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sábado, 31 de outubro de 2020

Dia das Bruxas: conheça 6 histórias de universidades mal-assombradas

Quando falamos de universidade, é comum que associemos os espaços à produção e compartilhamento de ciência e conhecimento. Fantasmas e histórias sobrenaturais não costumam ter relação com as instituições de ensino superior. Mas para o Dia das Bruxas deste ano, descobrimos seis universidades mal-assombradas  que têm histórias horripilantes de fenômenos paranormais em suas salas.

Algumas delas foram palco de cenas terríveis no passado; outras passaram por eventos que até hoje continuam misteriosos. Em todos os casos, mostramos os dados da história das universidades mal-assombradas e alguns dos relatos que aparecem sobre elas. Confira:

6 universidades mal-assombradas

Gettysburg College

A Gettysburg College, no estado da Pensilvânia, está localizada bem ao lado do local onde ocorreu uma das maiores batalhas da Guerra de Secessão dos Estados Unidos. Ao menos 8.000 soldados morreram no conflito, e o número total de vítimas (contando feridos, capturados e desaparecidos) é de mais de 50 mil.

Como se não bastasse, o edifício mais antigo do campus, o Penn hall, serviu de hospital e necrotério para soldados feridos na luta. Por isso, segundo uma matéria publicada no jornal da universidade, todos os estudantes e professores que passaram pela escola têm uma história envolvendo fantasmas ou ocorrências sobrenaturais.

Os relatos vão desde ouvir passos em salas vazias e ver fantasmas até o caso de dois administradores que, na década de 80, contam ter descido de elevador até o porão do Penn Hall e por um momento terem tido uma visão com pacientes ensanguentados e médicos.

University of Toronto

Além de ser uma das melhores universidades do Canadá, a universidade de Toronto também foi palco de uma história horripilante: a da “Lady of Christie Mansion”, o fantasma de uma mulher que supostamente vive em um dos edifícios do campus da escola.

O site da universidade conta que a Mansão Christie recebeu seu nome por causa de William Mellis Christie, um magnata da indústria alimentícia do Canadá que viveu nela. Após seu falecimento, a mansão ficou apra seu filho, Robert Christie. Robert tinha uma amante, e supostamente mantinha-a vivendo na mesma casa que sua esposa, mas em uma sala escondida, sem janelas, acessada apenas por uma passagem secreta na biblioteca.

De acordo com a história, Robert passou a visitar sua amante com frequência cada vez menor. Ela, que não podia sair de lá, foi ficando deprimida até que finalmente teria se suicidado, enforcando-se com os lençóis da cama do quarto. Conta-se que o fantasma dela ainda assombra a mansão.

Smith College

O Smith College é uma das maiores e melhores faculdades voltadas apenas para mulheres nos Estados Unidos, e conta a poeta Sylvia Plath como uma de suas ex-alunas. Criada em 1871, ela já tem uma longa história – que inclui também acidentes, assassinatos e mortes misteriosas. Há bastante especulação sobre esses eventos, tanto que a própria universidade tem uma página dedicada às principais histórias fantasmagóricas de seus corredores.

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Entre os relatos, há a história do fantasma de uma mãe que assassinou o próprio filho em um dos prédios da universidade (que, antes de ser uma escola, era uma pensão), e que às vezes pode ser ouvido junto com o choro de um bebê. Há histórias também de um senhor idoso que morreu ao esquecr o gás ligado, e de uma criança que morreu trancada no sótão.

Universidade de Heidelberg

A história da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, é manchada por um período grotesco. De 1933 a 1945, a instituição de ensino superior foi dominada pelo partido nazista da Alemanha. Inúmeros alunos foram perseguidos e expulsos pelos nazifascistas, e pelo menos 20 professores foram expulsos por motivos políticos ou raciais.

Muitos dos livros das bibliotecas foram queimados pelo partido por seu conteúdo ser considerado subversivo. Além disso, a clínica cirúrgica e o hospital ginecológico da universidade foram usados para a realização de esterilizações forçadas nas vítimas das perseguições nazistas — segundo a própria página da universidade.

Alguns indícios dessa época permancem, segundo relatos dos estudantes. Os fenômenos paranormais relatados incluem ouvir o choro de mulheres em corredores vazios, e sentir cheiro de fumaça em algumas das salas onde livros proibidos foram queimados.

Ohio University

A Ohio University foi construída no começo do século 19 em um local que fica entre cinco cemitérios. Esses cemitérios formam um pentagrama em cujo centro está o Wilson Hall, um dos edifícios da universidade dedicados a alojaentos estudantis. E nele, há um quarto que nunca é designado a nenhum estudante. Trata-se do quarto 428, que é frequentemente citado como palco de eventos sobrenaturais.

Os relatos vêm de diversas fontes, incluindo estudantes que moram em dormitórios adjacentes contando que ouvem sons vindos do quarto, ou que objetos colocados em prateleiras na parede oposta ao quarto caem com frequência ao chão.

Universidade de Nagasaki

A idade de Nagasaki ainda tem seu nome associado a uma das maiores tragédias da história. A bomba atômica jogada pelo exército dos Estados Unidos sobre a cidade em 9 de agosto de 1945 provocou cerca de 70 mil mortes imediatas, além de milhares de outras relacionadas à destruição subsequente e aos efeitos da radiação no local. E a Faculdade de Medicina da Universidade de Nagasaki estava localizada a menos de um quilômetro do epicentro da explosão. Cerca de 800 professores e estudantes morreram na hora.

Mas a instituição de ensino, segundo o QS Top Universities, foi reconstruída e ainda hoje faz parte da Universidade de Nagasaki. Mas assim como diversos outros pontos da cidade, ela ainda é palco de eventos paranormais. Relatos de aluno falam de figuras fantasmagóricas andando pelos corredores, e de um cheiro de carne queimada que ainda perdura em algumas salas.

Você também conhece relatos de universidades mal-assombradas? Tem algum caso onde você estudou? Conte para nós!

Este texto foi originalmente publicado no portal Estudar Fora, da Fundação Estudar, parceira do Guia do Estudante. 

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Halloween: entenda os motivos do Dia das Bruxas ser Dia do Saci no Brasil

Nos Estados Unidos, no dia 31 de outubro é comemorado o Halloween ou Dia das Bruxas, celebração de origem celta, que depois foi adotada no calendário da igreja católica como All Hallows’ Eve (véspera de todos os santos). A tradição de fantasias com os monstros da cultura pop e das crianças fantasiadas batendo em porta em porta pedindo por “doces ou travessuras?”, tornou a data popular em diversas partes do mundo. No Brasil, oficialmente, a data é reservada para uma outra celebração: o Dia do Saci.

Por conta das duas celebrações terem a mesma data, as pessoas debatem nas redes sociais sobre a importância da valorização dos símbolos nacionais e a adoção exagerada de ícones estrangeiros.

Será que uma coisa anula a outra?

<span class="hidden">–</span>Tenor/Reprodução

Origem 

Em 2003, o deputado Aldo Rebelo Figueiredo, do partido Solidariedade (SD), propôs o projeto de lei federal nº 2762/2003, com objetivo de declarar o 31 de outubro o Dia Nacional do Saci-Pererê, figura emblemática e uma das mais conhecidas do folclore nacional. A proposta do então deputado era valorizar as figuras da cultura brasileira.

“A comemoração do Halloween no Brasil – como tantas outras celebrações da cultura norte-americana de forte apelo comercial – tem atraído cada vez maior número de jovens e crianças. Criar, na mesma data, o ‘Dia do Saci’ é, portanto, uma forma de se oferecer à juventude brasileira a alternativa de festejar as manifestações de sua própria cultura”, disse o deputado à época.

 

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<span class="hidden">–</span>Deputado Aldo Rebelo/Reprodução

A aceitação, entretanto, não foi imediata. Em 2013, o deputado federal Chico Alencar  (PSOL) e a vereadora de São José dos Campos Ângela Guadagnin (PT), por meio da Comissão de Educação e Cultura, elaboraram o Projeto de Lei Federal n.º 2.479, que institui o 31 de outubro como o Dia do Saci. No estado de São Paulo, porém, a data já era comemorada desde 2004, instituída pela lei estadual n.º 11.669.

++ Análise de redação: Cultura popular na história brasileira

++ Divirta-se com os irmãos Grimm e os “contos de fadas originais”

 

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O Saci-Pererê

<span class="hidden">–</span>Márcio de Souza/TV Globo/Divulgação

De acordo com estudos de folcloristas, a origem da lenda do saci-pererê data entre o final do século XVIII e o começo do XIX. Ela surge nas tribos dos índios guaranis, no sul do Brasil e, a princípio, era conhecido como çaa cy perereg. Quando a lenda se espalhou pelo resto do país, a palavra foi adaptada para a forma que conhecemos. Na Argentina, no Uruguai e no Paraguai, a lenda também ficou conhecida e o nome variou para yaci-yateré; nestes países, as características físicas do Saci diferem um pouco da brasileira e dispõe, inclusive, de cabelos loiros.

