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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

5 carreiras para quem quer trabalhar com Games

Os jogos eletrônicos podem até parecer puro entretenimento, mas muita gente tira seu sustento justamente disso. Só no Brasil, o mercado de games tem uma receita anual de 1,3 bilhão de dólares, segundo o relatório Brazil Digital Report de 2019. Com mais de 60 milhões de jogadores, o país tem o terceiro maior mercado do setor no mundo. Em outubro de 2020, o youtuber Cellbit, que cria conteúdo voltados para fãs de games, conseguiu arrecadar mais de 2 milhões de reais em uma semana em um financiamento coletivo para desenvolver seu próprio jogo. É inegável: o mundo dos jogos eletrônicos já se estabeleceu com um futuro promissor para quem quer seguir carreira.

Para te ajudar a explorar esse mundo, o GUIA separou algumas das áreas de trabalho para quem se interessa pelo tema.

Programação

O programador é geralmente quem trabalha desde as primeiras etapas do desenvolvimento de jogos. Ele cria os comandos no software, bem como a lógica para que o programa funcione como planejado. Entre os papéis envolvidos no desenvolvimento de jogos, esta é, geralmente, a que mais participa de todas as etapas, desde o esboço até os testes finais. Ele pode se graduar em Ciência da Computação ou em cursos mais específicos, como o Design de Games.

Arte Gráfica

O designer, artista ou animador de games é o responsável por projetar e criar a estética dos jogos. O profissional da área faz a animação e as texturas do jogo, usando softwares de animação para fazer os cenários e os personagens agirem de acordo com o planejado. O curso de Jogos Digitais mistura conhecimentos de Informática e Desenho e já existe em faculdades como a PUC-SP, o IFRJ e a FATEC-AM. Nele, se aprende a construir uma representação gráfica de personagens e cenários, além das animações de tela.

++ Orientação profissional: o que faz o Design de Games

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Sonorização

Como a maioria dos conteúdos digitais, jogos eletrônicos precisam de profissionais especializados para criar o ambiente sonoro. A formação em Música, Audiovisual ou Produção Musical pode ajudar o futuro sonorizador a compor a trilha e os efeitos sonoros do jogo. Nesse ramo, também entram dubladores, que dão vida aos personagens dos games. Nesse caso, é necessário ter o DRT, um registro para atores formados.

Jogar profissionalmente

Jogar e-sports já deixou de ser uma atividade apenas para amadores. Hoje, já existem diversas premiações na área e times que contratam jogadores para vestirem sua camisa. O campeonato mais conhecido no Brasil é o CBLOL, que reúne times profissionais do jogo League of Legends. Semelhante aos atletas dos esportes tradicionais, os atletas de jogos eletrônicos são considerados como de alto rendimento e passam por uma rigorosa rotina de treinos.

K/DA é um grupo feminino virtual de K-pop que consiste em quatro versões das personagens de League of LegendsPinterest/Divulgação

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Jornalismo de e-sports

Com o mercado de Games em alta no Brasil e no mundo, profissões mais tradicionais criam ramos ligados a esse universo. O jornalista de e-sports pode trabalhar como narrador ou comentarista em competições, bem como ocupar o cargo de repórter, alimentando veículos de informação com notícias da área. Em 2020, até canal de televisão para esse público surgiu. Foi anunciado que o antigo canal da MTV Brasil agora vai se chamar Loading e surge com a proposta de trazer, em cobertura aberta, conteúdo de jogos digitais e e-sports, bem como séries e filmes jovens.

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Kamala Harris e a importância da representatividade

Em 2020, as eleições nos EUA foram cercadas de polarização, fake news e desconfianças quanto à legitimidade da contagem de votos. A vitória de Joe Biden – reconhecida tanto internamente como pela maioria dos líderes globais – é histórica não apenas pela derrota da extrema-direita, representada pelo atual presidente Donald Trump, mas também pela presença da vice eleita, Kamala Harris. Ela é a primeira mulher e a primeira pessoa negra a ocupar o cargo. 

A ascensão da hoje senadora vem num ano marcado pelos protestos em prol do combate antirracista, o Black Lives Matter.  Mas o que a vitória da chapa Biden-Harris significa para a representatividade de negros em cargos de liderança? Além disso, em países com histórico escravagista, como Estados Unidos e Brasil, as oportunidades nas universidades e no mercado de trabalho melhoraram realmente ou ainda há uma dívida histórica para ser paga?

Para começar a entender essa questão, vamos conhecer um pouco mais dessa vice-presidente histórica.

Afinal, quem é Kamala Harris?

Filha de mãe indiana e pai jamaicano, a primeira vice-presidente negra tem uma história de pioneirismo na política. Ela foi a primeira negra procuradora na história do estado da Califórnia e a segunda mulher a ocupar uma cadeira no Senado nos Estados Unidos. Pré-candidata pelo partido Democrata para as eleições de 2020, Kamala suspendeu sua campanha e foi escolhida para integrar a chapa presidencial de Joe Biden, em agosto. A escolha de Harris deu força para a candidatura democrata, uma vez que, em meio aos protestos do Black Lives Matter, ela se tornou uma figura representativa.

Kamala é pop. Mais acessível e carismática do que os candidatos à presidência, ela recebeu apoio da camada mais jovem da população americana. A história de seus pais imigrantes e até de seu relacionamento com o atual marido, Douglas Emhoff, aproximou a senadora dos eleitores.

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Kamala tem um currículo invejável e, segundo muitos analistas, está sendo preparada para assumir a cabeça da chapa em 2024, uma vez que Biden estará perto dos 82 anos na próxima campanha. Não seria a primeira vez que os Estados Unidos teriam um presidente negro – Barack Obama governou de 2009 a 2017. Mas seria a primeira mulher no comando do país. Mas, para muitos brasileiros, ela não é percebida como uma mulher negra por causa do seu tom de pele mais claro.

O GUIA conversou com Linoca Souza, artista visual negra que ilustra a coluna de Djamila Ribeiro no jornal Folha de S. Paulo. Em seu trabalho, ela busca a representação da mulher e de religiões de matriz africana. “Meu trabalho tem uma busca do meu lugar no mundo e da minha compreensão como pessoa não-branca no Brasil”, diz ela. “Assim como muitas pessoas filhas de pessoas pretas e que tem tons de pele mais claro no Brasil, acabo caindo neste lugar de tentar entender o que somos. Não somos brancas, mas o que nos ensinam sobre o fenótipo de pessoas pretas também parece distante em muitos momentos. Ainda mais com o mito da democracia racial, que finge que somos todos iguais.”

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A artista visual Linoca Souza representa as mulheres negras em seu trabalhoLinoca Souza/Divulgação

É inegável que os exemplos de mulheres negras em destaque têm crescido na última década. Beyoncé, Lupita Nyong’o,  Lizzo e Maju Coutinho, que hoje ocupa sozinha a bancada do Jornal Hoje na TV Globo, são apenas alguns dos grandes nomes que servem de inspiração quando se fala de representatividade. Em 2019, por exemplo, a cantora IZA foi destaque no Rock in Rio ao trazer uma menina negra de 9 anos para dançar no palco com ela. Hoje, a menina Luara tem mais de 280 mil seguidores no Instagram.

Falta representatividade?

A representação de negros e mulheres na política, na educação e no mercado de trabalho melhorou, mas ainda há muito para mudar. Dados da União Interparlamentar mostram que apenas 24% de todos os parlamentares mundiais são mulheres. No Brasil, as mulheres representam somente 16% do total de políticos eleitos em 2018, mesmo somando 52% da população geral, segundo o TSE.

Para a população negra, a falta de representação vai além das cadeiras políticas.  De acordo com a pesquisa “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, em 2019, o índice de alunos pardos e negros matriculados em universidades públicas brasileiras superou a taxa de alunos brancos pela primeira vez na história alcançando 50,3%. No entanto, quando se compara esses números com os índices da população branca, a desigualdade racial continua latente.  O IBGE aponta que 78,8% dos jovens brancos entre 18 e 24 anos estão no Ensino Superior. Entre os negros na mesma faixa etária, essa porcentagem cai para 55,6%.

Maniqueísmo

Linoca chama atenção para a visão maniqueísta que pode acontecer em torno da figura de Kamala. “Eu visualizo a importância da figura dela de modo estratégico para a retirada do Trump.  Entretanto, não podemos achar que haverá uma grande transformação, que os EUA deixarão de brigar por ser potência, ou que o partido não terá algumas questões ao longo do mandato que serão contrárias ao que eu ou outras pessoas negras e imigrantes dos EUA acreditam”.

E como melhorar a representatividade?

Para a artista, na política, a mudança deve vir dos partidos, que devem se mobilizar para, além de lançar candidatura, dar suporte a mulheres candidatas. Ela lembra do caso de Lélia Gonzalez, referência no ativismo negro até hoje, que se candidatou como deputada federal na década de 1980 e não foi eleita por falta de apoio. “Anos se passaram e continuamos na mesma situação. Partidos que utilizam figuras femininas para se promoverem, mas não se organizam sequer para manterem um comitê para essas mulheres.”

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Caminho aberto para outras mulheres?

