Não tem momento mais significativo do que esse para visitar a Amazônia.
Se as questões ambientais no Brasil ainda parecem longe de ser bem tratadas, a população local tem encontrado no turismo a solução para movimentar a economia de forma sustentável. Em destinos amazônicos, a experiência turística costuma acontecer em comunidades ribeirinhas que viram no turismo uma alternativa a outros setores, como a pecuária e a agricultura.
Em Santarém, a cerca de 1h20 de avião de Belém, capital do Pará, é possível fazer turismo não só em áreas urbanas (daquelas que a gente quase esquece que está em terras amazônicas) mas também no interior da maior floresta tropical do planeta.
E, certamente, é isso o que você está buscando por ali.
Neste vídeo, o Viagem em Pauta visita uma samaúma gigante de 900 anos, aproximadamente; navega por um emocionante jardim de vitórias-régias; e assiste a um dos finais de tarde mais bonitos em terras brasileiras.
“As pessoas precisam se apropriar mais da Amazônia”, defende Diego Pinho. Segundo o secretário de turismo de Santarém, mais de 70% do público que desembarca na região é para fazer turismo de negócios, seguido de turistas em busca de praias de rios e experiências em comunidades ribeirinhas.
Mais do que endereço da Ilha do Amor, o concorrido banco de areia de Alter do Chão que se forma no Rio Tapajós, Santarém é uma bela amostra do que se pode fazer em terras amazônicas, com opções que vão de museus históricos no centro da cidade a trilhas exigentes em plena floresta.
Sem falar nas prainhas de águas mornas, no turismo de base comunitária que acontece no interior de unidades de conservação e na navegação por igarapés, como são chamados os cenográficos canais formados por pequenos braços de rio que só podem ser explorados em canoas.
Clássicos de Santarém
Encontro das águas
Em frente à ilha Ponta Negra, a cinco minutos de barco de Santarém, é possível ver os rios Amazonas e Tapajós correrem paralelos, sem se misturar, por conta das diferenças de temperatura, velocidade e densidade de suas águas.
O embarque é no Terminal Fluvial Turístico, na Avenida Tapajós, no centro da cidade, e custa cerca de R$ 120 (até 4 pessoas). O roteiro costuma ser combinado com visita ao Igarapé Açu, conhecido por suas casas sobre palafitas.
Ilha do Amor
A imagem mais famosa de toda a região é esse banco de areia que se forma na vazão do Rio Tapajós, em Alter do Chão.
Após uma breve travessia em pequenos barcos, é possível ficar em barracas equipadas com restaurantes, bares e aluguel de caiaques e SUP.
Santarém é a versão urbana da região. Já Alter, a pouco mais de 30 km dali, é mais rústico e partida dos principais passeios.
Pôr do sol
Seja qual for a sua pegada na Amazônia, não dá para deixar de ver um pôr do sol.
Os finais de tarde são concorridos na orla de Santarém, ao lado do Terminal Fluvial Turístico, onde funciona também um centro de artesanato até as 22h; e também na praia do CAT (Centro de Atendimento ao Turista) do distrito de Alter do Chão.
Próximo a Alter, a Ponta do Cururú é outro destino procurado para ver o pôr do sol, com acesso apenas pelo Rio Tapajós.
História
Centro histórico
Com arquitetura do período português, a região não merece mais do que uma manhã, devido ao estado de conservação de seus casarões.
Destaque para o mirante de madeira da Praça da Fortaleza do Tapajós, procurado para observações do Encontro das Águas e dos finais de tarde dourados no Rio Tapajós.
Museu Dica Frazão
Ícone da cultura santarena, a artista plástica Raimunda Rodrigues Frazão, conhecida como Dica Frazão, é homenageada nesse espaço que abriga peças artesanais feitas com raiz de patchuli, palha de tucum, juta, semente e bambu. Entrada grátis (Rua Floriano Peixoto, 281, Centro)
Centro Cultural João Fona
Localizado em uma construção de 1868, o museu tem acervo com peças históricas, cerâmicas indígenas, urnas funerárias com restos mortais dos índios Tupaiu e até o esqueleto de uma baleia que encalhou no rio Tapajós. Entrada grátis (Praça Avenida Adriano Pimentel, s/n – Centro)
Dica Viagem em Pauta
O transfer entre Alter e Santarém não costuma ser barato, por isso escolha a localização do seu hotel, de acordo com os passeios que pretende fazer na região (a maioria deles sai do píer da Atufa, Associação de Turismo Fluvial de Alter do Chão).
São 32 km até a vila, uma viagem de cerca de 45 minutos que pode ser feita em ônibus de linha (R$ 3,60), táxi (de R$ 75 a R$ 100) ou em carro alugado.
Como chegar
Localizado entre Belém e Manaus, o destino pode ser acessado por terra (30 horas de viagem, a partir de Belém) ou barco (cerca de dois dias e meio, a partir de Belém ou Manaus).
Quem chega de avião, conta com voos saindo de cidades como Confins, Brasília, Belém ou Manaus, via Latam, Gol e Azul.
Quando ir
São, praticamente, duas temporadas: inverno (de janeiro a junho, meses marcados pelas cheias dos rios) e verão (de julho a dezembro, época das praias de rio).
No entanto, os locais são unânimes em afirmar que é possível fazer turismo em Santarém, durante todo o ano.
Onde ficar
Com jeitão de cidade grande, Santarém é a principal porta de entrada.
Mas o melhor da região ainda é o distrito de Alter do Chão, onde dá para se hospedar em estabelecimentos para todos os tipos de orçamentos, de hostels a hotéis boutiques.
Veja também: Jardim de vitórias-régias é atração de Santarém e Alter do Chão
O que fazer em Santarém e Alter do Chão, no Pará publicado primeiro em https://catracalivre.com.br
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