A definição mais comum da lenda no Brasil é que o Saci Pererê é uma entidade que vive para proteger as florestas e gosta de pregar peças nas pessoas: estragar o freio de carroças, incomodar os cavalos, azedar as comidas e desaparecer com objetos dos fazendeiros. A personalidade sapeca é sua principal característica, mas, usualmente, não é associada a maldades.

++“Macunaíma” – Análise da obra de Mario de Andrade

++ Caça às bruxas: de Joana D’Arc aos mistérios da Inquisição

O Saci é descrito como um garoto negro, careca, uma perna só e que se locomove em um redemoinho. Sua altura pode variar pelas regiões do país; em alguns estados acredita-se que ele tenha apenas 50 cm e em outros, ele pode chegar até 3 metros. Comumente é associado ao Curupira, por também ser outro protetor das florestas.

A figura do Saci ficou mais popular a partir das histórias do autor Monteiro Lobato, em que o menino de uma perna só era figura carimbada nas aventuras dos personagens de Narizinho, Pedrinho e Emília em O Sítio do Pica-Pau Amarelo. Lobato, inclusive, em 1917, fez um inquérito no jornal O Estado de S. Paulo perguntando o que as pessoas sabiam sobre a lenda, tamanha repercussão do Saci do Sítio.

Saci x Halloween 

<span class="hidden">–</span>Tenor/Reprodução

O Halloween também ficou popular em decorrência do seu apelo comercial: venda de fantasias e artigos de decoração temáticos. Já a celebração do garoto de uma perna só ainda não é tão conhecida.

Então, que tal se fantasiar de Saci para a próxima festa Halloween?

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Eleições 2020: o que faz um prefeito e como escolher um candidato

A dificuldade de compreensão sobre o funcionamento dos níveis e esferas de poder –  tanto por parte da sociedade quanto dos políticos eleitos e nomeados –  impedem que o brasileiro exerça plenamente a cidadania e a democracia. Por isso, GUIA separou esse série de reportagens com a lista de atribuições que cabem aos candidatos das eleições municipais brasileiras, que ocorrem em novembro, além de explicações de especialistas.

Antes de falar sobre o que faz um prefeito, vamos falar de um exemplo prático de confusão sobre atribuições de poderes.

Quem acessou as redes sociais nesta última quarta-feira (28) se deparou com postagens em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). A polêmica ocorreu após o presidente Jair Bolsonaro assinar um decreto que autorizava a pasta de economia do ministro Paulo Guedes estudar a inclusão do SUS no pacote de privatizações do governo federal. O foco seria, mais especificamente, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que prestam os atendimentos mais simples como consultas de rotina e vacinação. No mesmo dia o decreto foi revogado.

++ Eleições 2020: o que faz um vereador e como escolher o seu

++Privatização do SUS? Entenda o decreto de Bolsonaro e o que é uma UBS

Não está entendendo o que essa história de SUS tem a ver com as eleições municipais e com os prefeitos? Humberto Dantas, cientista político e coordenador Educação do CLP – Liderança Pública, explica. 

“Não importa que o dinheiro é de arrecadação federal, Paulo Guedes é obrigado a repassar para as prefeituras”, diz. Dantas argumenta que a Constituição prevê que a saúde no Brasil deve ser pública, universal e regulada pelo SUS. Além disso, a gestão do nível básico de saúde é competência dos governos municipais, e não do federal. “Por isso, além do Ministério da Saúde, prefeitos também deveriam ser incluídos nessa discussão”, afirma.

++ Basta ter uma eleição para ser uma democracia?

++ Como funciona a Suprema Corte – no Brasil e em outros países

Prefeito: executor de políticas públicas e não um agente de recursos humanos

As funções de um prefeito são, na verdade, muito mais burocráticas, simples e imutáveis do que se pensa. “Fundamentalmente, servindo-se de políticas nacionais, estaduais e municipais, prefeitos precisam executar políticas públicas”, define Dantas.

Parece confuso? 

Para executar essas tais políticas públicas o prefeito precisa entender de onde virá o recurso e como ele será aplicado. Retomando o exemplo das UBSs, a prefeitura recebe o recurso federal direcionado ao SUS e deve decidir como ele será aplicado –  abrindo-se novos concursos ou investindo na infraestrutura de uma UBS, por exemplo. 

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Reforçando, o prefeito decide apenas o “como”, e não se esse dinheiro será aplicado no SUS ou em outro setor, já que isso é predeterminado e não cabe a ele. “O prefeito é o maior alocador de coisas conhecidas. A maior parte dos recursos tem um destino já certo e o prefeito não vai poder fazer nada quanto a isso”, explica Dantas. Segundo ele, a consciência sobre o que está ou não ao alcance da esfera do executivo municipal é importante para desmistificar a figura do prefeito como alguém que promoverá grandes mudanças que, no final das contas, sequer cabem a ele. 

<span class="hidden">–</span>Câmara Municipal de São Paulo/Divulgação

Além disso, em algumas cidades pequenas onde 70% ou até mais da população trabalha em cargos públicos municipais, a figura do prefeito acaba sendo associada a um “gestor de Recursos Humanos”, como destaca Humberto, e as pessoas o buscam unicamente para conseguirem empregos –  e os elegem também por isso. Mais uma distorção do executivo municipal. 

As atribuições do executivo municipal previstas em Constituição

As tarefas do prefeito (e o vice, não se esqueça) estão todas previstas na Constituição Federal:

  • Gestão do Ensino Infantil e Fundamental: as creches e escolas do Ensino Fundamental estão, na maioria das cidades brasileiras, sob a alçada do poder municipal. Portanto, a falta de vagas nas creches ou a má infraestrutura de escolas municipais é, sim, responsabilidade do prefeito. Muitas vezes, o prefeito não consegue fazer mudanças significativas como alterar sozinho a verba destinada à educação, mas pode ter ideias de como aplicar esse recurso de forma mais otimizada. 
  • Nível básico de saúde: como já mencionamos, embora o recurso venha do governo federal, cabe ao executivo municipal gerir o nível básico do SUS, como as próprias UBSs. 
  • Questões urbanísticas: desde 2019, o plano diretor da cidade é elaborado pelo prefeito junto dos vereadores. É nele que constam as diretrizes políticas do município, especialmente as “urbanas”. Incluí-se aí a gestão do trânsito e do transporte, por exemplo.

Todas essas “tarefas” executadas pela prefeitura, bem como a origem do recurso que vai financiá-las, devem estar previstas no plano plurianual (elaborado no início do mandato) e nas peças orçamentárias anuais. 

Como escolher seu candidato

Saber o que pode ou não fazer um prefeito já é meio caminho andado na hora de escolher um candidato. Isso porque uma das etapas mais importantes desse processo é analisar as propostas de governo de cada um deles, disponíveis no site DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

“Uma eleição precisa ser visto pelas pessoas como um concurso de propostas viáveis para um determinado contexto”, explica Humberto. 

Segundo o cientista político, nem sempre é necessário ler todos os planos de governo, e tudo bem se você classificar alguns dos candidatos ou partidos como “inegociáveis” e eliminá-los logo de cara. O importante, é claro, é que você não escolha seu candidato sem sequer analisar o que outros têm a dizer e propor. O conselho de Humberto é “se permitir um olhar para aquilo que, de início, não simpatize tanto”. 

Vale também aplicar outros filtros na hora da escolha. Além de orientar-se pelos partidos políticos –  que por si só tem um histórico de atuação, um estatuto interno e que, por isso, podem ajudar a entender melhor a orientação do candidato –  vale estipular critérios que permitam oportunidades de gênero e de raça. A formação e a atuação política podem ajudar na decisão.

 A cientista política Joyce Luz afirma que exercer a cidadania é também ter uma postura empática na hora de eleger um candidato, escolhendo aquele que “vai implementar medidas boas não apenas para mim, mas também para aqueles menos privilegiados que eu”. 

Além da consulta ao site do TSE, não custa “stalkear” os candidatos em outros espaços, como no próprio Google ou em redes sociais. Tomando sempre o cuidado, é claro, de checar as notícias que encontrar sobre ele para não cair em fake news. Você também pode baixar o Guia do Voto, livro escrito por Humberto Dantas que explica como funcionam os processos da democracia representativa no Brasil.