No período da eleição de Dilma Rousseff como primeira presidente mulher no Brasil, analistas diziam que ela havia quebrado um “teto de vidro” – o que seria uma metáfora para barreiras invisíveis que impediam mulheres de ocupar cargos como o dela. Kamala, nesse caso, representaria o mesmo na política norteamericana.

“Ocupar um cargo pela primeira vez é grandioso e necessário, mas não rompe todas as barreiras, porque o padrão masculino, branco e hétero, que vem sendo construído há anos, ainda não oferece as mesmas oportunidades para as mulheres.”

Linoca Souza

A menor representação e a falta de oportunidades não se justifica pela competência das mulheres em cargos de liderança no mundo. Em 2020,  uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial e pelo think tank Center for Economic Policy Research, chamada “Liderando a luta contra a pandemia: Gênero ‘realmente’ importa?”, em tradução livre, mostra que países governados por mulheres tiveram resultados “sistematicamente e significativamente melhores” na resposta ao coronavírus. Estabelecendo medidas rígidas de isolamento mais cedo, estes países reduziram pela metade o número de mortes em relação a nações encabeçadas por homens. A reportagem de Veja detalha esse desempenho das lideranças femininas aqui

A ilustradora é otimista, mas com ponderação: “Eu vejo um leve aumento da presença feminina em espaços políticos, cargos públicos e também lideranças de empresas. Mas isso ainda precisa aumentar em muitos níveis. Se olharmos o caso do assassinato de Marielle Franco ou até mesmo as cobranças que já vêm sendo feitas com a Kamala, independente das afinidades que as pessoas tem com ela, vemos que barreiras estão apenas começando a serem trincadas”, finaliza Linoca.

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Dá para ir bem na redação sem dominar o tema?

A redação é a prova mais temida por boa parte dos vestibulandos. Para se dar bem, é preciso treinar muito, estudar quais os temas têm mais chances de serem cobrados e analisar as coletâneas fornecidas pelas bancas. E todas essas atitudes são realmente muito importantes para um bom desempenho. Mas e se depois de todo esse esforço a proposta apresentar um assunto para o qual você não treinou?

Em primeiro lugar, nada de se desesperar! Segundo Fabiula Neubern, coordenadora de Redação do Curso Poliedro, se o candidato for um leitor assíduo, ou seja, alguém que lê jornais, sites de notícia, blogs ou livros cotidianamente, é possível ter um bom desempenho mesmo não dominando o tema. “Isso porque os temas de vestibular versam sobre questões atuais e que envolvem a sociedade na qual o vestibulando vive e da qual, espera-se, participa”, explica. 

Se, por exemplo, o tema solicitado por um exame for a “Dispensa remunerada de diaristas durante a pandemia” pode ser que esse tema, em específico, não tenha sido proposto nas aulas de redação durante o ano de 2020, mas o fato de ser algo que foi bastante divulgado nos portais de notícia e, também pelo fato de estar contido em assuntos sempre relevantes como as relações de trabalho e o desemprego, há boas chances de o aluno leitor conseguir escrever uma ótima redação com base nas suas leituras, vivências e no bom uso da coletânea

Ela ressalta que, se o tema já tiver sido treinado ao longo do ano, as sensações de segurança e de tranquilidade de não estar “no ponto zero” auxiliam no desempenho, mas isso não é tudo – o repertório sempre ajuda. 

Milton Costa, professor da Oficina do Estudante, também explica que a prova de redação do vestibular não deve ser passional. É, antes de tudo, uma prova técnica, que testa habilidades que podem ser adquiridas, ensinadas e aprendidas, treinadas, trabalhadas. E esse treino, para ser bom, deve ser indiferente aos temas, pelo simples fato de ser impossível treinar todos eles. “O candidato deve estar preparado para escrever sobre o que aparecer, independentemente do nível de conhecimento que ele tem acerca do assunto ou do tema”, diz. 

Além disso, no geral, as coletâneas são suficientes para se produzir bons textos. “Fazer com que os excertos dessa coletânea, bem como os dados nela contidos, dialoguem com outros textos fora dali é o desejável, e é aí que mora o repertório próprio. Busque dialogar com o que sabe e é muito difícil que você não saiba nada de fato”, afirma Costa. 

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É importante lembrar, também, que a estrutura estudada e reproduzida nos textos escritos ao longo do ano representa uma significativa parte do desempenho, pois nos diversos vestibulares, a nota de tema faz parte de uma pequena porcentagem do total. “A técnica de escrita tem um peso enorme e que nem sempre é observado ou valorizado. No Enem, por exemplo, 20% da nota diz respeito ao domínio da língua. Outros 20%, ao uso de mecanismos linguísticos que garantam a coesão”, diz Neubern. Ou seja, uma boa redação é um conjunto entre técnica de escrita e leitura, não somente conhecimento do tema. 

A melhor preparação

Além de obviamente produzir no mínimo uma proposta por semana, é necessário dedicar pelo menos uma hora de leitura diária a textos da imprensa tradicional, portais de notícia, jornais, blogs, de domingo a domingo, sobre diversos temas. O importante é estabelecer o hábito. Segundo Costa, essa tarefa diária é tão importante quanto aquela lista imensa de exercícios de Física que você tem para fazer. Depois de uma semana agindo assim, de forma disciplinada, os resultados já vão aparecer. 

Dica: procure veículos confiáveis e tente ler pontos de vista diferentes. “Todos os dias há opiniões divergentes sobre tudo, de democracia a meio ambiente, de ditadura a liberdade de expressão, dos mais preparados especialistas ao mais interessado dos leitores, em cartas, ensaios, crônicas, editoriais, artigos, charges, tirinhas e colunas, além de informação em forma de notícias e reportagens”, diz Costa. Aproveite e explore essa pluralidade.

Na hora da prova

Se você não dominar o tema, comece se perguntando:

  1. Em qual eixo temático ou “grande assunto” esse tema está contido?
  2. Tenho histórico de leitura ou de escrita relacionado a esse eixo?
  3. O que posso aproveitar/vincular com essa escrita ou leitura anteriores?

Depois faça uma leitura atenta da coletânea, identificando pontos relevantes com os quais você possa “dialogar”, ou seja, pontos que podem ser analisados com as suas ferramentas: opinião, visão crítica e repertório. Se conseguir lembrar de algum episódio de filme, série, novela, HQ ou livro que possa servir de ilustração para os argumentos que estiver desenvolvendo, bote no papel e dê detalhes suficientes para que quem não saiba do que se trata possa entender a referência. Resolver outras questões da prova também ajuda no desenvolvimento de ideias. 

Com todos esses elementos em mãos é a hora de encarar esse desafio e aproveitar os recursos que você treinou ao longo do ano para entregar um texto bem estruturado, gramaticalmente correto e amarrado com seu repertório.

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Tema de redação: o combate aos maus-tratos a animais

Não é de hoje que as bancas dos grandes vestibulares estão de olho em temas relacionados aos direitos dos animais. A Unicamp, por exemplo, já tocou no assunto em uma proposta de redação sobre uso de animais em experimentos científicos. Já o Insper, mais recentemente, falou sobre animais de tração em cidades turísticas. 

Apesar de ser amplamente discutido, os direitos dos animais e o combate aos maus-tratos está longe de ser um tema gasto ou velho. Pelo contrário: uma mudança na legislação o atualizou ainda mais este ano e fez com que diversos professores o cotassem como um forte candidato à tema de redação de grandes vestibulares

Sancionada no final de setembro pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei 1095/2019, que ficou conhecida como Lei Sansão, endurece as penas para quem pratica maus-tratos contra cães e gatos. Antes dela, a punição era regulada pela artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, que previa detenção de três meses a um ano e multa. Acontece que, na prática, essa pena era quase sempre convertida em prestação de serviços e doação de cestas básicas. 

Agora, com a Lei Sansão, quem for denunciado por maltratar esses animais de estimação pode ser punido com dois a cinco anos de reclusão, multa e a proibição de ter a guarda de outros bichos no futuro. Para defensores da causa animal, a mudança na legislação já é um passo e tanto –  embora não solucione o problema por si só, é claro. 

Em entrevista ao UOL, Carlos Frederico Ramos de Jesus, jurista especialista em direito animal e professor da Faculdade de Direito da USP, afirmou que o aumento da pena funciona como “um elemento de dissuasão da prática do crime” e, por isso, deve sim ter impacto na redução do número de casos de maus-tratos. 

Além dessa mudança na legislação, o tema também se mantém recente, infelizmente, em função desse aumento de casos de violência contra os animais, ainda mais em tempos de pandemia. Apenas no estado de São Paulo, o número de denúncias de episódios de maus-tratos aumentou 81,5% no primeiro semestre de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo informações da Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (DEPA) de SP. 

Em outros estados do país, a tendência parece ser a mesma. A Comissão de Bem-Estar Animal da Ordem dos Advogados do Brasil de Alagoas (OAB/AL) divulgou este mês que a média de denúncias diárias por maus-tratos no estado mais que duplicou em 2020. 

Para entender como a proteção aos animais pode virar tema de redação no Enem ou outros vestibulares, o GUIA conversou com dois professores de redação e reuniu dicas de como argumentar sobre o assunto. Confira!

Direitos de todos os animais?

