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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Casal brasileiro viaja o mundo vendendo brigadeiros de forma inusitada

Assim como muitos brasileiros, o casal paulista Caio Giachetti e Carol Dias sentiu na pele a grise econômica que assolou o Brasil em 2015.

Donos de uma loja de roupas em Araras (168 km de SP), não conseguiram manter o comércio e quebraram. Com o pouco que sobrou, Caio e Carol decidiram recomeçar a vida em outro país. A primeira parada foi Londres, na Inglaterra.

Com pouco dinheiro, eles aceitaram a primeira oferta de trabalho que apareceu. Carol foi vender hambúrguer na frente do estádio do Chelsea –o Stamford Bridge– e Caio lavar pratos num restaurante chinês de Londres.

Não era bem a vida que sonhavam, mas precisavam dos empregos para se manterem. Mas tudo mudou em dezembro de 2015, quando Caio recebeu uma ligação que seu havia falecido.

“Me lembro bem. Era um domingo, dia 20 de dezembro, o restaurante estava muito cheio. Era horário de almoço e meu chefe me interrompeu para dizer friamente para eu ir embora: “Go home, your father died” (“Vá para casa, seu pai morreu”).

Caio e sua caixa de brigadeiros no metrô de Porto, em Portugal

A notícia mudou sua perspectiva de vida. “Cara, desabei… Meu pai viveu a vida toda trabalhando e sonhava com a aposentadoria para começar a viajar, faltava só dois meses, mas um câncer resolveu interromper o seu sonho”, conta.

A morte do pai fez Caio refletir e dar um outro rumo à vida. “Eu estava fazendo o mesmo da minha vida. Foi aí que eu resolvi mudar tudo. Eu amo viajar, mas não queria passar meses num escritório para depois aproveitar 30 dias de férias”.

Caio pediu demissão do restaurante, mudou-se para Portugal e buscou outras funções em que a carga horária era menor. Como o aluguel era o que mais pesava no orçamento, Caio passou a trocar suas habilidades por acomodação e alimentação. Feito isso, faltava uma renda.

Caio e sua caixa de ferramentas de “consertar o dia das pessoas”

“Eu sempre vendi brigadeiros viajando, mas era de uma forma convencional até que um dia eu estava caminhando pelas ruas do Porto buscando alguma inspiração e vi uma loja de ferramentas. Entrei e sai com uma caixa de que paguei 19 euros. Comprei duas cartolinas branca e voltei para o hostel que eu e a Carol morávamos”.

“Consertando o dia das pessoas”

Carol, que é fotografa e confeiteira, preparou os brigadeiros e, no dia seguinte, Caio foi para rua “consertar o dia das pessoas”. Logo de cara teve uma ótima receptividade.

“Senti a diferença já nas primeiras vendas. As pessoas não só abraçaram a ideia como pedem para tirar foto. A caixa de ferramentas me fez aproximar mais dos turistas, não me sinto vendendo algo é uma troca tão bonita porque gera um interesse e cria uma empatia, assim vivemos”.

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Posted by Caio no Mundo on Wednesday, February 12, 2020

Caio conta que no começo levava cerca de 6 horas para vender 200 brigadeiros. Depois de um tempo, as guloseimas não duravam mais de três na caixa de ferramentas.

Os doces fizeram tanto sucesso que Carol e Caio receberam uma proposta de abrirem uma confeitaria em parceria com um investidor.

“Faturo em média €3.200 trabalhando quatro dias por semana”, conta Caio.

“Eu sempre respondo que no empreendedorismo nômade é importantíssimo vivermos em equilíbrio entre trabalho e tempo, a caixa me fez ser eficiente no meu trabalho e ganhei tempo para viver o melhor da viagem. As pessoas vivem para o trabalho e nós trabalhamos para viver.

Rumo à África

Caio e Carol estão de passagem pelo Brasil para visitar familiares e amigos. Mas em algumas semanas eles embarcam para África do Sul, onde pretendem explorar o continente africano esse ano.

Veja também: Casal brasileiro conta como é planejar viagem de motorhome pela Flórida


Imagem Carnaval Sem Assedio
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