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Como entender e se manter informado sobre economia e finanças?

Estar por dentro do cenário econômico nacional e mundial está na lista das tarefas importantes tanto para o vestibular como para a vida em geral. Mas o que muitas pessoas, fora da área, relatam é a dificuldade em compreender as notícias de economia e finanças e também associá-las as suas realidades. É o caso de muitos jovens que acabam ficando à margem dos debates e discussões sobre o assunto.

Michel Kali, o criador do Graninhax, projeto de educação financeira voltado para jovens adultos, explica que a linguagem, às vezes, muito séria, recheada de palavras difíceis e com abordagens distanciam o público jovem do assunto. Por isso, é necessário tornar o tema acessível para despertar o interesse. “Não aprendemos a lidar com dinheiro desde cedo e só entendemos a importância quando passamos a ter contato com o primeiro salário, responsabilidades e perrengues”, conta Kali, que também afirma ter aprendido muito com seus erros sobre a importância de se ter organização financeira.

A primeira dica, então, para entender e se manter informado sobre economia e finanças é buscar perfis, como o @graninhax, que contextualizam com uma linguagem mais fácil os assuntos dos momentos, além de considerarem as diversas realidades financeiras – o que faz toda a diferença para também incluir a população de baixa renda no debate. O GUIA tem uma lista desses criadores de conteúdo que abordam finanças de forma descomplicada, confira aqui.

Mas essa não deve ser a única forma de informação e nem vai substituir as próprias notícias. “É importante também estar sempre curioso, aberto a estudar mais sobre assunto e encontrar seu estilo de aprendizagem: assistir a vídeos, ouvir podcasts, ler um conteúdo, debater um tema”, aconselha Michel.

É possível, por exemplo, estudar como funciona o sistema financeiro, a partir de filmes. Se liga nessas duas listas:

 

Como enfrentar os termos complicados

Outro ponto importante para se manter informado sobre o panorama econômico é enfrentar as palavras difíceis que encontramos em matérias da editora de Economia. A notícia é boa é que alguns veículos mesmo te ajudam nessa tarefa. O Uol, por exemplo, criou o “Guia de Economia”, onde você pode escolher diversos assuntos como aposentadoria, dívidas, emprego, investimentos ou documentos, e encontra explicações dos conceitos que fazem parte desse universo.

<span class="hidden">–</span>Uol Economia/Reprodução

A Editoria de Economia e Negócios, do Estadão, também disponibiliza um glossário sobre o tema. Em ordem alfabética, dividido por letra, é possível ver o significado de cada termo.

Kali ressalta a importância de ficar atento a tudo que pode impactar diretamente ou indiretamente a economia e os seus reflexos no nosso dia a dia: “A taxa Selic, por exemplo, é um indicador econômico importante de se acompanhar porque ela influencia a inflação, o consumo, as taxas de juros e o rendimento de muitos investimentos”, exemplifica.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

7 mitos e verdades sobre a redação do Enem

Você já deve ter escutado uma série de afirmações sobre a redação do Enem: “precisa ter X parágrafos”, “não pode citar tal autor” ou “determinada regra zera a redação”. Mas o que será que é realmente verdade e o que foi dito apenas para dar uma dica, mas foi confundido com uma regra do exame?

Saber diferenciar mitos e verdades é fundamental para um bom resultado na prova. Algumas atitudes realmente podem prejudicar a sua nota ou acarretar na perda de centenas de pontos. Por isso, temos um desafio para você. Separamos algumas afirmações sobre o exame:

  • precisa ter quatro parágrafos
  • precisa ter título
  • precisa citar pelo menos um pensador famoso
  • precisa ter proposta de intervenção 
  • precisa respeitar os direitos humanos
  • não pode usar referências populares
  • não pode copiar nada da coletânea 

E aí? Sabe o que é verdade nessa lista? Conversamos com Milton Costa, professor de redação da Oficina do Estudante, e ele nos ajudou a esclarecer uma por uma. Confira abaixo:

Precisa ter quatro parágrafos

Mito. A verdade é que a maioria dos textos terá três ou quatro parágrafos, mas não é uma regra. O professor explica que a divisão ocorre por causa da estrutura do gênero dissertação escolar, que tem pelo menos três partes bem distintas: a introdução, o desenvolvimento das informações que estão nessa introdução, e a conclusão do raciocínio. No caso do Enem, o candidato pode, ainda, concentrar a proposta de intervenção no parágrafo conclusivo ou mencioná-la aos poucos ao longo do texto. 

“É uma questão de estilo, nada além disso. O Enem penaliza textos monobloco (de um parágrafo só), mas não os desclassifica”, diz Costa. 

A redação pode, portanto, ter dois, três, quatro, cinco ou mesmo seis parágrafos, mas essa divisão deve ser coerente – do ponto de vista do conteúdo – e coesa – do ponto de vista gramatical.

Precisa ter título

Mito. A verdade é que o Enem não impede ninguém de fazer um título nem o leva em consideração na nota caso o candidato resolva fazer um; ou seja, não precisa ter. Mas isso é o que consta no edital. Segundo o professor, na prática, é um pouco mais complexo. 

“É difícil que a leitura de um texto não seja influenciada pelo título. Se ele é adequado e espirituoso, a influência é boa. Se é inadequado e improvisado (impertinente e supostamente espirituoso), pode pôr tudo a perder”, diz. 

E lembre-se que não há um espaço específico para títulos na folha de redação do Enem. Caso queira fazer um, o candidato deve colocá-lo na primeira linha da folha. 

Precisa citar pelo menos um pensador famoso

Mito. No Enem, o candidato deve mostrar que tem repertório dialogando com o tema e com os textos da coletânea. Essa ação pode, eventualmente, expor o pensamento de alguém de prestígio na sociedade, o chamado ‘argumento de autoridade’, uma voz respeitada que “autoriza” o discurso do vestibulando. Mas não é obrigatório. 

Um ponto importante é que essa citação, caso ocorra, deve mesmo ser do tal pensador. Nada de inventar citações. E se conhecê-la com as palavras exatas, pode colocá-la entre aspas; caso não se lembre, mas saiba traduzir o que ela diz, pode usar o discurso indireto.

Costa também ressalta: uma citação, ainda que verdadeira, deve ser coerente aos argumentos ou à tese que se está defendendo. “Se estiver apenas desfilando no texto, apenas para ‘cumprir tabela’, o candidato pode se dar muito mal. Sem contar a incoerência: o que essa citação está fazendo ali afinal?”, diz o professor. 

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Precisa ter proposta de intervenção

Verdade. A questão é que o Enem pede claramente uma proposta de intervenção, mas não desclassifica quem não a oferecer. Ou seja, não precisa ter. Mas Costa explica que é um péssimo negócio não fazer: o Exame reserva 20% da nota apenas para ela. 

Se o candidato não sugere uma intervenção, perde pontos e mostra que não compreendeu a proposta de redação, afinal o enunciado pede que se apresente uma. Ou seja, dos 1000 pontos possíveis, são 400 perdidos, que é o que essas duas competências valem juntas. 

Conclusão: todo candidato deve, sim, fazer uma proposta de intervenção.

Precisa respeitar os direitos humanos

Verdade. Se o texto desrespeita os Direitos Humanos, ele zera na 5ª competência. “E sobram 800 pontos então?” Na verdade, Costa explica que 600 pontos ficam comprometidos: os 200 da 5ª competência, os 200 da 2ª competência (compreensão da proposta) e os 200 da 4ª competência (coerência). “Ou seja, além de ser antiético, a nota será baixíssima.”

Não pode usar referências populares

Mito. Como já explicamos, o importante é apresentar um repertório que dialogue com a proposta. 

Referências populares (séries, filmes, HQs, tirinhas, charges, novelas) podem ser responsáveis por essa intertextualidade e servir para ilustrar certos raciocínios. 

Mas o professor destaca alguns cuidados que precisam ser tomados: 

  1. busque apresentar uma referência popular, evitando algo muito específico que o corretor pode não conhecer e dificultar a compreensão
  2. se tiver uma referência muito boa, mas que não é tão famosa, não tem problema, desde que você faça uma boa contextualização, de maneira que o corretor que não a conheça seja capaz de entender do que se trata;
  3. livros religiosos e de autoajuda pautam-se em dogmas que não são bem-vindos em uma dissertação, que é uma discussão racional. São referências populares, e até podem ser usadas, mas com critérios redobrados e de forma muito cautelosa. Na dúvida, evite.