Quando falamos em direitos dos animais, ou mesmo em maus-tratos, uma porção de situações podem vir à cabeça. Cachorros e gatos de rua que sofrem todos os dias com fome, sede e agressões. Outros que têm um lar mas ainda assim não são bem tratados por seus tutores. 

Ou podemos pensar ainda nas grandes redes de tráfico que capturam aves silvestres ainda do ninho para comercializar como pets e caçam grandes felinos para vender suas peles. E por que não falar dos maus-tratos que sofrem aqueles animais da chamada indústria da carne, como galinhas, porcos e vacas que nascem e crescem confinados?

Ufa, você deve ter percebido que esse tema está longe de ser simples e existe uma vastidão de tópicos que podem ser abordados a partir dele. Felizmente, você está tendo essa surpresa antes de estar diante de uma folha em branco no dia do vestibular. E a dica do professor Milton Costa, professor de Redação do Oficina do Estudante, torna esse “problema” bem mais simples do que parece ser. Para saber se você precisa falar de todos esses tipos de animais e situações, ou se pode se ater a apenas um grupo deles, basta estar atento ao que pede a proposta de redação!

Tanto ele quanto a professora Gabrielle Cavalin, coordenadora de Redação do Curso Poliedro, destacam que essa tendência de recorte vai depender do tipo de prova e do histórico daquele vestibular. Cavalin aponta que vestibulares como a Fuvest, que tradicionalmente pautam temas mais abstratos e abrangentes, tenderiam a fugir de recortes, pedindo que o candidato explorasse a relação do ser humano com os animais, por exemplo. Neste caso, o estudante poderia escrever tanto sobre o abandono de pets quanto sobre o tráfico de animais silvestres, de forma a trazer a discussão para o plano concreto. 

Tomando cuidado, é claro, para não tornar apenas um desses exemplos o tema central e fugir da proposta, alerta o professor do Oficina do Estudante! Em propostas mais abertas, o candidato tem mais possibilidades de exemplos e caminhos para argumentação, mas nem por isso cabe a ele fazer um recorte que descaracterize o pedido da banca. Afinal de contas, uma redação sobre “direitos dos animais” não é a mesma coisa que uma sobre “abandono de pets”, certo?

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Por outro lado, vale também a atenção em casos contrários: se a proposta de redação pede um recorte específico dentro deste universo, falando, por exemplo, sobre o uso de animais em experimentos científicos, como fez o vestibular da Unicamp,  o candidato precisa manter o foco de sua argumentação sob este aspecto. 

Quer um exemplo? O professor Milton lembra o caso da Unifesp e do Enem, que já ambos abordaram em suas provas a intolerância. A diferença é que no Enem pedia-se que o candidato falasse a respeito da intolerância religiosa –  e por isso não faria sentido que ele discorresse a respeito da intolerância sobre sexualidade. Já na Unifesp, o candidato tinha liberdade para falar de diversas manifestações de intolerância. 

Da cultura à exploração econômica: caminhos para argumentação

Historicamente, outros animais sempre foram tratados pelos seres humanos como espécies inferiores. E não é de se estranhar: nada mais nada menos que o livro mais vendido de todos os tempos defende essa visão logo em suas primeiras páginas. Olha só:

Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”.

É claro a Bíblia não ditou desde sempre o senso de superioridade dos seres humanos em relação aos animais, mas considerando que a cultura ocidental tem um influência gigantesca do cristianismo, ela sem dúvidas ajudou a consolidar a ideia. Assim como o fez a literatura, o cinema e diversos outros elementos culturais ao longo da história. Esse viés antropológico e cultural é, sem dúvidas, um dos caminhos argumentativos, destaca o professor do Oficina do Estudante. 

Para Gabriela, o argumento é interessante por dar conta de explicar a origem em comum de maus-tratos aos animais em diversas situações, dos pets aos bichos traficados. Em todos esses casos, há a percepção de que as pessoas têm algum tipo de soberania e de que são, de fato, superiores aos animais.

Por fim, um outro argumento possível levantado pela professora é o econômico, já que a exploração animal dá –  e muito! –  retorno financeiro, tanto legal quanto ilegalmente. Em entrevista ao UOL, o diretor da RENCTAS (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres) estimou que o comércio ilegal de animais silvestres movimenta cerca de R$ 3 bilhões todos os anos. Já a indústria da carne fica na casa dos R$ 167,5 bilhões.. E não para por aí: os animais também geram lucro no entretenimento (com os circos, por exemplo) e até no comércio de cães de raça.  

Relação com a pandemia

Embora não aposte que o Enem possa cobrar um tema diretamente relacionado à pandemia e ao coronavírus, a professora do Poliedro aponta que essa é uma relação que pode ser feita pelo próprio estudante. Inclusive se o tema da redação for maus-tratos aos animais! 

Além do aumento de casos de maus-tratos durante o primeiro semestre da pandemia –  quando muitas pessoas ficaram em casa com seus pets por conta do isolamento social –  uma outra tendência verificada por Ongs foi o crescimento do abandono de animais de estimação. A estimativa, segundo reportagem publicada na Folha de S. Paulo, é que o abandono tenha crescido até seis vezes em relação ao ano passado.

Além disso, a forma problemática como o ser humano se relaciona com animais silvestres também foi posta em xeque durante a pandemia. Afinal de contas, o hospedeiro inicial do vírus foi, ao que tudo indica, um animal comercializado vivo nos mercados da China  –  cientistas ainda não conseguiram cravar se um morcego, pangolim ou outro. 

Na última semana, o governo dinamarquês quase sacrificou 17 milhões de visons –  pequeno animal que alimenta o mercado de peles no país –  depois de encontrar neles uma nova mutação do coronavírus. 

Para aprender mais

Quer entender mais sobre o assunto e reunir ainda mais referências sobre ele? Reunimos alguns livros, reportagens e documentários que podem te ajudar:

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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Dia do Pantanal marca luta pela preservação do bioma

O dia 12 de novembro é considerado o Dia do Pantanal.  A data foi instituída pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e também por uma lei estadual do Mato Grosso do Sul, em homenagem ao ambientalista Francisco Anselmo de Barros, que morreu em 2005 durante um protesto em defesa do bioma.

O Jaburu ou Tuiuiú e a ave símbolo do PantanalPinterest/Reprodução

Com o título de maior planície alegada do mundo e Reserva da Biosfera ratificada pela Unesco, o Pantanal é rico em biodiversidade e se estende por Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bolívia e Paraguai. Ao todo são quase 624.320 km² de área distribuídos entre três países, mas aproximadamente 62% está localizada em território brasileiro.

Apesar de toda riqueza e importância que o Pantanal representa para o equilíbrio ecológico do meio ambiente. Neste ano, uma série de queimadas devastaram 29% de sua área, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), também afirmam que houve um aumento de 200% nos focos de incêndio entre 2019 e 2020.

<span class="hidden">–</span>Reprodução/Divulgação

Estudos indicam que o bioma abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas.

O GUIA preparou uma série de reportagens especiais que vão ajudar você a entender melhor a importância do bioma, como ele é cobrado nos vestibulares e qual a relação das mudanças climáticas com as queimadas. Confere aí

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++ Animais em risco de extinção com as queimadas no Pantanal

++ Pantanal em chamas: como é o bioma e como ele é cobrado nas provas

++ Conheça os biomas brasileiros

++  Qual a relação entre as mudanças climáticas e as queimadas?

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Revolta da Vacina convulsiona o Rio contra reforma urbana autoritária

O Rio de Janeiro era a capital federal quando, em novembro de 1904, foi palco de uma das maiores revoltas urbanas ocorridas no Brasil: a Revolta da Vacina. A população tomou as ruas por vários dias em manifestações que acabaram em violentos conflitos com a polícia. O estopim foi uma medida adotada pelo então presidente, Rodrigues Alves: a vacinação obrigatória contra a varíola. Mas a raiz da revolta era a reurbanização da cidade, que removeu parte da população à força para bairros distantes. Na época, o Rio contava com 800 mil habitantes, e a cidade passava constantemente por surtos de doenças infectocontagiosas, como febre amarela, varíola e peste bubônica. Na tentativa de pôr fim a esse quadro, o presidente pôs em marcha um ambicioso plano de saneamento e higienização. O projeto, porém, envolvia medidas que prejudicavam a população mais pobre.

O paulista Rodrigues Alves havia assumido a Presidência em 1902. Seu programa incluía modernizar o porto e a cidade, atacando o maior mal da capital: a disseminação de doenças. A situação era tão crítica que, durante o verão, os diplomatas se refugiavam em Petrópolis (RJ) para fugir do risco de contágio. O Rio de Janeiro tinha então o título de “túmulo dos estrangeiros”. Para a elite local, o projeto sanitário deveria ser executado a qualquer preço.

Bota-abaixo

O presidente nomeia dois assistentes para a reforma urbana: o engenheiro Pereira Passos, como prefeito, e o médico sanitarista Oswaldo Cruz, como diretor de Saúde Pública. Cruz assume em março de 1903. Em nove meses, são derrubados 600 edifícios e casas para abrir a Avenida Central (atual Avenida Rio Branco). Para aplicar os preceitos higienistas, foram removidas milhares de famílias pobres, transfigurando por completo a paisagem do centro. A ação, conhecida como “bota-abaixo”, empurrava os mais pobres para periferias e morros mais distantes.

