e, algumas vezes, o governo tem dificuldade para fazer valer, na prática, decisões políticas, dois problemas claros de governança. Mas a falta de cultura política pode ser percebida no pouco que sabemos sobre o funcionamento do Estado, por exemplo. Muitas vezes também achamos que nossa participação se resume ao voto – às vezes até esquecendo para quem ele foi! –, e não acompanhamos o desempenho dos políticos. Outro problema que tem crescido é a adesão a pautas antidemocráticas, como a extinção do Supremo Tribunal Federal e do Congresso. Embora questionar o funcionamento dos Poderes e da imprensa seja muito bem-vindo na esfera democrática, querer extinguir um Poder ou censurar os veículos de comunicação, não. 

O mais preocupante, no caso do Brasil, é a gradativa piora do sistema: a nota do país caiu de 7,38 em 2006, para 6,86, em 2019 (lembrando que o máximo é 10!). Mas o país não está sozinho nessa tendência. O ranking global da Economist registrou em 2019 sua nota mais baixa desde que começou, em 2006. De 2018 para 2019, as notas em os quesitos caíram, com exceção da participação política, que acabou crescendo, na média global. 

Noruega, Islândia e Suécia estão no topo do ranking, como democracias plenas, com nota acima de 8. E os Estados Unidos, foi rebaixado a democracia com falhas, como nós, em 2016, com avaliação entre 6 e 8. Regimes híbridos entre democracia e ditadura têm notas entre 4 e 6, e ditatoriais, abaixo de 4. 

Discussões de nota e decadência da democracia à parte, os eleitores brasileiros terão o desafio de cumprir o dever cívico do voto no dia 15 de novembro sem causar uma onda de contaminação pelo novo coronavírus. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, falou que já há um procedimento sem contato para checar a identificação do eleitor e defende que cada um leve sua própria caneta para assinar a lista.

Será uma eleição diferente, mas não menos importante. E, se você ainda tem dúvida sobre a importância desse regime, recorremos ao primeiro-ministro britânico Wintston Churchill:  “A pior forma de governo, com exceção de todas as demais”.

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A atuação da Fisioterapia no combate à covid-19

“Uma mão amiga para quem se encontra em uma situação de falta de esperança”. É assim que Thayane Brandão, de 26 anos, enxerga a Fisioterapia

Fisioterapeuta com atuação em reabilitação neurofuncional e respiratória no adulto e pediatria, viu sua profissão – muitas vezes diminuída apenas a cuidados de ossos e músculos em consultórios – aparecer na linha de frente do combate à covid-19, tratando desde as complicações respiratórias até as diversas sequelas deixadas pela doença.

No cenário atual, Thayane vem trabalhando com recuperação pós-covid e particularidades neurológicas subsequentes. Ela explica que a Fisioterapia Neurofuncional é uma especialidade que atua na prevenção e recuperação de doenças associadas ao sistema nervoso. Como recuperar uma função que foi perdida em consequência de doenças como Parkinson ou por AVC, lesão medular, traumatismos cranianos, polineuropatias.

“Quando se trata de um acometimento temporário, trabalharemos com diversos tipos de exercício para reativar aquela rede nervosa para que, aos poucos, ela volte a recuperar aquela função. Se através da avaliação identificarmos que a lesão foi completa e a pessoa não terá como recuperar aquele movimento, trabalharemos a adaptação dela ao ambiente”, explica a profissional. 

No caso do coronavírus, a fisioterapeuta aponta que, além da reabilitação nas funções respiratória e motora, já existem estudos que abordam como o vírus pode ter ação no sistema nervoso.

Ela conta que equipes médicas já têm realizado o mapeamento da relação do coronavírus com AVCs nas formas mais graves da doença. “Quando isso acontece, é importante a reabilitação específica também nesta área, uma vez que os prejuízos psicomotores podem permanecer por muito tempo. Assim, nossa conduta permanece a mesma, recuperar as funções perdidas e trabalhar para que o paciente tenha uma boa qualidade de vida”, diz Brandão.

No hospital

Thayane tem contribuído, em domicílio ou no ambulatório, com a reabilitação de pacientes que tiveram a doença. A fisioterapeuta Renata Negri Sapata tem experiência no atendimento hospitalar – tanto na terapia intensiva como nas unidades de internação. Ela é coordenadora do serviço de fisioterapia da Unidade Vergueiro, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Ela diz que a fisioterapia sempre atuou dentro do hospital, mas que, com a pandemia, as demandas cresceram. O começo foi conturbado, por causa do pouco conhecimento sobre a nova doença, mas ao decorrer dos meses, os profissionais foram entendendo melhor e encontrando maneiras de lidar com a situação, conta a especialista.