Não pode copiar nada da coletânea 

Mito. A verdade é que o Enem desconta as linhas copiadas de textos da coletânea do número total de linhas escritas pelo candidato; com isso, pode-se não atingir o número mínimo de linhas exigido pelo Exame. “Caso se perceba o plágio, a nota global certamente será afetada. Copiar trechos de quaisquer fontes é expediente condenável nas mais variadas esferas da vida, e não seria diferente no Enem”, afirma Costa. 

Mas a coletânea não está lá à toa, e deve, sim, ser usada. “Trechos de meia linha, linha inteira ou linha e meia não farão estrago algum a nenhuma argumentação se devidamente creditados, com aspas ou não. Mais do que isso, ou sem o devido crédito, é pedir para ser penalizado.” 

Dados estatísticos, medidas, quantidades, números de um modo geral, nomes de instituições, de pessoas, podem e, em certos casos, devem ser copiados. A interpretação do que está em qualquer texto da coletânea – verbal ou não verbal – ou a paráfrase em forma de resumo, podem ser feitos; contudo, sempre em função da argumentação. “Parafrasear a coletânea apenas por parafrasear, para ‘encher linguiça’ ou para mostrar somente que leu e entendeu (mas não propôs nenhum diálogo) é ser incoerente”, explica Costa. 

Outra dica: o Enem voltou a enumerar os textos motivadores, mas nada de se referir a eles com expressões do tipo “de acordo com o Texto 1…” ou “segundo o Texto 2, …”. As fontes estão no rodapé de cada excerto; faz parte das habilidades esperadas do candidato a o desses créditos de maneira adequada. 

“Embora quase todas as circunstâncias levem a crer que a redação do Enem é um exercício mecânico, utilitário, a boa redação desmente esse preconceito. Ela revela um leitor proficiente e apto a produzir o melhor do mais básico dos textos escritos”, finaliza o professor.

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6 maneiras de fazer as suas leituras renderem mais

Hoje (29) é comemorado o Dia Nacional do Livro. A data foi criada em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Brasil, a primeira biblioteca do país, no Rio de Janeiro, em 1810. 

A celebração também é importante para refletirmos sobre como anda a relação do país com os livros. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural em setembro, “Retratos da Leitura no Brasil, aponta que pouco mais da metade dos brasileiros, 52%, tem hábitos de leitura. A média de livros inteiros lidos em um ano é de 4,2 por pessoa.

E você? Quantas obras leu no último ano? Se a resposta não te agradar, vale a pena se questionar sobre o motivo para deixar suas leituras de lado. Muitas vezes, as pessoas reclamam de falta de tempo ou mesmo de foco para se dedicar à atividade. Pensando nisso, GUIA separou seis dicas para aumentar a sua concentração e fazer a leitura render. 

1 – Elimine distrações

Quando começar a ler é importante se afastar de tudo que possa disputar a sua atenção. Desligue a televisão, tire as notificações do celular, tente encontrar um espaço silencioso e isolado, deixe uma garrafa de água do seu lado (para não dar a si mesmo a desculpa de que precisa interromper a leitura, porque ficou com sede e precisa ir à cozinha) e pronto: hora de se dedicar à leitura.

Interromper a atividade por estar em um lugar com pessoas conversando ou por causa da mensagem de um amigo quebra a concentração por alguns segundos, mas pode levar minutos para recuperá-la. Se isso ainda acontecer repetidas vezes, a leitura se tornará cansativa e vai parecer que ler é um grande esforço quando, na verdade, é só o cérebro confuso sobre onde depositar a atenção. 

2 – Intercale leituras

Ler um romance ou um livro de poesias, por exemplo, são experiências bem diferentes. Às vezes, você estará mais disposto a se envolver com uma história, seus personagens e conflitos. Outras, será mais relaxante ler curtas poesias que façam você refletir sobre a vida. De qualquer forma, essas vontades podem oscilar bastante, e será mais prazeroso e sua leitura irá render mais se conseguir ler o que quer naquele momento.

Por isso, uma sugestão é intercalar a leitura entre dois livros. A ideia não é que você fique saltando entre um e outro, mas que essa escolha amplie suas opções e que consiga ler o que está com vontade no dia a dia, aumentando a motivação. 

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3 – Dispositivos diferentes 

Quando for possível, outra alternativa é trocar o formato no qual você está lendo. Ou seja, por mais que prefira ler um e-book, alternar a leitura com um livro físico pode ser muito útil quando a preguiça bater e seu cérebro começar a ansiar por uma novidade. Isso pode tornar a atividade mais dinâmica e aumentar a concentração.

Mas lembre-se: tanto nessa dica quanto na anterior, a ideia não é mudar de opinião a cada parágrafo, mas sim dar opções para o seu foco. Troque, no máximo, duas vezes no mesmo dia, senão isso se tornará um hábito e uma desculpa para procrastinar a leitura.

4 – Pequenas metas

Estabelecer metas possíveis e de curto prazo estimulam a motivação e dão a disposição necessária para continuar lendo. Se estiver começando ou não tiver muito o gosto pela leitura, não tem problema definir um objetivo mais tranquilo com poucas páginas durante o dia. O importante é se manter estimulado, dedicar-se um pouco todo dia e, aos poucos, aumentar suas metas.

5 – Gerencie seus pensamentos 

Sabe quando você está no meio de um parágrafo e lembra que precisa comprar algo? Ou quando passa pela sua cabeça que leu a mensagem de um amigo e esqueceu de responder? Ou ainda que você tem um simulado importante no final de semana, mas ainda não desmarcou um outro compromisso para realizá-lo?

Essas pequenas intervenções no seu pensamento podem tornar um parágrafo infinito, repleto de divagações, cobranças e distrações. Por isso, é fundamental saber gerenciar o que você pensa e focar. Uma dica é deixar um papel e uma caneta ao seu lado durante a leitura. Se lembrar de algo muito importante, anote e já elimine aquilo do pensamento. Quando terminar a quantidade de páginas que se propôs a ler, pegue suas anotações. Um exercício interessante é observar o que anotou e tentar analisar o que realmente era crucial naquele momento e o que era apenas uma desculpa para deixar a leitura de lado.

6 – Intervalos

Por mais que estabeleça metas, crie diferentes estratégias e se prepare para focar ao máximo na leitura, algumas pausas podem ser muito úteis para aumentar sua concentração. Quando perceber que está muito disperso, agitado ou que está relendo muitas vezes um parágrafo, deixe o livro de lado, caminhe um pouco, distraia-se com outra atividade, faça um lanche ou ouça um pouco de música. A ideia é esquecer a leitura para voltar com foco total.

Mas cuidado: esses intervalos devem ser curtos e algumas atividades podem ser uma armadilha para sua concentração. Dar uma olhada nas suas redes sociais, por exemplo, pode consumir um tempo maior do que o esperado, tornando uma pausa de 5 minutos em um looping de feeds interessantíssimos que pode durar horas sem você perceber. 

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6 maneiras de fazer as suas leituras renderem mais publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br



10 BookTokers que você precisa seguir no TikTok

Que o TikTok é um sucesso, todo mundo já sabe, né? Durante a quarentena, o aplicativo bombou na web e os vídeos com dancinhas, desafios e tags viralizaram dentro e fora do aplicativo. Você sabia que há uma galera fazendo TikToks só sobre literatura? A chamada comunidade BookTok é feita, principalmente, por jovens que compartilham suas leituras, dão resenhas rápidas e espalham seu amor pelos livros por toda a rede.

<span class="hidden">–</span>Tenor/Reprodução

Um desses BookTokers, é o Tiago Valente. Ele tem 160 mil seguidores e quase 2 milhões de curtidas acumuladas em suas centenas de vídeos. Ele conta que no começo não falava sobre livros na rede, mas que foi lentamente transportando sua paixão pela literatura nos vídeos. “Fui encontrando formas de aproveitar as tendências do TikTok para falar sobre minhas leituras” diz Valente. “O número de criadores de conteúdo literário foi crescendo e fico muito feliz em ver que, hoje, o BookTok é uma comunidade bem grande, que traz opiniões e dicas de livros pra todos os gostos!”

O jovem tem alguns contos publicados e lançará um livro em 2021. A história fala sobre um garoto que dá conselhos amorosos em um podcast, mas é um desastre com seus próprios relacionamentos. Sobre o BookTok e os livros destinados ao público jovem, Valente conclui que “a literatura também pode ser vista dessa forma, mais leve, divertida e despretensiosa, sem todo aquele peso que, às vezes, parecem colocar sobre livros e sobre a própria atividade da leitura.”

O GUIA pediu pro Tiago separar 10 BookTokers para seguir no TikTok e encher o feed de conteúdos literários!