Para combater a febre amarela, transmitida por mosquitos, organiza-se uma grande equipe de “mata-mosquitos”. Os funcionários tinham o poder de invadir os lares cariocas. No primeiro semestre de 1904, foram feitas 110 mil visitas domiciliares, e interditados 626 edifícios e casas. A população contaminada era internada em hospitais. Para controlar a peste bubônica, a prefeitura promove a “guerra aos ratos”, e chega a comprar os animais mortos de quem os caçava. Já se sabia que eram as pulgas dos roedores as transmissoras da doença.

Por seu caráter autoritário e invasivo, desrespeitando lares e despejando famílias, a nova política sanitária gerou grande descontentamento popular. Batizadas pela imprensa de Código de Torturas, as medidas desagradaram também líderes políticos, que reclamavam da violação de direitos individuais.

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Rebelião nas ruas

A medida higienista mais polêmica foi tornar obrigatória a vacinação contra varíola, aprovada em 31 de outubro de 1904. Em 10 de novembro, devido à proibição de reuniões públicas, a polícia investe contra estudantes que pregavam resistência à vacinação. Foram recebidos a pedradas. No dia seguinte, forças policiais e militares recebem ordens para reprimir um comício contra a vacinação, e o confronto se generaliza para outras áreas do centro, levando ao fechamento do comércio. Nos dias subsequentes, os conflitos se agravam. Há trocas de tiros e a população incendeia bondes, quebra postes de iluminação e vitrines de lojas, invade delegacias e um quartel.

A revolta durou seis dias e só arrefeceu quando o governo recuou e cancelou a vacinação obrigatória.

Em 14 de novembro, 300 cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha tentam depor o presidente, num golpe armado por monarquistas e grupos de oposição. Recebem o apoio de outras forças militares. No Botafogo, encontram-se com as tropas governamentais. Segue-se um intenso tiroteio e a debandada é geral. Os tumultos persistem no dia seguinte, e continuam os ataques às delegacias, ao gasômetro, às lojas de armas.

Em 16 de novembro, o governo decreta estado de sítio. Ainda há confrontos em várias partes. Tropas do Exército e da Marinha ocupam bairros populares. O governo acaba por recuar e revoga a obrigatoriedade da vacinação. Mas permanece válida a exigência do atestado de vacinação para trabalho, viagem, casamento e matrícula em escolas, de maneira a dificultar a vida dos que se recusam a ser vacinados.

A revolta deixa um saldo de 30 mortos, 110 feridos e 945 presos, dos quais 461 são enviados para a Amazônia. A polícia aproveita os tumultos e recolhe os moradores de rua. São todos enviados para a Ilha das Cobras, espancados, amontoados em navios-prisão e deportados para o Acre a fim de trabalharem nos seringais amazônicos. Muitos morrem antes de chegar ao destino. 

Para o regime republicano instaurado havia 15 anos, no qual a participação política da maior parte da população era negada, as manifestações representaram uma reação diante do tratamento autoritário do governo em relação ao povo. Mais que um levante dos cariocas contra medidas sanitárias, a Revolta da Vacina simboliza a resistência popular frente à truculência elitista da República Velha (1889-1930). A vacinação foi mais uma medida para disciplinar a população pobre, vista como obstáculo ao desenvolvimento do país.

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Revolta da Vacina convulsiona o Rio contra reforma urbana autoritária publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br



Como é comprovada a eficácia de uma vacina?

Na última segunda-feira (9), empresa americana Pfizer e a alemã BioNTech divulgaram o resultado preliminar da fase 3 (a última etapa de testes antes da aprovação) da vacina que estão desenvolvendo em parceria. Os dados sugeriram mais de 90% de eficácia do imunizante.

A notícia trouxe uma grande dose de esperança para o mundo, mas veio acompanhada de dúvidas: afinal, como eles chegaram a esse número? Será que o efeito continuará válido no futuro? O GUIA esclarece, vem com a gente!

Como se avalia a eficácia de uma vacina?

Para determinar a eficácia de uma vacina, ou seja, a capacidade de prevenir uma doença, voluntários da pesquisa são divididos em dois grupos iguais: um deles vai receber o placebo, que é uma dose sem efeito, e o outro grupo vai receber, de fato, o imunizante que está sendo testado. Depois de um determinado tempo, verifica-se quais participantes da pesquisa ficaram doentes, e quantos deles correspondem à parcela que recebeu a vacina. Quanto menos contaminados no grupo que recebeu o imunizante, mais eficiente ela é.

No caso da vacina da Pfizer e da BioNTech, que começou a fase 3 no dia 27 de julho, 94 pessoas foram contaminadas até o momento da divulgação. Mas a empresa responsável não informou quantas tinham tomado a vacina ou placebo, apenas que o estudo de sete dias depois da segunda dose da vacina e 28 dias depois a primeira apontou mais de mais de 90% de eficácia. Sabe-se que 43 mil pessoas estão participando do estudo em diversos países – cerca de 3 mil voluntários no Brasil.

+ Se você ainda tem dúvidas sobre as etapas de testes para a aprovação de uma vacina, vale conferir nosso conteúdo especial sobre o assunto!

Quais são as garantias dessa eficácia?

O professor de Biologia do Curso Anglo Marcelo Perrenoud explica que como qualquer medicamento, nenhuma vacina é 100% eficaz em todas as pessoas vacinadas: “A ação imunológica de uma vacina no organismo humano depende de diversos fatores, tais como a idade, outras doenças ou patologias que a pessoa possa ter, o tempo decorrido desde a vacinação”. Além disso, o contato anterior com o agente causador da doença, o modo de inoculação da vacina e como ela é produzida podem afetar seus efeitos.

Outro ponto que coloca à prova a eficiência de uma vacina para combater a covid-19, e tem sido muito falado nas últimas semanas, é a mutação do coronavírus. A Dinamarca, por exemplo, falou recentemente sobre a existência de uma nova versão do Sars-Cov-2, conhecida como “cluster” 5, encontrada em visons.

O governo dinamarquês afirma que a nova variação não piora as complicações relacionadas à Covid-19 em humanos, mas atua de uma maneira que impede a produção de anticorpos. Esse fator pode prejudicar o desenvolvimento de vacinas contra a doença.

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+ Saiba mais sobre a mutação do coronavírus na Dinamarca, que está colocando a OMS em alerta

Dessa forma, esclarece o professor de Biologia, “doses mais eficazes e atualizadas deverão ser administradas periodicamente na população, assim como acontece hoje com a vacina da gripe”.

Perrenoud também ressalta que a eficácia e a segurança da vacina deverão continuar sendo testadas, principalmente, quando de fato ela for administrada em um grande número de indivíduos, como acontecerá em breve, assim que for disponibilizada para a maior parte da população mundial. Dessa forma, a análise da capacidade de gerar uma resposta imunológica duradoura, assim como dos efeitos colaterais, deverá prosseguir para que aconteça o processo de aperfeiçoamento do imunizante.

Quanto de eficácia é necessária para a aprovação de uma vacina?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vacina para a Covid-19 deve ter pelo menos 50% de eficácia. Tanto a Anvisa como o FDA (órgão regulatório dos Estado Unidos) também adotaram essa porcentagem mínima.

Reportagem da revista Superinteressante explica que “para chegar nesse valor, o cálculo é feito com base no Teorema do Limiar. Ele indica o mínimo de pessoas que devem estar imunizadas para frear a pandemia”. Entenda melhor as equações usadas na avaliação neste link.

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Como é comprovada a eficácia de uma vacina? publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br



Carreira Freelancer: 10 passos para iniciar sua carreira freela de sucesso

carreira-freelancer

Eae! Tudo bele?

Você já considerou deixar a segurança de um emprego para trabalhar em tempo integral em uma carreira freelancer?

Se você almeja uma maior liberdade para administrar seu tempo, ter maior controle sobre suas decisões, uma melhor qualidade de vida e estar mais próximos das pessoas que você gosta pode ser interessante que você alimente o desejo de abandonar seu chefe se tornar um freelancer.

Mas o que é freelancer?

Freelancer é um termo comumente usado para designar o profissional que trabalha por conta própria e que está comprometido a prestar serviços para uma ou mais empresas por um determinado prazo.

Se tornar um freelancer em tempo integral pode ser um desafio que revolucione sua vida e te trazer satisfação na carreira que você não teria em outro lugar. Entretanto não é desafio simples. Pois exigirá muito trabalho e empenho de sua parte.

Talvez o caminho para seu sucesso em uma carreira freelancer não seja uma estrada reta e sem obstáculos. Você pode deparar com muitas curvas sinuosas e ladeiras íngremes. Mas nem tudo pode ser tão difícil assim. Meu intuito aqui é colocar sinalizações nesta tua estrada que te oriente sobre as decisões a seguir.

Por isso compilei 10 passos para você iniciar sua carreira freelancer de forma que você não fique perdido.

Se você quer mesmo seguir esse caminho comece lendo esses passos e se acreditar ser útil ponha-os em aplicação.

