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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Mutação do coronavírus na Dinamarca coloca OMS em alerta

O governo dinamarquês pretende abater 17 milhões de visons — mamíferos pequenos criados em cativeiro em diversos países europeus para abastecer a indústria de casacos de peles —, depois de uma nova versão do Sars-Cov-2, conhecida como “cluster” 5, ter sido encontrada nestes animais. De acordo com informações do Statens Serum Institute (SSI), centro de referência para doenças infeciosas do país, desde junho mais de 210 pessoas já foram infectadas por essa mutação.

Um novo surto foi confirmado em 41 fazendas, segundo autoridades locais. Mas o ministro do Meio Ambiente e Alimento, Mogens Jensen, anunciou que existem indícios de contaminação em outras 20. Como medida de prevenção, a primeira-ministra, Mette Frederiksen, decretou lockdown em sete municípios próximos às regiões de criação desses animais para tentar barrar o avanço do novo vírus.

A medida colocou mais de 250 mil pessoas, a partir da última sexta-feira (6), em quarentena na região da Jutlândia do Norte. O país escandinavo já identificou cinco versões diferentes do coronavírus. Porém, nenhuma se mostrou tão perigosa quanto essa nova variação. O governo dinamarquês afirma que ela não piora as complicações relacionadas à Covid-19 em humanos, mas atua de uma maneira que impede a produção de anticorpos. Esse fator pode prejudicar o desenvolvimento de vacinas contra a doença.

Vírus em mutação

Desde fevereiro deste ano, pesquisadores do mundo todo vêm investigando mais a fundo uma das muitas mutações do Sars Cov-2, o vírus que causa a Covid-19. Em Cingapura, foi identificada uma nova versão com capacidade de se espalhar mais rapidamente entre humanos, mas que parecia ser menos agressivo e letal.

É muito comum que um vírus sofra alterações em seu RNA e não é incomum que as alterações levem a uma versão amenizada do patógeno. E a explicação é uma velha conhecida dos vestibulandos: uma questão de evolução. Para o vírus, é vantajoso ser menos agressivo com o hospedeiro, para conseguir permanecer mais tempo com proteção e alimento no corpo humano sem causar a morte do infectado.

No caso da variação encontrada em Cingapura, o vírus havia perdido uma parte de seu código genético num processo chamado de deleção. Não sabe o que é? O GUIA relembra com você os processos de mutação mais comuns.

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Alerta global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou no Twitter que está acompanhando a situação vivida na Dinamarca. “É normal que os vírus sofram mutações ou mudem com o tempo. Porém, cada vez que um vírus passa de humanos para animais e volta para humanos, ele pode mudar ainda mais. É por isso que esses relatórios são preocupantes”.

Em comunicado oficial, a OMS aconselhou os países a aumentar a atenção para a Covid-19 em locais que funcionem como reservatórios de animais, como as fazendas de visons. Além disso, reforçou que medidas de biossegurança de prevenção e controle devem ser adotadas na criação e no abate de animais, porque elas ajudam a proteger os trabalhadores envolvidos no setor.

A Dinamarca registrou 55.892 casos de Covid-19 e 747 mortes desde o começo da pandemia, segundo dados da Johns Hopkins University, nos EUA.

Outros seis países, como Holanda, Espanha, Suécia, Itália e Estados Unidos já notificaram à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) casos de Sars-Cov-2 em visons. Em julho, a Espanha abateu cem mil visons, após infecções serem detectados em uma fazenda na província de Aragón.

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