Tiago Valente (@otiagovalente)

<span class="hidden">–</span>Tiago Valente/Reprodução

O perfil do Tiago no TikTok é o exemplo do poder do BookTok. Falando para mais de 160 mil seguidores, ele compartilha suas leituras, resumos de livros, suas obras favoritas e ainda curiosidades sobre autores famosos.

 

Ivana M. Amaral (@ivamamamaral)

<span class="hidden">–</span>Ivana M. Amaral/Arquivo pessoal

Na bio da Ivana M. Amaral no TikTok, ela já anuncia seu conteúdo: “Livros, resenhas e dancinhas esporádicas”. Com muita leveza e bom humor, a jovem fala sobre seus livros favoritos e dá dicas específicas como “livros para relaxar” ou “livros para viajar sem sair de casa”.

Myreia Liduario (@myreialiduario)

<span class="hidden">–</span>Myreia Liduario/Arquivo pessoal

Esbanjando simpatia (e uma quedinha por livros de fantasia), a jovem Myreia Liduario alimenta seu perfil no TikTok com dicas de livros, unboxings, spoilers e listas de leituras do mês.

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Nanna (@livraneios)

<span class="hidden">–</span>Nanna/Arquivo pessoal

O perfil da Nana no TikTok é ideal para os fãs da literatura nacional. Sempre muito divertida, Nanna divulga autores brasileiros independentes ou que estão começando.

Jéssica Martins (@jess.martinss)

<span class="hidden">–</span>Jéssica Martins/Arquivo pessoal

Nas redes sociais da Jéssica Martins, ela já deixa bem claro que não perde a chance de ler livros “New Adult, Young Adult, LGBTQIA+, e um bom draminha básico”.  A leitora reproduz essa diversidade em seu perfil no TikTok, onde compartilha pros seus 10 mil seguidores tags de leitura, como “Personagens que conquistaram meu coração”, “Livros populares que eu não gostei”, entre outras.

Rhayssa Porto (@minhaestantecolorida)

<span class="hidden">–</span>Rhayssa Porto/Arquivo pessoal

Rayssa Porto é a responsável pelo perfil Minha Estante Colorida. A mineira fala em seu TikTok não apenas de livros, mas também de filmes, animes e seu entusiasmo por bonecos colecionáveis e figuras de ação. Uma boa pedida para quer um conteúdo mais abrangente.

 

Nadson Oliveira (@oliveroliver18)

<span class="hidden">–</span>Nadson Oliveira/Arquivo pessoal

Além de produzir conteúdo literário no TikTok, Nadson Oliveira também é autor e já escreveu obras na plataforma Wattpad. Em seu perfil no BookTok, ele compartilha, entre outros, vídeos com muito humor encenando situações corriqueiras na vida dos amantes dos livros, como as perguntas “Mas vai comprar mais um livro?” e “Por que você tá lendo o livro, se tem o filme?”.

Richard Fasolak (@richardfasolak1)

<span class="hidden">–</span>Richard Fasolak/Reprodução

O natalense Richard Fasolak tem mais de 35 mil seguidores em seu perfil no TikTok e por lá, além de dar dicas de leitura e responder tags literárias, reproduz cenas de livros populares como os da trilogia A Seleção, de Kiera Cass, e a saga Percy Jackson, de Rick Riordan. 

Jota Ve (@jvalberghini)

<span class="hidden">–</span>Jota Ve/Arquivo pessoal

A bio do Jota Ve no TikTok já diz tudo: “sim, eu sou um nerd, como percebeu??”. O perfil do jovem publica vídeos falando sobre seus livros e autores favoritos, adaptações para o cinema e ainda comenta algumas polêmicas do mundo literário, como o caso da autora J.K Rowling – tudo com muito bom humor.

Beatriz Villar (@itsbooks)

<span class="hidden">–</span>Beatriz Villar/Reprodução

A leitora Beatriz Villar já tem um livro de fantasia publicado e posta em seu TikTok, que tem mais de 23 mil seguidores,  suas leituras, idas à livraria e memes literários. A jovem se declara da Sonserina, do Chalé 1 e do Distrito 2!

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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Como o resultado das eleições nos EUA afeta o mundo

Os eleitores americanos têm até terça-feira (3) para escolher o ocupante da Casa Branca pelos próximos quatro anos. Lá, diferentemente do Brasil, é possível votar antecipadamente e até enviar o voto por correio – o que vem gerando debate sobre possíveis fraudes e dúvidas sobre quanto tempo vai demorar a contagem por lá. Não há dúvidas de que o mundo todo estará esperando ansiosamente o resultado. Se o republicano Donald Trump será reeleito ou se o democrata Joe Biden assumirá a presidência do país, que é a maior potência global, ainda que não mais hegemônica.

O processo de eleitoral nos Estados Unidos, é bom lembrar, é diferente do do Brasil. Lá, o voto é facultativo e a eleição não é direta. Ou seja, ter a maioria dos votos da população não garante a vitória do candidato. Em 2016, a democrata Hillary Clinton teve quase 3 milhões de votos a mais do que Trump. Mas ele venceu por uma margem apertada entre os delegados. Como assim? Pois é. Cada Estado tem direito a um número de delegados (que varia conforme os representantes na Câmara) e, em todos os 50, exceto dois (Maine e Nebraska), quem ganha no voto popular, leva o voto dos delegados do Estado. O candidato que tiver maioria simples entre os delegados está eleito. O sistema, que data do século 18, tinha a intenção de reduzir o poder do voto popular (numa nação que saía do regime escravocrata) e equilibrar o poder entre Estados mais e menos populosos.

O sistema é bastante complexo e cheio de detalhes. Você ouviu falar do voto pelado na Pensilvânia? Lá é preciso colocar o voto em dois envelopes – bem vestido, portanto – para que ele seja contabilizado! E, por isso, há chance de os candidatos questionarem na Justiça o resultado. Trump já disse, por exemplo, que não se pode confiar no voto por correio, abrindo brechas para reclamações em caso de derrota. Em 2000, o democrata Al Gore chegou a pedir a recontagem dos votos na Flórida para questionar a vitória de George W. Bush, o que elevou as incertezas sobre o processo eleitoral nos Estados Unidos.

Como se o cenário já não fosse complicado o bastante, em 2016, a Rússia interferiu na campanha em favor de Trump, segundo a Justiça e o serviço de inteligência dos Estados Unidos. Houve espionagem, disseminação de fake news nas redes sociais e até organização de manifestações que pareciam espontâneas, mas eram forjadas. A desconfiança sobre o processo eleitoral americano fez com que o país deixasse de ser considerado uma democracia plena no ranking elaborado pela Economist Intelligence Unit. Desde 2016, os EUA são qualificados como uma democracia com falhas.

Desde setembro, empresas americanas como a Microsoft e serviços de inteligência dos Estados Unidos como o FBI têm alertado para uma possível intervenção de alguns países no processo eleitoral deste ano. Um relatório apresentado por um alto funcionário da inteligência norte-americana acendeu o alerta sobre Rússia, China e Irã, nações que, de acordo com o documento, podem usar “medidas para influenciar, aberta ou veladamente” o resultado das eleições. 

Agora que você já sabe mais sobre o processo eleitoral americano e toda sua complexidade, vamos te ajudar a entender as consequências dessa eleição para o mundo.  Para isso, o GUIA DO ESTUDANTE conversou com a professora e geógrafa Paula Favarato, criadora do podcast de atualidades e geopolítica Café com Mapa.

O que querem os russos com Trump 

O esforço já comprovado dos russos para intervir na eleição presidencial norte-americana de 2016 (e uma possível nova tentativa neste ano) parece sugerir, em um primeiro momento, que os russos acreditam ganhar algo com a vitória do republicano Donald Trump. Mas, na verdade, trata-se mais de uma “redução de danos”, de acordo com Paula Favarato. 

A professora afirma que o discurso anti-Rússia sempre foi mais forte entre democratas. Prova disso é que o agora candidato Joe Biden falou, em uma de suas visitas à Rússia, quando ainda era vice de Barack Obama, que Vladimir Putin deveria parar de se candidatar à presidência. O comentário foi visto como uma afronta pelo presidente russo. Por isso –  e pelo histórico de relações mais amigáveis com ex-presidentes republicanos como George W. Bush, que já recebeu Putin em sua casa – , o país oponente dos Estados Unidos durante a Guerra Fria acredita que a vitória de Trump poderia significar um discurso mais ameno e relações mais tolerantes. 

É claro que nem tudo foram flores entre os dois países. Nos últimos quatro anos,  Trump impôs diversas vezes  sanções às autoridades russas e atuou contra os interesses econômicos do país, dificultando, por exemplo, o projeto de expansão dos gasodutos russos pela Europa, como apontou o colunista do jornal Washington Post, Ishaan Tharoor. 