1 – Defina o seu negócio: o que você oferecerá e para quem?

freelancer

Pode parecer óbvio, mas é importante que você de defina como atuará porque você será seu negócio, você será quem o representará, será a empresa de uma mulher ou homem só. E para isso deve conhecer o que oferecerá e para quem, com intuito de se apresentar da melhor forma possível.

Para isso pense nas seguintes processos:

Defina sua especialidade

É importante que você tenha em mente uma especialidade para qual quer atuar em tempo integral de forma atender melhor seus clientes e demonstrar que você domina o assunto. Sua especialidade determinará o que você vai vender.

Conhecimentos em outras áreas podem enriquecer suas habilidades, mas não caia na tentação de querer “fazer tudo” para não se tornar um pato que anda, nada e voa de forma estranha. Concentre-se naquilo que você é bom.

Conheça seus principais concorrentes e define seus diferenciais

Conhecer sua concorrência pode ajudar a definir seus diferenciais. Entretanto pode não se sobrepor certos concorrentes quando você não está no mesmo patamar deles e, de forma geral, se você não classificá-los, podem ser inúmeros.

Portanto defina sua concorrência como aqueles que estão no mesmo nível de experiência e autoridade que você e pesquise sobre eles.

A partir daí é hora de olhar para você. Se pergunte: “Porque os clientes devem me contratá-lo em vez de outra pessoa. Quais meus diferenciais?”

Alguns pontos que você pode observar são:

  • Exclusividade – Atender ao nicho específico ou quantidade menor de clientes pode possibilitar dar um atendimento mais focado e especializado.
  • Experiência – A experiência pode influenciar no valor do seu serviço e pode favorecer a precificar valores mais altos para clientes de primeira linha. Importante ter um bom portfólio que apresente também estudos de casos e depoimentos de clientes.
  • Preço – Você pode oferecer um preço mais acessível se ainda tem pouca experiência, mas considere que os valores são para clientes que estão em um nível que necessitam de custear algo que esteja dentro do seu orçamento. Mas tenho cuidado quando lidar com clientes de primeira linha. Preços baixos podem causar desconfiança.
  • Reputação – Depoimentos podem depor a seu favor, mas nem sempre você terá esse controle portanto para transmitir confiança cumpra sempre o que foi acordado.

Quem serão seus clientes?

É necessário conhecer os clientes em potencial para possibilitar uma aproximação.

Compile uma lista de empresas que você gostaria de ter como clientes para traçar um perfil. Pesquise sobre elas, conheça a área de atuação, seus produtos, serviços e suas necessidades.

2 – Faça um plano financeiro

plano financeiro freelancer

Você precisa ter satisfação e principalmente fazer valer financeira sua carreira freelancer. Portanto alguns questionamentos podem ser bem-vindos.

Que tipo de despesas de negócio você terá?

Faça um levantamento sobre todo tipo de despesas que você terá quando estiver atuando. O montante será considerado para você saber se será possível custear seu negócio.

Considere custos com espaço físico que você usará, custos decorrentes pelo uso de máquinas e internet, aquisição de móveis e utensílios de escritório, publicidade, aquisição de serviços, entre outros.

Quanto você vai precisar ganhar por mês a fim de fazer face a despesas?

Aqui você também levará em conta, além do montante para custear seu negócio, o valor suficiente para você se manter. Afinal você não vive tão somente para trabalhar.

Leve em consideração as despesas privadas como assistência médica, educação, aluguel residencial, transporte, alimentação entre outras.

Depois some as despesas com o negócio e as despesas privadas e acrescente a margem de lucro que você deseja.

Quanto você cobrará?

Não existe uma regra específica. Existem algumas variáveis a considerar como o grau de dificuldade de um projeto e orçamento do cliente.

Alguns passos que pode te ajudar a chegar a um valor são:

  • Conhecer seu valor hora como profissional – Encontre o valor de um salário fixo que você estaria recebendo como funcionário e considere também os benefícios. Divida este valor pelo número de horas trabalhadas mensalmente.
  • Calcule o custo para executar a tarefa – Aqui você vai considerar os custos envolvidos com tarefa, como luz, internet, materiais para escritório, impostos, etc. Dilua este valor de forma justa de acordo com as horas trabalhadas.
  • Faça o ajuste do valor considerando o projeto – Conhecendo seu valor hora, os custos envolvidos você deverá ajustar o valor de acordo com projeto e o perfil da empresa, e levando em consideração o tempo que levará a execução.

3 – Crie sua marca

logotipo

Uma marca é a representação visual da empresa por onde seus clientes poderão reconhecê-la. O logotipo faz parte da marca e é o elemento de identidade visual principal da empresa.

Além do reconhecimento, um logotipo traz credibilidade. Por isso é importante que seja desenhado um logotipo para seu negócio e carreira freelancer. Ele representará e estará em todas as suas peças gráficas.

Se você é Designer está preparado para missão de desenvolver sua marca. Para outros profissionais, da mesma forma que você deseja ser contratado, contrate o serviço de um Designer.

4 – Marque presença online

presença online

Construir uma presença online traz um universo de possibilidades. Uma das fundamentais é a possibilidade de você ser encontrado em um ambiente que cada vez as pessoas estão presentes e onde seus potenciais clientes procuram por profissionais como você. Só este motivo já seria suficiente para você correr para construir um website. Sobre isso falo mais a frente.

É claro que as mídias sociais relevantes para o interesse de seu público deverão estar inclusas em seu plano de marcar presença online como também sites para exibição de portfólio como dribbble ou behance caso seja sua área de atuação.

Mas porque acredito ser importante ter um website? Por mais que tenha materiais em sites de portfólio em mídias sociais nenhum lugar pode dizer mais sobre você e persuadir melhor um cliente que um site, e sem risco de expô-lo para seus concorrentes.

Um website pode abrigar melhor seu cliente e preparar o terreno para a conversão que você espera. Não fundamente seu negócio apenas em redes sociais. Elas são ambientes apenas emprestados para você.

A qualquer momento seu perfil pode ser bloqueado e ou a rede deixa de existir impossibilitando o resgate de seus conteúdos e portfólio.

Mas claro que é importante as redes sociais. Você deve estar presente lá sim. Uma dica importante é que tanto no site quanto nas redes a identidade visual seja a mesma e mantenha as urls de acesso o mais semelhante possível.

5 – Legalize sua atividade

pessoa jurídica

Para manter sua atividade legalizada perante o governo é preciso que você crie uma pessoa jurídica. Você tem que averiguar qual o tipo de prestação de serviços vai efetuar para constituir uma pessoa jurídica. Isso será necessário para definir quais são as atividades de seu negócio e que podem ser encontradas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Com ajuda de um contador você pode definir o regime de tributação mais adequado. O que determina seu tipo é a atividade exercida e o faturamento.

Aqui no Brasil existe uma modalidade que enquadra grande parte dos profissionais que estão começando que é o Microempreendedor Individual (MEI).

A grande vantagem desta modalidade é que oferece algumas isenções fiscais e menos obrigações que outras modelos avançados de pessoa jurídica.

R$ 6750,00 é o valor limite de renda mensal bruta para que sua empresa se enquadre no MEI.

O grande problema é que existe uma limitação nas profissões que se enquadram nesta modalidade. E estão excluídas atividades intelectuais e profissões regulamentadas. Portanto desenvolvedores, designers, publicitários, etc, estão fora.

Até existem atividades desenvolvidas por designers, por exemplo, que se enquadram no MEI, mas é bom ficar atento para não fazer nada além que esta atividade para não ser penalizado. De qualquer forma, não é preciso se preocupar, pois existem outros tipos de empresa individual as quais você poderá apostar para iniciar sua carreira como freelancer.
Então você que está começando agora, com ajuda de um contador, possivelmente será indicado que você abra uma Micro Empresa (ME).”

Então você que está começando agora, com ajuda de um contador, possivelmente será indicado que você abra uma Micro Empresa (ME).

Lógico que isso depende se seu faturamento anual. Neste caso seu negócio não pode ter receita anual superior a R$ 360.000,00. Ainda existem outros tipos de porte para faturamentos maiores como a Empresa de Pequeno Porte (EPP) e a Empresa Normal.

E poderão também concluir que sua empresa que ser enquadrada no regime de tributação Simples Nacional. Sendo que existem também os regimes Lucro Real e Lucro Presumido.

Simples Nacional é um regime tributário simplificado para micro e pequenas empresas, que possibilita o recolhimento de todos os tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia. Os negócios que optarem pelo Simples não podem faturar mais do que R$ 3,6 milhões/ano.

O intuito deste artigo não é explanar em detalhes sobre os portes de empresa e regimes de tributação, mas sim alertar sobre a importância de ter sua atividade legalizada.

Para saber mais sobre os tipos de empresas que seu negócio pode se enquadrar e os regimes tributários consulte este material do SEBRAE.

6 – Defina procedimentos e documentos eficazes

documentos procedimentos

Para que você não tenha que ficar pensando em como proceder ou em desenvolver documentos na hora já tenha em mãos os procedimentos e os documentos comerciais essenciais. Isso agilizará os processos e deixará tudo preparado para as próximas etapas.

Para um possível prospecção já tenha preparado documentos como modelo de proposta comercial, e modelo de contrato de prestação de serviços.

