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domingo, 1 de setembro de 2019

Joice Hasselmann, Mamãe Falei e sarampo resumem minha dor paulistana

Neste domingo, não teremos mais ciclofaixas de lazer por falta de patrocínio – essas faixas são um dos fragmentos de civilidade da cidade.
A cidade está em estado de alerta por causa do sarampo, com a morte de bebês e um adulto – algo que já deveria estar extirpado.
Essa combinação de volta do sarampo e fim das ciclofaixas mostra a barbárie paulistana.
Sou paulistano: amo minha cidade.
Amo tanto que, a cada eleição, obrigo todos os candidatos a assinar um carta-compromisso para que cumpram seu mandato.
Não gosto de ficar apenas olhando: daí eu ter assumido uma série de atividades voluntárias como a presidência do conselho da Orquestra Sinfônica Heliópolis e ter criado o Catraca Livre, cuja missão inicial era ajudar as pessoas a viver melhor na cidade.
É o mínimo que posso fazer pela cidade em que eu nasci e prosperei.
Podia viver am qualquer cidade do mundo. Mas prefiro viver aqui, onde me sinto em estado de resistência gentil.
Minha dor cresce ao ver como minha cidade é palco de aventureiros.
Joice Hasselmann é comprovadamente uma jornalista desonesta, processada por fraudes no Sindicato dos Jornalistas do Paraná. Por usar indevidamente a marca Veja, teve de pagar indenização.
Nunca fez nada pela cidade – e, agora, quer ser prefeita.
Leio pelos jornais que poderia ter até apoio de João Dória.
Dória, como sabemos, deixou a prefeitura para ser candidato a governador.
Ficou Bruno Covas no seu lugar.
Mas Dória quer evitar que ele saia candidato com medo de perder a eleição.
Outro candidato é Mamãe Falei – Arthur do Val – um comprovado baderneiro de rua, que ia a uma série de evento apenas para fazer provocações.
Outro candidato – Márcio França – tem zero histórico com São Paulo.
Celso Russomano é mais uma daquelas farsas midiáticas.
Quando penso num prefeito, a pessoa que me vem à cabeça, no Brasil, é Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba.
Ou, em Nova York, Michael Bloomberg.
Penso também nos vários prefeitos que mudaram Barcelona ou Bogotá.
É gente que pensa e respira cidade.
Faz sentido que, junto com a volta do sarampo, tenhamos tipos se imaginando capazes de governar a cidade como Mamãe Falei e Joice Hasselmann.
A vitalidade paulistana na cultura, nas artes, no empreendedorismo, na medicina, na gastronomia, nas universidades, está anos-luz à frente dos seus governantes.

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