Ainda assim, foi mais tolerante do que possivelmente teria sido um democrata. Por isso, os russos veem em Joe Biden, mais do que em Trump, uma ameaça aos interesses do país. “Se Biden for eleito, teremos de encarar a consolidação do Ocidente em uma plataforma contra a Rússia”, afirmou Andrey Kortunov, presidente do Conselho Internacional de Assuntos Russos do Kremlin em entrevista à Bloomberg

A guerra comercial com a China

A China, outro país que aparece no relatório produzido por forças da inteligência americana, seria, segundo fontes de dentro do governo Trump, “uma ameaça muito maior do que a Rússia”, conforme publicou a BBC. Não é preciso ir muito longe para entender o porquê. Os Estados Unidos estão em guerra comercial contra a China há pelo menos três anos, com a imposição de sanções e tarifas comerciais de ambos os lados. O documento da inteligência dos Estados Unidos afirmou, também, que Pequim vê em Trump uma figura imprevisível e por isso prefere que ele não seja reeleito. 

Embora a tendência de boicote à China – que desponta como grande potência mundial já há alguns anos – anteceda a chegada de Trump à Casa Branca, a guerra comercial entre os dois países ganhou novas cores com o discurso “extremamente antiglobalização e protecionista” do presidente republicano, como explica Paula. Já os democratas evocam uma perspectiva diferente em relação à política internacional e relações comerciais, sendo mais favoráveis à globalização e, portanto, menos agressivos em relação ao avanço da China.  

O Irã e o que ele diz sobre a relação de Donald Trump com países árabes

As relações dos governos republicanos com os países árabes nunca foram amistosas, e o governo Trump fez, a seu modo, jus a essa tradição. Basta relembrar algumas medidas da Casa Branca desde 2016 para entender por que o Irã torce – e segundo a inteligência americana, atua – pela eleição de Joe Biden. 

Em um discurso exibido pela televisão estatal iraniana em janeiro deste ano, o presidente do Irã Hassan Rohani fez duras críticas ao presidente americano ao discutir a questão nuclear no país e a influência de Trump sobre os países europeus, em especial a Inglaterra. “O que Trump faz senão romper com acordos e violar a lei internacional? Não sei em que o primeiro-ministro em Londres pensa ao sugerir que nós devamos abandonar o acordo nuclear e implementar o acordo de Trump”. 

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Em 2018, depois de 15 meses no governo, Trump anunciou oficialmente o rompimento do acordo nuclear firmado entre Estados Unidos e Irã durante o mandato de Barack Obama, que havia atenuado as tensões entre os dois países, retirando as sanções econômicas e comerciais impostas ao país árabe e fazendo-o, em contrapartida, se comprometer com a redução das atividades nucleares. 

Outro acontecimento durante o mandato de Trump que desagradou o Irã e ameaçou a paz entre as duas nações foi a morte do general iraniano Qassem Soleimani durante um bombardeio ordenado pelo presidente americano. 

Por fim, Paula Favarato destaca também a postura radicalmente pró-Israel adotada pelo governo dos Estados Unidos nos últimos anos, que mais uma vez o opõe ao Irã (pró-Palestina). 

Vale lembrar, porém, que as relações dos EUA com outras nações islâmicas, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, se estreitaram sob Trump, numa tendência diferente da do Irã. Vale lembrar que, em agosto, Trump presidiu a assinatura de um acordo que normalizou as relações de Bahrein e dos Emirados com Israel que, em troca, prometeu frear a anexação de territórios palestinos.

Fora do relatório, mas dentro do jogo internacional: outros países que perdem caso Trump seja reeleito

Como nem só de Rússia, Irã e China se faz a política internacional, a professora Paula destaca ainda outros países, ou conjunto deles, que embora não estejam abertamente intervindo nas eleições americanas, torcem para que o republicano Donald Trump não seja reeleito. A União Europeia está nesse bloco. 

Alinhado ideologicamente ao primeiro-ministro Boris Johnson, Trump foi uma figura importante ao apoiar e posteriormente comemorar a saída do Reino Unido da União Europeia. O presidente americano prometeu diversas vezes ao premiê britânico uma grande aliança comercial caso este promovesse o Brexit. E já chegou a afirmar que a União Europeia é “pior do que a China”.

Por fim, outros países sofreram grandes retrocessos nas relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos durante o governo Trump, como Cuba – que começava a aproximar-se dos EUA no governo Obama – e a Venezuela. A reeleição do atual presidente significaria um isolamento e aprofundamento da crise nesses países. 

O caso paradoxal do Brasil

O Brasil não está a salvo dos efeitos negativos do posicionamento extremo de Trump contra a globalização. O alinhamento de Jair Bolsonaro com o presidente republicano, alias, já colocou o país em uma posição delicada no mercado internacional, uma vez que Trump trava um guerra comercial contra a China, a principal parceira no comércio exterior brasileiro.

Ainda assim, o Brasil está entre os países que acham que ganhariam com a reeleição do Trump, diante da forte parceira ideológica dos dois presidentes. A especialista, entrevistada pelo GUIA, explica que, com este resultado, o governo brasileiro não precisará redirecionar a política externa, de apoio incondicional.

Em julho, quando a aprovação de Trump caiu drasticamente devido à má condução do combate ao coronavírus, com um número assustador de mortes, Bolsonaro, com uma postura semelhante à do americano em relação a pandemia, expressou sua preocupação com a derrota do republicano.

Se o resultado for a favor do Partido Democrata, o cenário é bem diferente para o Brasil. O governo brasileiro continua resistente em construir uma ponte em direção a Biden, caso ele vença, como mostrou reportagem da Revista VEJA.

“Com uma troca de poder girando para democratas, a política brasileira terá que dançar como uma nova música, mas ela não é nem um pouco simpática ao governo brasileiro, tanto em termos econômicos, quanto sociais e ambientais”, afirma Paula. Se Biden chegar ao poder nos EUA, por exemplo, ele pode adotar um posicionamento mais firme em relação à devastação da Amazônia, batendo de frente com a postura negacionista do governo Bolsonaro com o meio ambiente.

Outro ponto que entra em jogo ao falar do impacto das eleições americanas é a entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), conhecido como o “clube dos países ricos”, um grande objetivo do mandato de Bolsonaro.

Para alcançá-lo, o presidente brasileiro necessita do apoio dos Estados Unidos. E com Trump no poder é mais fácil obtê-lo, como foi visto em fevereiro deste ano, quando o Departamento de Comércio americano informou a retirada do Brasil da lista de países em desenvolvimento, o que garante tratamento preferencial para o país nas negociações. Já a vitória de Biden representa a incerteza desse suporte.  

Em texto sobre o resultado das eleições nas relações comerciais e políticas no Brasil, Rodrigo Fernando Gallo, professor de Política e Relações Internacionais do Instituto Mauá de Tecnologia, faz um resumo dos dois cenários possíveis: “a vitória de Biden poderia, supostamente, aliviar essa pressão, uma vez que o democrata eventualmente cessaria a polarização com a China. No entanto, a vitória de Biden representaria o fim do acesso privilegiado que Bolsonaro e seu staff têm à Casa Branca. Então, o que podemos concluir é que, politicamente, a vitória de Trump manteria o diálogo atual do Brasil com os Estados Unidos”.

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Privatização do SUS? Entenda o decreto de Bolsonaro e o que é uma UBS

A equipe econômica está autorizada a preparar um modelo de privatização para Unidades Básicas de Saúde (UBS), segundo decreto publicado no Diário Oficial, nesta terça-feira (27).  O documento assinado pelo presidente Jair Bolsonaro prevê a “elaboração de estudos de alternativas de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de Unidades Básicas de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.

O texto fala em estruturação de projetos-piloto selecionados pela Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia. O Ministério da Fazenda disse ao jornal O Globo que o principal ponto do projeto é encontrar “soluções para a quantidade significativa de Unidades Básicas de Saúde inconclusas ou que não estão em operação no país”.

O decreto tem gerado debate e recebido críticas, já que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, a medida pode significar a privatização de uma parte primordial do sistema público de saúde do Brasil, que garante o acesso gratuito à saúde a todos brasileiros. O Conselho Nacional de Saúde classificou a iniciativa como uma ameaça à universalidade do atendimento à saúde, prevista na Constituição.

A proposta do governo ainda não está clara e passará por elaboração e, certamente, uma forte oposição de parcela da sociedade e especialistas em saúde pública – que já colocam a defesa do SUS entre os trending topics do Twitter nesta quarta-feira (28). Um dos pontos para entender melhor toda a discussão em torno do sistema público de saúde brasileiro é entender como ele funciona. O GUIA te explica!