Imagine você, um Designer, com dezenas de clientes solicitando logotipos. Como iniciar os projetos? Como colher informações dos clientes? Para ganhar tempo você pode ter o processo documentado como um briefing para essa tarefa específica.

O processo pode definir o envio do briefing em um documento de texto por e-mail ou direcionar o cliente para um formulário on-line.

Caso queira saber mais, confira esse outro artigo onde você pode conseguir modelo de contrato e de proposta comercial para utilizar na sua carreira de freela. CLIQUE AQUI!

7 – Invista em bons equipamentos

bons equipamentos

Você precisará ter equipamentos que te dê a confiança que estão em bom estado de funcionamento e que tenham uma configuração suficiente para que você execute suas tarefas. Isso não significa que você precisa possuir máquinas de última geração com configuração mega ultra forte. A menos, claro, que o seu trabalho necessite disso.

O que você precisa é do equipamento certo. Aquele que não te deixa na mão, que você não precise ficar esperando uma eternidade para abrir um arquivo por exemplo.

Pense no hardware que consiga dar conta do recado e softwares que facilitem a execução de suas tarefas. Um bom profissional trabalha com mais eficácia quando tem um mão boas ferramentas.

Tenha em mente uma coisa: durante toda a sua carreira freelancer, você sempre precisará investir de tempos em tempos em equipamentos. Por isso guarde uma grana para utilizar com esse objetivo.

E isso não se trata de gasto e sim de investimento.

8 – Crie seu portfólio

guia definitivo sobre portfólio

Em alguma etapa de prospecção ou apresentação ao cliente ele pode querer ver exemplos de seu trabalho. Nessa hora é melhor você estar preparado, porque possuir um portfólio atualizado já te faz sair em grande vantagem.

Se você possui trabalhos, ótimo. Liste aqueles que possam passar uma boa imagem aos seus clientes. Mas caso você não possua nenhum, se a porta ta fechada para você crie sua própria passagem. Como costumo dizer sempre, você pode desenvolver trabalhos alternativos como criar projetos pessoais, redesign de sites, criar para ONGs, etc.

Se você atuou no mercado de trabalho, quando empregado deve ter atuado em projetos importantes. Peça referências aos seus antigos empregadores, e comece a escrever estudos de casos que demonstrem suas habilidades e o tipo de resultados que você ofereceu e que ainda pode oferecer.

Para te ajudar eu tenho um material aqui no blog para que você possa começar e conseguir seus primeiros trabalhos para o portfólio. Clique aqui para conhecer.

E se quiser, você pode conferir esse vídeo abaixo onde falo sobre 6 erros que travam o seu portfolio e consequentemente a sua carreira. Assista abaixo.

9 – Encontre seus primeiros clientes

Encontre seus primeiros clientes

Você pode e deve usar redes de contatos para encontrar clientes em potencial a quem você possa oferecer seus serviços. É interessante que divulgue para essas pessoas que você está disponível para executar trabalhos como freelancer.

Outra coisa importante é frequentar eventos ligados a sua área. É uma oportunidade de se apresentar para clientes em potencial e adquirir contatos.

É interessante também que você entre para grupos de seu nicho em redes sociais. Estão sempre surgindo oportunidades nesses ambientes.

Use as redes também para gerar conteúdo relevante que mostre que você domina o segmento que atua. Aproveite que está na rede e promova seu trabalhos.

Conteúdo é mesmo uma forma de atrair pessoas. Se você possui um site com portfólio aproveite e adicione um blog e ofereça conteúdo. Aos poucos seus conteúdos podem trazer visitas dos mecanismos de buscas e você pode mostrar sua autoridade no segmento e promover seus serviços.

Uma alternativa também é procurar por clientes e oportunidades nas plataformas dedicados a oferecer trabalhos para freelancers.

Os valores ofertados para a execução dos trabalhos nessas plataformas nem sempre são tão atraentes, mas pode ser um bom caminho para você começar a criar seu portfólio e criar uma carteira de clientes.

Eu poderia listar aqui, mas não posso garantir que esses sites possam estar no ar quando você estiver lendo esse artigo, portanto sugiro que pesquise no seu mecanismo de busca favorito por “freela” ou “freelancer”.

Seguindo os caminhos sugeridos neste tópico, com o tempo crescerá sua base de clientes e se tiver produzindo um trabalho de qualidade, os clientes poderão te encaminhar para outras pessoas.

10 – Faça parcerias com freelancers de confiança

parcerias com freelancers

Haverá um momento em sua carreira freelancer que você não conseguirá assumir um projeto mesmo com toda boa vontade do mundo. E é nessa hora que ter uma rede de contatos com freelancers de confiança que possam assumir o projeto por você será de grande valia.

Você não quer deixar nenhum cliente na mão, precisa deixá-los satisfeitos e leais. Conhecendo freelancers que executam serviços parecidos com o seu e que sejam de confiança você pode enviar seu cliente, caso precise. Isso fará que você fique bem com seu cliente.

Existem também duas vantagens em manter contato com freelancers que você confia. A primeira é que você também pode ser solicitado para assumir um projeto de um parceiro quando este também não poder executá-lo.

E a segunda é que você pode gerenciar e delegar projetos de seus clientes para freelancer que saibam executar tarefas a qual você não possui habilidades para tanto. Com isso todos podem sair ganhando.

Eu tenho um vídeo que fiz com a Luciane Costa do Vivendo de Freela onde falamos sobre a carreira freelancer. Confira abaixo:

Esse pequeno guia de carreira freelancer não é perfeito

Neste artigo existem aspectos importantes para levar em consideração quando se trata de iniciar um projeto de carreira independente.

E por mais que eu tenho me esforçado em compilar esses passos que acredito que podem te ajudar a iniciar sua carreira freelancer não há como cobrir tudo. Com certeza existe mais para você saber.

Talvez você não consiga cumprir todos as etapas, mas não deixe que isso te paralise. Não permita que o medo de arriscar em uma nova trajetória te trave. Se você tem um sonho de transformar a sua habilidade em uma carreira lucrativa permita-se acreditar. Sugiro que ponha em prática o máximo possível deste guia.

E caso você tenha uma questão adicional para acrescentar e que eu não cobri fique à vontade para colaborar com sua opinião nos comentários.

Boa sorte em seus projetos!

Até mais.

Abraços!

Referências:

https://blog.guiabolso.com.br/2017/02/21/quanto-cobrar-por-um-trabalho-como-freelancer/

https://www.chiefofdesign.com.br/live-como-ser-freelancer-em-tempos-de-crise-com-luciante-costa/

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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

10 filmes, séries e livros para entender a Primeira Guerra Mundial

Há 102 anos, neste mesmo dia, um acordo de cessar-fogo entre Alemanha e países aliados colocou fim à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Foi o conflito mais violento que a humanidade havia presenciado até então. Resultado de várias tensões europeias herdadas do século 19, teve como estopim o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo, na Bósnia. Historiadores estimam que 15 milhões de pessoas morreram em decorrência dos combates. Na época, o mundo testemunhou a invenção de armas poderosas que tinham grande poder de letalidade, como tanques de guerra, aviões, metralhadoras, e até o uso de gases tóxicos.

Após o fim da disputa, ocorreram diversas transformações na Europa, que anos depois resultaram na Segunda Guerra Mundial. Já deu para perceber que o assunto rende, né? Por isso, para entender melhor todos esses acontecimentos da Grande Guerra, confira 10 filmes, séries e livros que ajudarão a aumentar o seu repertório sobre o tema.

Lawrence da Arábia (1962). Direção: David Lean

Muitos não sabem, mas a Primeira Guerra Mundial não aconteceu somente em território europeu. Houve também um conflito no Oriente Médio. Por isso, vale a pena conferir esse super clássico dos cinemas, que mostra um lado pouco explorado nos estudos sobre o período. O filme é baseado na biografia de Thomas Edward Lawrence (1888-1935), arqueólogo e militar inglês, que estava em missão na Península Arábica durante o conflito e se juntou às tribos árabes para derrotar o Império Turco-Otomano (aliado na Alemanha). A produção ganhou sete Oscars, incluindo o de melhor filme.

Disponível no YouTube.

Carlitos nas Trincheiras (1918). Direção: Charles Chaplin

<span class="hidden">–</span>Divulgação/Reprodução

O curta-metragem se passa na França e conta a história de Carlitos, personagem recorrente de Chaplin, que é convocado para guerra, mas antes precisa passar por um treinamento em um esquadrão nada convencional. Como é de se esperar, o humor está presente na narrativa para falar de assuntos sérios e, acima de tudo, provocar reflexões sobre os absurdos vividos por soldados nos conflitos armados.

Nada de novo no front (1930). Direção: Lewis Milestone

Sete amigos de infância estão se formando no ensino médio, na Alemanha, e são influenciados por um discurso nacionalista feito por um professor, que fala sobre as glórias e a superioridade da cultura germânica. Os jovens decidem se alistar no Exército em 1916 para auxiliar no combate de tropas inimigas. Depois de oito semanas de treinamento, eles começam a ficar desanimados com aquela situação. Tudo piora quando o grupo entra nos campos de batalha e percebe que a realidade da guerra é muito pior do que se pensava. Ela estava distante dos belos discursos feitos pelo professor. O filme venceu quatro prêmios no Oscar de 1931: melhor diretor, filme, fotografia e roteiro.

