Conhecimento é poder e uma maneira eficaz de empoderar a população. É defendendo esses ideais que o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano (IMC) ajuda no desenvolvimento e no combate da vulnerabilidade social entre crianças, adolescentes e adultos.
A instituição não governamental transforma vidas brasileiras há mais de 15 anos por meio de música, educação, arte e acolhimento. Após a mentoria do Programa VOA, da Cervejaria Ambev, a ação alcançou um patamar de alto nível e foi considerada um dos melhores do programa.
Com aulas de dança, idiomas, educação ambiental, tecnologia, entre outras, a ONG atende cerca de 360 jovens e seus esforços transcendem o território nacional, já que a iniciativa, além de receber pessoas dos municípios de Ladário e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, também atua nas cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suarez, na Bolívia.
“A mentoria do VOA transformou completamente nosso projeto. As ferramentas que aprendemos com os voluntários e a forma como recebemos atenção foi incrível. Hoje, cada um sabe exatamente o que tem que fazer e é consciente da sua função no grupo”, pontua Márcia Rolon, diretora-executiva da entidade.
O programa auxilia organizações que apoiam a juventude ao redor do país por meio da educação e lazer, oferecendo mentoria especializada e ferramentas como cursos de comunicação, marketing, governança, finanças, captação de recursos, entre outras.
“Os tutores da Ambev são muito legais e mudaram nossa cultura. Lembro que, em cada aula, todo mundo se olhava e sabíamos que aquilo mudaria tudo. Organizamos as funções de maneira clara, e o rendimento subiu. O foco é impactar a vida das pessoas e agora podemos fazer isso de uma maneira mais consciente”, exalta Márcia.
Diversos jovens integraram o mercado de trabalho local após passar pelo Moinho Cultural e puderam dar uma vida melhor para suas famílias o que, de certa forma, é a principal missão da ONG.
Impactando vidas
Por melhores que sejam os cursos, a dedicação e amor dos envolvidos são fatores fundamentais para que os resultados sejam alcançados. No Moinho Cultural o conceito de família é aplicado de forma ampla e deixa marcas na vida dos participantes. Olha só o que os alunos sentem quando falam do programa:
A aluna que virou professora
“Meu nome é Karolaine Jarcem Mendonça, minha história com o Moinho começou aos 11 anos de idade, quando uma amiga da minha tia indicou para a minha mãe me matricular nele. Hoje, aos 20 anos, me tornei professora de música do projeto e sou muito grata por passar para outras crianças tudo aquilo que eu aprendi graças ao Moinho Cultural e às pessoas que fazem do sonho uma realidade”, enfatiza Karolaine.
Balé em Berlim
“Em 2007, eu fiz uma audição com várias crianças e fui aprovada! Me apaixonei de um jeito inexplicável pela arte de dançar e foi assim que começou minha vida de bailarina. Em 2010, fui escolhida entre vários alunos do Moinho para fazer uma audição de balé em Berlim, na Alemanha. No início de 2011, eu passei um mês no Rio de Janeiro para aperfeiçoar meus movimentos e segui viagem para a Alemanha. Passei 15 dias lá e, apesar de ter passado por algumas dificuldades, foi maravilhoso. Não pude ficar porque não sabia falar alemão”, disse Aline Silva.
Como boa brasileira que é, Aline não desistiu depois de não passar no teste e usou isso como motivação para uma competição em Campo Grande (MS), quando ficou em primeiro lugar.
“Eu não sei o que seria de mim sem o Moinho, pois aqui é minha segunda casa. Depois que entrei no projeto, comecei a ter mais responsabilidade, disciplina, maturidade e fiz novos amigos. No Moinho, eu aprendi que, se temos um sonho, vale muito a pena acreditar [nele]”, conclui a bailarina.
Segundo a fundadora, o processo de gestão no Moinho Cultural foi sistematizado graças ao modelo empresarial implantado após a mentoria e, hoje, todos os integrantes sabem exatamente o que fazer e como trabalhar de forma eficaz para a engrenagem funcionar.
O êxito é alcançado quando um aluno entra, muda sua realidade e a partir das aulas consegue sair de sua “bolha social”, como o caso de Karolaine e Aline.
Fronteira com a Bolívia
Em 2017, o Moinho Cultural foi além do território nacional e fechou parceria com a Prefeitura de Puerto Quijarro, da Bolívia, acolhendo crianças em situação de vulnerabilidade social e ajudando inúmeras famílias.
A sede no país vizinho comporta cerca de 40 crianças e oferece aulas de música e dança. Além dos estudantes, os familiares também são apoiados e podem contar com os serviços de capacitação.
Voando pela América
Com o sucesso em solo nacional, Márcia e companhia almejam ajudar outras comunidades ao redor do continente. “A América Latina está passando por dificuldades nestes últimos anos e queremos ajudar. O plano é expandir nosso alcance para países como o Uruguai e a Colômbia”, aponta a diretora-executiva.
Para saber mais sobre o Moinho Cultural, basta acessar o site oficial do projeto. O mesmo vale para o Programa VOA, que está com inscrições abertas para ONGs de todo o Brasil somente até o dia 10 de janeiro de 2020. Não fique de fora!
Veja também: Programa Ambev VOA abre inscrições de mentoria para ONGs brasileiras
ONG Moinho Cultural muda a vida de jovens na fronteira com a Bolívia publicado primeiro em https://catracalivre.com.br
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