Como funciona a rede do SUS

UBS (Unidade Básica de Saúde)

As UBSs, mais conhecidas como postos de saúde, fazem parte da estratégia da Atenção Básica – ou seja, oferece cuidados de saúde primários, com foco em prevenção de doenças e atendimento de rotina. Como já citamos aqui, as unidades básicas de saúde são a porta de entrada do SUS.

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Esses postos de atendimento dentro dos bairros e regiões próximas de onde as pessoas trabalham, estudam e vivem têm como objetivo atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais e emergências. São nas unidades básicas que os cidadãos fazem as consultas e exames de rotina, recebem acompanhamento, medicamentos e vacinas.

UPA

Já para os casos de urgências, como acidentes, fraturas, infartos e AVCs, o paciente é encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h), inserida na rede Saúde Toda Hora. Este serviço está ligado diretamente ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) – que também faz parte do SUS.

A UPA não é uma unidade de internação. A função é estabilizar o paciente e resolver, sempre que possível, os problemas de saúde que chegam até essas unidades sem necessidade de encaminhar o paciente ao pronto-socorro de um hospital.

Hospitais

O último nível de complexidade do atendimento, deve ser acionado apenas nos casos em que é realmente necessário. Hoje, por falhas no sistema básico, muitas vezes os centros de referência ou atendimento terciário, como o Hospital das Clínicas, da USP, em São Paulo, acaba recebendo pacientes que poderiam ter sido atendidos nos outros níveis do SUS. Daí a importância de boas UBSs para evitar a superlotação dos hospitais públicos, por exemplo.

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terça-feira, 27 de outubro de 2020

10 filmes com duras – e importantes – críticas sociais

Muito além do entretenimento, diversos filmes despertam reflexões sobre temas que precisam ser discutidos, como desigualdade social, racismo e violência. Assistir a certas obras pode até causar um desconforto pela força das cenas, pelas dificuldades encaradas pelos personagens ou por saber que, infelizmente, aquela realidade ultrapassa as telas e é enfrentada por boa parte da população. 

Pensando nisso, separamos dez obras que irão ajudá-lo a refletir sobre a nossa sociedade, desenvolver um pensamento mais crítico e ainda ampliar seu repertório para um melhor desempenho da hora na redação. Confira: 

Parasita (2019)

O filme sul-coreano Parasita (2019) ganhou o OscarParasita/Divulgação

Nessa obra sul-coreana conhecemos a relação entre duas famílias: os Kim, que estão desempregados, vivem em um porão em uma condição de extrema pobreza passando por diversas dificuldades; e os Park, que moram em uma luxuosa mansão. Os Kim ficam encantados com a vida da segunda família e, aos poucos, tentam se infiltrar nessa nova realidade.

Indicado a seis categorias do Oscar 2020 e vencedor de quatro, incluindo Melhor Filme, Parasita aborda a questão da desigualdade e da luta de classes oscilando entre demonstrações explícitas e sutis das diferenças sociais entre as duas famílias.

Disponível no Telecine Play, no NOW e no YouTube.

Infiltrado na Klan (2018)

<span class="hidden">–</span>Poster do filme Infiltrados na Klan do diretor Spike Lee/Divulgação

O filme se passa nos anos 70 e conta a história de Ron Stallworth, o primeiro policial negro que conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan. Ele se comunicava apenas por telefonemas e quando precisava se encontrar pessoalmente com outros membros enviava um policial branco no seu lugar.

Despertando uma série de reflexões, a obra aborda a questão do racismo em muitos momentos com humor, mas sem deixar de lado a seriedade do tema e até faz paralelos com a atualidade. 

Disponível na Amazon Prime Video, no Google Play e no YouTube.

Cafarnaum (2018)

Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2019 e elogiado por Oprah Winfrey, a obra conta a história de um menino sírio de 12 anos, Zain, que comete um crime e decide processar os pais por o terem colocado no mundo. A difícil realidade e os desafios encarados no dia a dia da criança no Líbano expõem uma infância em xeque na luta pela sobrevivência.

Disponível no Google Play e no YouTube.

Nós (2019)

<span class="hidden">–</span>Filme Nós/Divulgação

Uma família decide viajar para uma casa de praia em Santa Cruz, na Califórnia. Eles aproveitam a viagem até que um grupo misterioso com seus próprios clones começa a atacá-los. 

Mas a obra vai muito além de um filme de terror, explorando questões de privilégios, injustiças, racismo, segregação social, e se tornando um prato cheio para assistir mais de uma vez e retirar diversas teorias e analogias. 

Disponível no Telecine Play, no Google Play e no YouTube.

Você Não Estava Aqui (2019)

Aqui, o foco da obra está nas críticas ao trabalho informal e as condições às quais as pessoas são submetidas nesse tipo de atividade.

Uma família enfrenta dificuldades financeiras depois da crise de 2008. O pai começa a trabalhar em uma empresa de entregas sem um vínculo empregatício. Com o tempo, a autonomia de fazer seus próprios horários e ser “seu próprio chefe” acaba se tornando um pesadelo de turnos desumanos e sacrifícios financeiros para poder se manter no trabalho.

Disponível no Telecine Play.

Os Miseráveis (2019)

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O policial Stéphane é transferido e se junta ao esquadrão anticrime de uma região. Junto com Chris e Gwada, dois homens de métodos pouco convencionais, ele se envolve em uma trama cheia de conflitos a partir de um furto realizado por crianças da área.

O longa mostra a realidade de uma França extremamente diversa etnicamente, que não é tão explorada pelo estereótipo de outras obras. Além da desigualdade social e do racismo, vemos uma polícia despreparada que acaba incitando ainda mais as tensões.

Disponível no YouTube.

Uma Mulher Fantástica (2017)

Marina é transexual e trabalha como garçonete enquanto sonha em se tornar uma grande cantora. Mas sua vida passa por uma reviravolta quando seu namorado morre e ela, além de enfrentar a dor pela perda, torna-se suspeita de assassinato.

A obra apresenta os diversos preconceitos que a personagem encara tanto de forma velada quanto de forma explícita por ser transexual.

Disponível na Amazon Prime Video.

Coringa (2019)

<span class="hidden">–</span>Coringa/Divulgação

Indicado a 11 categorias no Oscar 2020 e levando duas estatuetas, o filme conta a história do grande inimigo de Batman. Após ser demitido de seu emprego como palhaço em uma agência, Arthur, o Coringa, comete uma série de assassinatos. Suas ações iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City.

A obra mostra as dificuldades enfrentadas pelo personagem na vida social, financeira e psicológica. Nesse contexto, existe uma forte crítica ao neoliberalismo, já que a obra provoca o espectador para questionar a falta de auxílio do estado ao personagem. Arthur responde a isso tudo com uma violência extrema que acaba sendo aclamada por uma população que só enxerga a solução para seus problemas por esse caminho.

Vale lembrar que, na época de sua estreia, apesar do sucesso de público, o filme chegou a ser criticado nas redes sociais pela violência empregada nas cenas. As discussões chegaram aos massacres com armas de fogo nos Estados Unidos – tema de extrema relevância nos dias de hoje. Muitos apontavam que o filme incitaria esse tipo de ataque. 

Disponível no Google Play e no YouTube.

O Poço (2019)

Em uma prisão vertical conhecida como Poço, dois detentos dividem uma cela em cada andar. O protagonista Goreng acorda no nível 48 com o personagem Trimagasi, que o explica que todos os dias uma plataforma com os restos de comida dos outros 47 primeiros níveis chega ao andar deles. 

Não se sabe o quão fundo é o poço, mas a cada 30 dias, os prisioneiros são realocados e podem chegar a níveis nos quais não tenham comida o suficiente, testando os limites de cada um em busca da sobrevivência.

A obra explora o lado mais egoísta do ser humano. As pessoas dos andares mais altos, mesmo sabendo que suas atitudes vão desencadear consequências mortais para quem está nos andares mais baixos, decidem deixar o coletivo de lado e comer o máximo possível. E além da crítica à sociedade, O Poço também faz provocações sobre o sistema no qual os indivíduos estão inseridos. Será que mesmo que se as pessoas cooperassem, ele seria justo com todos?

Disponível na Netflix

Nóis por Nóis (2017)

Nóis por Nóis mostra a vida de jovens que vivem na periferia e encaram no dia a dia diversos tipos de violência. E como o próprio título indica, a ideia é mostrar os sonhos e a realidade do ponto de vista deles, sem um olhar externo que os colocam apenas como vítimas ou vilões. A obra explora questões, como a violência policial, o tráfico e o questionamento do que é ou não justiça. 