Disponível no Google Play

Glória feita de sangue (1957). Direção: Stanley Kubrick

Em uma operação totalmente suicida, o coronel francês Dax, interpretado por Kirk Douglas, recebe ordens do General Paul Mireau para atacar uma posição alemã. No meio da ação, metade do batalhão é morto nas trincheiras e a outra parte fica com receio de prosseguir a missão, que no fim foi um fracasso. Para punir os insubordinados, o general escolhe três soldados aleatoriamente que são submetidos à corte marcial. Porém, o coronel Dax tenta defendê-los do julgamento injusto.

Disponível no Telecine.

1917 (2019). Direção: Sam Mendes

Dois soldados britânicos recebem a missão de levar uma carta para o alto comando. Mas eles precisam atravessar a Terra de Ninguém e entrar no território inimigo para entregar a mensagem que pode salvar mais de mil companheiros de batalha de uma emboscada do exército alemão. A trama foi inspirada por acontecimentos reais contados por Alfred Mendes, avô do diretor que lutou durante a Primeira Guerra. Além do enredo, a grande atração é a filmagem em um longo plano-sequência.

Disponível no Telecine.

SAIBA MAIS

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100 anos da Primeira Guerra Mundial: Os personagens mais importantes

Livros:

A Beleza e a Dor: Uma história íntima da Primeira Guerra Mundial, de Peter Englund

<span class="hidden">–</span>Reprodução/Divulgação

Contém 19 histórias resgatadas de diários e cartas de pessoas comuns que foram afetadas pelo conflito. A proposta da narrativa não é contar as causas, o desenrolar ou consequências da guerra, mas sim como a vida, o dia a dia, foi transformado por ela. O autor reconstitui o mundo emocional que guia os acontecimentos narrados.

Disponível na Amazon.

Os Sonâmbulos, de Christopher Clark

O professor da Universidade de Cambridge, umas das mais prestigiadas do mundo, analisa como eclodiu a Primeira Guerra Mundial a partir do assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua esposa, Sofia. Ele reconstrói o contexto social e o papel dos protagonistas políticos em Viena, Berlim, São Petersburgo, Paris, Londres e Belgrado para esclarecer como o conflito começou em poucas semanas.

Disponível na Amazon.

A Guerra que Acabou com a Paz, de Margaret MacMillan

<span class="hidden">–</span>Reprodução/Divulgação

A prestigiada historiadora reconstitui as diversas mudanças políticas e tecnológicas na Europa anos antes da Primeira Guerra Mundial. Na obra, a autora busca elucidar se existe de fato um verdadeiro culpado pelo conflito e por quais motivos as nações europeias decidiram trocar a paz pela guerra.

Disponível na Amazon.

Séries:

Downton Abbey (2010-2015).

A série, mais especificamente a segunda temporada, conta a história de uma das famílias mais ricas da Inglaterra que teve sua vida transformada com o começo da Primeira Guerra Mundial. A trama aborda o ponto de vista de pessoas que não lutaram no conflito, mas foram afetadas de alguma maneira por ele.

Disponível no Amazon Prime Video.

O Levante da Páscoa (2016)

O drama se passa em 1916 na Irlanda e conta a história da violenta Revolta da Páscoa, em Dublin, entre as forças armadas britânicas e os revolucionários irlandeses durante a Primeira Guerra Mundial. Além disso, ela aborda um ponto bastante interesse: o papel fundamental das mulheres no evento histórico. Durante os episódios, o público acompanha três protagonistas que fazem de tudo pela causa. O embate teve como resultado a Independência da Irlanda.

Disponível na Netflix.

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10 filmes, séries e livros para entender a Primeira Guerra Mundial publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br



Eleições 2020: Podcast debate o ‘Direito à Cidade’

Já escolheu o seu candidato? O que você leva em consideração para escolher vereador e prefeito? Talvez na correria diária a gente não faça uma reflexão mais ampla sobre os reais impactos dessa decisão na nossa vida. Pensando nisso, na semana que antecede as eleições municipais brasileiras, vai ao ar a segunda temporada do podcast Papo de Esquina, produção de Esquinas, revista-laboratório digital da Faculdade Cásper Líbero (SP) e da rádio Gazeta Online.

No primeiro episódio, o tema é o “Direito à Cidade” e como ele deve ser considerado na hora da escolha do candidato. Para debater esta questão, o primeiro convidado é Vinícius Santana, graduado em Administração Pública pela Unesp e pós-graduado em Gestão de Projetos pela USP.

O “Direito à Cidade” é um conceito que fala sobre as possibilidades de os cidadãos usarem plenamente os recursos presentes nos municípios, e que muitas vezes são negados por falta de planejamento urbano. Bora ouvir?

Dá play aqui

++ Eleições 2020: o que faz um prefeito e como escolher um candidato

++ Táticas de desinformação: o que são ‘cortina de fumaça’ e firehosing

O que você achou do papo? Comente nas redes sociais do GUIA.

Viver em metrópoles nem sempre é fácil. Veja 11 problemas comuns em grandes centros urbanos.
Vários são os culpados da poluição urbana. Indústrias geram muitos poluentes, como monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2), só para citar alguns. (Foto: Wikimedia Commons)
O desmatamento e a falta de áreas verdes pioram o problema da poluição atmosférica. Mas o automóvel é um dos maiores vilões. A poluição do ar nas grandes cidades causa mortes e vários problemas de saúde na população. (Foto: Wikimedia Commons)
Um fenômeno comum em grandes cidades é a inversão térmica, que ocorre quando as camadas da atmosfera se invertem, ficando as mais frias próximas ao solo. Isso dificulta a circulação do ar e aumenta a poluição. (Foto: Wikimedia Commons)
Já as ilhas de calor ocorrem quando o centro da cidade, normalmente cheio de prédios, passa a ser mais quente que as áreas ao redor. (Foto: Wikimedia Commons)
Outro fenômeno muito conhecido é o efeito estufa, que ocorre por causa do aumento da temperatura no planeta, causado pelos gases poluentes emitidos pela ação do homem. Essa poluição impede que o calor da Terra se dissipe, mantendo o planeta aquecido. (Foto: Wikimedia Commons)
Nas grandes cidades, a água de rios e lagos pode sofrer as consequências da poluição. E tem ainda o problema do desperdício de recursos hídricos e da poluição dos rios. (Foto: Wikimedia Commons)
A erosão e os deslizamentos de encostas também são desafios enfrentados pelas grandes cidades. Ocorrem quando há ocupação irregular de encostas, fato que pode causar desastres, principalmente durante o período de chuvas. (Foto: Wikimedia Commons)
Além dos desmoronamentos, o período de chuvas pode causar enchentes nas grandes cidades. A ocupação desordenada, a falta de planejamento urbano e a impermeabilização do solo são algumas das causas de alagamentos urbanos. (Foto: Wikimedia Commons)
Por falar em chuva, ela ainda por cima pode ser ácida. Isso acontece quando gases poluentes reagem com a água e o ar. A chuva ácida pode destruir plantações, além de afetar a saúde do ser humano. (Foto: Wikimedia Commons)
O barulho em excesso – seja da buzina de automóveis ou de outros aspectos da vida nas cidades – é outro problema. Além disso, os centros urbanos também convivem com a poluição visual. (Foto: Wikimedia Commons)

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Eleições 2020: Podcast debate o ‘Direito à Cidade’ publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br



Crime digital: o que é e como se proteger

Em tempos de Dilema das Redes, cultura do cancelamento e fake news, fica cada vez mais claro o impacto que as ferramentas digitais têm no mundo real e a nossa responsabilidade nisso. Usar de maneira inadequada plataformas como o Twitter, o Facebook e o Instagram pode trazer consequências que vão além de um simples dislike ou block. Sua atitude pode ser um crime digital.

Mas o que é um crime digital? São todas as condutas previstas na lei como atos ilícitos em que haja uso de tecnologia, explica Solano de Camargo, doutor em Direito Internacional, com especialização em Direito Digital. Atacar sistemas e bancos de dados informatizados (hacking) ou usar os meios digitais para a prática de crimes tradicionais (como difamação, pedofilia, estelionato, etc.), são crimes cibernéticos, por exemplo.

A forma mais simples de entender se alguma ação é compreendida como um crime virtual é perguntar se aquela ação seria um crime na “vida real”. Um exemplo: adquirir cópias piratas de filmes e seriados em banquinhas ou camelôs é considerado crime, baixar ou compartilhar arquivos disponibilizados para download de maneira não oficial também é. Mas, por mais que a questão pareça simples olhando dessa forma, há ainda muita desinformação e debate em torno dos crimes digitais, sobretudo nas redes sociais.

No Brasil, são poucas, e recentes, as leis que protegem a segurança do usuário brasileiro. As mais conhecidas são a Lei Carolina Dieckmann, o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados, que entrou em vigor em setembro. Atualmente, o foco da luta tem sido as fake news, mas a carência de uma definição precisa e de uma punição prevista dificultam o avanço do combate. Camargo explica que ainda são poucas as ferramentas do governo na tentativa de fiscalizar e criminalizar os atos ilícitos digitais. “Na maior parte das vezes, o Ministério Público e a polícia contam com a colaboração das empresas de telecomunicações e das empresas de internet, como forma de se preservar o conteúdo tido como criminoso e localizar o infrator.”

