Quinze dias depois, estudantes de todo o país foram novamente às ruas para protestar contra bloqueios na Educação impostos pelo governo federal. Ao menos 126 cidades, em 25 estados e no Distrito Federal, segundo apuração do G1, registraram atos.
Os protestos, pacíficos em sua maioria, foram convocados contra o contingenciamento de 30% do orçamento dos gastos discricionários para a Educação autorizados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Como consequência do primeiro ato contra os bloqueios, no último domingo, 26, foi a vez de manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro irem às ruas.
O governo chegou a divulgar que mais recursos seriam liberados para o MEC, mas o corte foi mantido. Nesta quinta, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos recomendou que o governo reveja os bloqueios.
Confira informações sobre os protestos:
São Paulo
Na capital paulista, os estudantes começaram a se reunir a partir das 16h no Largo da Batata, região oeste, e seguiram a pé até o Masp, na avenida Paulista. A reportagem da Catraca Livre conversou com estudantes universitários, do ensino médio, de cursinhos pré-vestibular, professores das redes municipal, estadual e privada, além de diretores e familiares de alunos. Muitos cartazes exibiam pedidos para que o governo reveja a decisão. Segundo os organizadores, ao menos 60 mil pessoas marcaram presença. “A gente não vai arredar o pé até mostrar para esse ministro que a educação é importante”, disse Pedro Gorki, presidente da Ubes, do carro de som.
Rio de Janeiro
No Rio, a concentração foi na igreja da Candelária, no centro, com aulas públicas. Os manifestantes foram até a região da Cinelândia, também no centro. Professores e alunos discursaram no carro de som.
11 cartazes dos protestos pela educação para tatuar no cóccix
Acre
No centro de Rio Branco, manifestantes protestaram contra cortes na Educação e, também, contra a reforma da Previdência.
Alagoas
À tarde, estudantes, professores e servidores públicos protestaram em Maceió da praça do Centenário até o centro.
Amapá
Em Macapá, o ato foi na portaria da Unifap (Universidade Federal do Amapá), no campus Marco Zero. Foi lá quem professores e estudantes se reuniram para protestar contra os cortes no MEC.
Amazonas
A manifestação em Manaus começou na praça da Saudade, no centro, e os professores e estudantes seguiram até a praça do Congresso.
Bahia
O ato em Salvador aconteceu no centro, e reuniu professores e estudantes.
Ceará
Em Fortaleza, a concentração foi na praça da Gentilândia, onde estudantes e professores seguiram rumo à UFC (Universidade Federal do Ceará).
Distrito Federal
O Museu Nacional da República foi o ponto de encontro dos estudantes em Brasília. Os protestos foram pela educação, contra a reforma da Previdência e o governador Ibaneis Rocha (DF). No trajeto até a Praça dos Três Poderes, houve um confronto entre policiais e manifestantes. Um homem foi detido.
Espírito Santo
Vitória teve dois atos: um no teatro da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) e outro próximo ao Ifes (Instituto Federal do Espírito Santo). Os grupos se encontraram e saíram em passeata pela cidade.
Goiás
Grupo de manifestantes se reuniu na Praça Universitária, em Goiânia, e seguiu até a praça do Bandeirante, no centro.
Maranhão
O protesto em defesa da educação aconteceu no entorno da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), em São Luís.
Mato Grosso
Manifestantes se reuniram nas cidades de Rondonópolis e Tangará da Serra.
Mato Grosso do Sul
Estudantes, professores e indígenas fizeram protestos em Campo Grande.
Minas Gerais
Em Belo Horizonte, estudantes gritavam “Não é mole não, tem dinheiro pra milícia, mas não tem pra Educação” na praça Afonso Arinos, no centro.
Pará
Em Belém, as aulas na UFPA, na UFRA e no IFPA foram suspensas. A passeata começou na praça da República e foi em direção ao mercado de São Brás.
Paraíba
Professores de universidades e institutos federais e estudantes fizeram atos em João Pessoa e protestaram contra cortes na Educação e a reforma da Previdência.
Paraná
Em Cascavel, alunos, professores e funcionários da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) participaram de ato em defesa da educação.
Pernambuco
Estudantes e servidores de Recife deram um abraço no prédio da Universidade Federal Rural de Pernambuco. À tarde, manifestantes foram em passeata do centro até a praça da Independência.
Piauí
Em Teresina, um grupo de manifestantes se reuniu na Praça da Liberdade, no Centro de capital piauiense, e saiu em passeata pelas ruas. Professores da Universidade Federal do Piauí informaram que aderiram à greve, e há a previsão de que algumas aulas sejam suspensas nesta quinta.
Rio Grande do Norte
Em Natal, o protesto aconteceu à tarde, numa das principais avenidas da cidade, a Bernardo Vieira.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre, o ato ocorreu na Esquina Democrática, no centro.
Rondônia
Em Porto Velho, o local escolhido pelos manifestantes foi a praça Marechal Rondon, no centro.
Roraima
Em Boa Vista, o protesto contra o corte de verbas na educação levou estudantes e professores a caminharem da UFRR (Universidade Federal de Roraima) até a praça do Centro Cívico.
Santa Catarina
Em Florianópolis, na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), os estudantes se organizavam nesta manhã em unidades acadêmicas pintando faixas e cartazes.
Sergipe
Em Aracaju, estudantes e trabalhadores se concentraram na praça General Valadão e foram em caminhada pelas ruas do centro.
Veja também: Protestos contra corte na Educação ocorrem nos 26 estados e no DF
Estudantes de todo o país fazem novo ato em defesa da educação publicado primeiro em https://catracalivre.com.br
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