Onde Renata trabalha, por exemplo, foi criada uma unidade para atender unicamente pacientes em readaptação depois do coronavírus. Cerca de 35 fisioterapeutas dão suporte nesses casos, em um trabalho em conjunto com outras áreas da saúde – Medicina, Enfermagem, Nutrição e Fonoaudiologia.

Lá eles fazem toda a readaptação. Durante a dura recuperação, muitas vezes, o paciente perde massa muscular – há casos em que perde a capacidade de caminhar sozinho, por exemplo – e a respiração também fica comprometida. “É preciso avaliar e pensar no corpo todo do paciente, a parte motora, respiratória, assim podemos tratar para ele voltar para a casa melhor e mais independente”, afirma Renata.

Para além de exercícios, o fisioterapeuta também atua no diálogo com família e paciente. Muitas vezes, depois da alta, o paciente ainda tem dificuldades de locomoção, por exemplo, e precisa de orientações. “Abordamos as necessidades do paciente ao voltar para casa, como criar um ambiente adaptado, ou se é preciso um profissional atuando junto em casa”.

Na UTI, os fisioterapeutas atuam na oxigenoterapia, utilização de oxigênio em tratamentos médicos, elevando ou mantendo a oxigenação do sangue acima de 90%. Profissionais com especialização cardiorrespiratória fazem a manipulação do equipamento de ventilação mecânica, invasiva ou não. Junto com médicos e equipe, fazem avaliações para ver como o paciente está e se é possível fazer o “desmame” de oxigênio, que é processo de transição da ventilação artificial para a espontânea, quando o paciente já está melhor. 

O fisioterapeuta trabalha 30 horas semanais no hospital, incluindo plantões noturnos e nos fins de semana. Há a atuação desses profissionais 24 horas na área hospitalar. Apesar da rotina cansativa e dos desafios da pandemia, Renata conta como é gratificante acompanhar a melhora dos pacientes desde a fase mais crítica da internação até o período de alta: “Quando fica tudo bem, fazemos festa, comemoramos, os pacientes são guerreiros”. 

Fisioterapeutas Sem Fronteiras

Em abril, com a pandemia se alastrando, a fisioterapeuta Claudia Dutkiewcz precisou fechar seu consultório por medidas de segurança e isolamento social. Após 20 anos de experiência na área, ficou “cheia de conhecimento na gaveta e no meio do caos”. Disso, nasceu o projeto filantrópico Fisioterapia Sem Fronteiras Covid-19.

Por meio do teleatendimento, regulamentado durante a pandemia, cerca de 200 fisioterapeutas já se juntaram a ela para cuidar de pacientes com sequelas motoras e respiratórias decorrentes do coronavírus. Dentro de casa, acompanhado de um familiar, o paciente faz o tratamento de acordo com a orientação do fisioterapeuta do outro lado da tela. Usando a arte do improviso, o cabo de vassoura, o saco de feijão viram instrumentos para os exercícios de reabilitação. O projeto já coleciona 4 mil atendimentos gratuitos realizados em todo o país. 

Aqueles que precisam tratar das sequelas da doença, mas não têm condições financeiras (ainda mais depois da crise ampliada pela pandemia), podem requisitar o tratamento gratuito nas redes sociais do projeto – tanto Instagram como Facebook. É feita uma avaliação para entender o quadro e as necessidades do paciente. De acordo com a divisão de graus de complexidade, o profissional consegue estabelecer o número de sessões necessário.

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Claudia faz questão de deixar bem claro: “o toque fisioterapêutico é insubstituível”. Ela lembra que começar a realizar o atendimento à distância foi um desafio enorme. “Mas eu tinha duas situações na minha mão, fazer nada ou ajudar dentro do que eu podia”, conta. Ela, então, depois de cinco meses, tem como recompensa as altas de vários de seus pacientes.

A pouca visibilidade

O podcast Fisio e TO, feito pela Crefito-3 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região), coloca em debate a pouca visibilidade dada aos fisioterapeutas que atuam nas UTIs, no contexto da pandemia da covid-19, em comparação ao destaque dado pela imprensa aos demais membros da equipe que estão na linha de frente da assistência.

Apesar de, muitas vezes, não ter o reconhecimento merecido, Thayane, Renata e Claudia acreditam que a atuação da Fisioterapia no combate à covid-19 colocou a profissão em evidência e vai fazer com que mais gente entenda a sua grande importância. 

 

 

A atuação da Fisioterapia no combate à covid-19 publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br