Mas, se para algumas situações não há legislação específica, para outras, a lei atual já é suficiente. “O Brasil é um dos poucos países do mundo que criminaliza os chamados crimes de opinião, como a injúria, a calúnia e a difamação, tratados internacionalmente como ilícitos civis (passíveis apenas de indenização)”. Por isso, vale ficar esperto com o que diz nas redes – e também analisar criticamente o que lê, claro!

Uma vez postado, para sempre gravado

<span class="hidden">–</span>Disney via Tenor/Reprodução

A liberdade de expressão é um direito garantido na Declaração Universal dos Direitos Humanos que permite que qualquer um manifeste suas opiniões sem censura ou represália. “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, este direito implica a liberdade de manter as suas próprias opiniões sem interferência e de procurar, receber e difundir informações e ideias por qualquer meio de expressão independentemente das fronteiras.

Essa manifestação, porém, deve ser feita com cuidado pois, quanto mais incisiva for a fala, maior será a necessidade de ela estar respaldada por fatos e evidências que comprovem o que esteja sendo dito. Na prática, dizer “Fulano é feio” está compreendido no direito de cada indivíduo expressar sua opinião. Dizer, porém, “Fulano é feio, corrupto, mentiroso, desleal e já cometeu crimes” ultrapassa os limites dessa liberdade de expressão. A frase deixa de ser mera opinião e se torna uma acusação, precisando, assim, de provas para se sustentar.

Nas redes sociais, esse cuidado deve ser redobrado. Ao contrário das falas ditas na vida real, na internet é quase impossível retirar alguma coisa que foi dita. Seja um tweet, uma mensagem no WhatsApp ou uma postagem, mesmo que ela fique no ar por apenas alguns segundos, qualquer um pode tirar um print da tela e essa fala estará eternamente gravada. Um dos grandes lemas de quem trabalha com tecnologia é que basicamente nada é deletado para sempre. Estão aí as ondas de cancelamento e exposed parties em que usuários resgatam falas, mensagens e fotos de anos atrás para “julgar” o comportamento de figuras públicas ou não.

“É preciso tomar cuidado para não ofender alguém num grau acima ao da liberdade de expressão (cometendo calúnia, injúria ou difamação); compartilhar fotos de acidentes fatais (crime de vilipêndio de cadáver); constranger alguém a fazer algo sob ameaça de publicar fotos ou vídeos íntimos (estupro virtual); publicar fotos ou vídeos íntimos da pessoa com quem teve relacionamento, sem autorização (crime de vingança pornô); seduzir menores (crime de aliaciamento); ou cometer cyberbullying”, enumera Camargo.

É comum também a confusão entre assédio digital e cyberbulling, mas o advogado esclarece que este “é tão prejudicial quanto o assédio ‘tradicional’, podendo levar, em casos extremos, ao suicídio da vítima. O cyberbullying não se limita apenas às crianças ou jovens, podendo ocorrer também entre adultos. Embora não exista um tipo penal específico para cyberbullying, qualquer ofensa à honra da vítima pode ser punida como calúnia, injúria ou difamação”. Estes três, inclusive, são apontados pelo Conselho Nacional de Justiça como os crimes mais comuns cometidos nas redes sociais.

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Não só para a boa convivência, mas também para questões jurídicas, ter uma etiqueta online é necessário. Pensar duas vezes antes de postar ou compartilhar qualquer coisa na web pode ser uma forma de se manter fora de problemas. É preciso checar as devidas fontes antes de repostar notícias, principalmente as que pareçam muito radicais ou que reforcem o estilo “teoria da conspiração”. E, claro, procurar ter empatia e pensar: “Será que vale mesmo a pena entrar nessa discussão?”

Vazaram minhas fotos!

<span class="hidden">–</span>Guto Maia/Brazil Photo Press/AE/Divulgação

Muito se fala sobre a internet ser uma “terra de ninguém”. Essa concepção, além de errada, ignora uma série de leis que foram criadas especificamente para regular a vida virtual. É comum ter a percepção de que, ao postar algo na web, se está sendo beneficiado pela suposta proteção que a tela do computador ou do celular traz. “Suposto” porque o anonimato na internet só funciona até a página 2. É completamente possível encontrar o responsável por um perfil que se passa por outra pessoa – o que, inclusive, pode ser considerado crime de falsa identidade – ou use imagens de famosos, filmes ou desenhos animados para desonrar ou espalhar conteúdos inadequados de outros usuários.

Uma das situações mais conhecidas, e temidas, pelos internautas é o “vazamento” de conteúdos íntimos. A expressão se refere ao compartilhamento sem consentimento da vítima de fotos, vídeos ou mensagens privadas para outros usuários. Esse crime costuma ser cometido por pessoas próximas, como ex-namorados, ficantes ou amigos.

Camargo lembra do caso do vazamento de fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann obtidas por um ataque hacker. “A Lei 12.737/2012, sobre crimes na internet, apelidada de ‘Lei Carolina Dieckmann’, alterou o Código Penal para incluir como infrações no ambiente digital uma série de condutas, principalmente quanto à invasão de computadores, estabelecendo punições específicas, algo inédito até então. Assim, passou a ser crime a invasão de computadores, tablets ou smartphones, conectados ou não à internet, ‘com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações’”, explica.

Além disso, você pode não ter obtido o conteúdo ilegal, mas, se passar adiante um nude sem consentimento, por exemplo, também estará cometendo um crime, o de importunação sexual. “Desde 24/09/2018, publicar, compartilhar, vender ou mesmo oferecer imagens ou vídeos de sexo, nudez ou pornografia sem consentimento dos envolvidos, segundo o art. 214-C do Código Penal, pode ser considerado crime de ‘divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia’”, diz.

O advogado esclarece que a punição para quem infringir a lei, seja por compartilhar na internet ou por aplicativos de mensagem, pode chegar a cinco anos de prisão. A pena aumenta ainda mais se o criminoso tiver tido relações íntimas com a vítima: “A chamada ‘vingança pornô’ pode aumentar a pena em até dois terços”.

É importante também ressaltar que o fato é ainda mais grave quando envolve menores de idade. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, “trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar” fotografia, vídeo ou outro registro que contenha conteúdos pornográficos envolvendo criança ou adolescente está sujeito a pena de reclusão de três a seis anos. “Possuir ou armazenar” esse material pode dar pena de até quatro anos.

Mandar e receber fotos ou vídeos íntimos próprios não é um crime, mas é preciso ter extremo cuidado para quem se manda e como se manda. Enviá-los de modo de que seja possível fazer o download e salvar os arquivos, como quando se manda pelo WhatsApp, por exemplo, não é o mais aconselhado, sobretudo, quando se envia para mais de uma pessoa. A forma menos perigosa de compartilhar esses arquivos seriam por via de aplicativos que só permitem uma visualização, como a função “View Once“, das mensagens diretas do Instagram. Ainda assim, o usuário que receber esses arquivos pode estar gravando a tela e a pessoa que enviou não terá como saber.

Como evitar ser uma vítima de crimes digitais?

<span class="hidden">–</span>Facebook via Dribbble/Reprodução

Além dos dois casos citados acima, Camargo lembra que é sempre importante ter em mente que as redes sociais não são um porto seguro para ofensas ou mesmo para compras, sendo sempre necessário que o usuário preste atenção e redobre os cuidados. Assim como a vida real, a internet requer cuidados. Algumas dicas fundamentais para ter uma relação online mais segura:

  • Não consumir ou repassar materiais de conteúdo sexual (vídeos íntimos, nudes etc.) se não souber ou tiver certeza de houve o consentimento dos envolvidos – desde 2018, isso é considerado crime;
  • Somente enviar arquivos próprios de conteúdo íntimo para outros usuários de confiança e optar por aplicativos que permitam apenas uma visualização;
  • Procurar se manter fora de discussões, praticar a empatia sempre que possível e evitar divulgar dados pessoais comprometedores nas redes (como endereços, documentos e informações importantes);
  • Não postar fotos, stories, vídeos, prints de mensagens ou semelhantes que envolvam outros usuários sem o devido consentimento destes – é importante ter cuidado com o Direito de Imagem e o Direito Autoral;
  • Nunca preencher senhas ou dados pessoais fora do respectivo aplicativo ou do site original da empresa ou do banco, mesmo que receba solicitações nesse sentido;
  • Usar senhas fortes, não replicando em sites diferentes e mudando-as de tempos em tempos (se possível, usar um aplicativo de gerenciamento de senhas);
  • Manter os aparelhos (laptops, smartphones, tablets, etc.), antivírus e firewalls sempre atualizados e configurados;
  • Sempre usar softwares originais;
  • Proteger a rede doméstica com uma senha forte e VPN;
  • Desconfiar de e-mails enviados por bancos e empresas que tenham erros de português ou cujos endereços sejam estranhos;
  • E, claro, procurar imediatamente a polícia caso tenha sido vítima de qualquer crime digital.

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