Disponível no Google Play e no YouTube.

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Enem 2020: veja 13 possíveis temas de redação

Mandar bem na redação do Enem pode aumentar (e muito) as chances de ingresso na universidade, já que sozinha ela representa 1000 pontos na prova. Além de treinar a estrutura do texto cobrado, é importante estar por dentro dos debates presentes, principalmente, no cenário nacional. Eles podem te ajudar a desenvolver melhor bons argumentos e uma proposta de intervenção inteligente.

Para ajudar, conversamos com os professores de Redação e Português Fabiula Neubern, do Curso Poliedro em São José dos Campos, Thiago Braga, do Sistema de Ensino pH, Felipe Leal, do Curso Anglo, Simone F. G. Motta, do Colégio Etapa e com a Ana Cristina Campedelli e o Marcelo Lepre Maluf, da Oficina do Estudante. Eles elencaram 13 possíveis discussões que podem ser tema de redação no Enem 2020. Confira!

Internet

1) Saúde mental: Cyberbullying, depressão e suicídio 

As consequências da dependência tecnológica na saúde mental – e física também – das pessoas é um tema muito importante que tem sido debatido nos últimos anos, devido ao aumento do número de casos de depressão, ansiedade e suicídio entre os jovens.

O novo normal fortalece isso e pressupõe relações virtuais cada vez mais frequentes, alimentando uma cobrança social (aprovação por meio de likes e comentários) e estética (comparação com as imagens que usam efeitos e filtros) ainda maior. Esses problemas despontam como possibilidade de tema na medida em que sugerem fortes propostas de intervenção por parte do estudante.

Para ampliar essa discussão, vale a pena assistir o documentário da Netflix “O dilema das redes”, em que há muitas informações relevantes que podem ser usadas para discorrer sobre o assunto. O GUIA separou os principais pontos abordados pelo filme e também falou sobre como proteger a saúde mental das armadilhas das redes sociais.

2) Cultura do cancelamento 

Outro ponto atual em relação ao mundo digital, que afeta o comportamento e a saúde das pessoas, são as “políticas de cancelamento”, as quais excluem pessoas consideradas divergentes com o que se espera (ou se considera) correto para o momento. 

Já discutiu uma centena de vezes a cultura do cancelamento no Twitter mas não saberia como abordá-la em uma redação? O GUIA te explica neste texto. Além disso, abordamos especificamente o cancelamento da criadora da saga de livros Harry Potter, J.K. Rowling, acusada de transfobia, que divide a internet.

3) Combate às Fake News

A disseminação de notícias falsas é um problema nacional amplo e complexo. Sendo, assim, um prato cheio para as bancas de vestibulares na hora de escolher os temas de redação.

Como já falamos por aqui, a discussão das fake news esbarram em argumentos sobre os limites da liberdade de expressão. Então, confira neste link dicas de como argumentar e não caia em contradição.

Saúde coletiva

4) A importância do SUS para a garantia à saúde no Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) é o sistema público de saúde do Brasil. Ele proporciona o acesso universal à saúde, ou seja, todos, sem exceções, podem usar os serviços oferecidos por ele sem nenhum custo. Essa perspectiva ideológica que fundamenta o SUS é totalmente alinhada à filosofia do Enem. Dessa forma, por por si só e pela sua relevância, o direito à saúde poderia ser tema da prova de redação do Enem, mas com a pandemia, as chances aumentam.

Usando como mote a tematica da série sobre medicina da Globo, “Sob Pressão”, explicamos aqui qual é o papel e como o SUS funciona.

5) A telemedicina no Brasil

Diante da necessidade de isolamento social e a sobrecarga de atendimentos ocasionados pela crise de saúde por conta da covid-19, a telessaúde (uso das tecnologias de informação e comunicação na saúde) foi regulamentada e sancionada em meados de abril deste ano no Brasil.

Porém, as discussões em torno da telemedicina são polêmicas e antigas. Um dos principais impedimentos para a regulamentação, antes da pandemia, era a resistência de médicos e pacientes quanto à eficácia dos atendimentos. Todo esse debate anterior e a mudança urgente podem virar tema de redação.

6) A dificuldade de universalização do saneamento básico no Brasil

O saneamento básico é um problema estrutural no Brasil que afeta muito o debate sobre saúde. No país, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, quase metade da população (47% ou quase 100 milhões de pessoas) não têm esgotamento sanitário e cerca de 35 milhões não têm água potável. 

Uma das questões que pode aparecer é a privatização. Muitos planos e metas foram traçados pelas instâncias governamentais ao longo dos anos e, em 2020, o Senado federal aprovou o novo marco legal do saneamento básico. O texto prorroga o prazo para o fim dos lixões, facilita a privatização de estatais do setor e extingue o modelo atual de contrato entre municípios e empresas estaduais de água e esgoto. 

Pandemia

7) O novo normal

É inegável que a covid-19 mudou a rotina e trouxe uma realidade alterada bruscamente em função de novas condutas – éticas, sanitárias, de higiene, trabalhistas, entre outras. A redação do Enem, por exemplo, pode pedir que o aluno discuta a forma como o indivíduo se relaciona com essas novas condições.

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Entre as discussões sobre um “novo normal” após a pandemia do coronavírus, é possível ver que algumas mudanças vieram para ficar. Em live do GUIA, especial sobre coronavírus, Claudio Falcão, professor de Geografia e diretor do sistema de ensino pH, falou sobre as contradições e avanços do mundo globalizado durante a pandemia e o que podemos esperar do futuro.

 

8) Consumismo pós-pandemia

Outra possibilidade é o exame focar em uma mudança específica em decorrência da pandemia. A quarentena modificou os hábitos de consumo das pessoas que, por conta do isolamento social, não puderam mais frequentar centros de compras, tais como feiras e shoppings. Discutir esses novos hábitos e inserir uma proposta de intervenção que efetive essas mudanças sem, no entanto, “quebrar” a economia, é uma tarefa viável, embora trabalhosa.

Veja também a nossa seleção de 12 temas ligados à covid-19 que podem ser tema de redação de vestibular.

Educação

9) O ensino a distância e os desafios do uso de tecnologia na educação

Com a suspensão das aulas presenciais na quarentena, as discussões sobre o emprego da tecnologia no ambiente de ensino e aprendizagem se tornou premente. O ensino a distância, implementado às pressas e sem muito preparo, não foi capaz de conter os prejuízos em um cenário de desigualdade, com tantos alunos (e professores) sem o acesso às ferramentas necessárias, como a internet, e ao suporte emocional. No GUIA, por exemplo, abordamos sobre os impactos psicológicos do ensino remoto e como o Ensino Médio brasileiro pede atenção e reforço na volta às aulas.

Perante a importância e atualidade, os conceitos de EAD, ensino remoto, ensino híbrido e exclusão digital podem aparecer no exame. A proposta de intervenção da redação, por exemplo, pode tratar da desigualdade e defasagem que os alunos enfrentarão no pós-pandemia.

10) O aumento da evasão escolar em tempos de pandemia

No ano passado, evasão escolar já era uma aposta de tema de redação do Enem, já que o Brasil tem a terceira maior taxa de evasão escolar do mundo — são 2 milhões de crianças e adolescentes fora da escola. Com a crise mundial de saúde, o cenário fica ainda mais desolador. Pesquisas apontam a elevação nas taxas de evasão escolar dos alunos, especialmente, dos jovens e daqueles em situação de maior vulnerabilidade. Tal fato pode acarretar consequências perigosas tanto para o indivíduo quanto para a sociedade e a economia.

Meio ambiente e animais

11) Relação entre desmatamento e o surgimento de novas epidemias

Mais um tema que fica ainda mais evidente em razão da pandemia. Assim como a doença que enfrentamos atualmente, existem diversas doenças que são causadas por vírus transmitidos de animais para humanos. Segundo um estudo publicado na revista Landscape Ecology, divulgado pelo Estadão, “essas e outras patologias podem ser causadas pelo desmatamento contínuo para uso agrícola do solo ou habitação humana, aproximando animais silvestres e seus vírus das pessoas”.

Veja mais conteúdos sobre desmatamento e destruição ambiental:

12) O combate aos maus-tratos a animais

O tema é bem atual, já que, em setembro, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei 1095/2019 que aumenta a punição para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais.

Além dos animais domésticos, a discussão e problematização deve se estender aos animais silvestres. No Brasil, existe um grande tráfico de diversas espécies e os animais ficam presos em condições cruéis.

Racismo

13) A persistência do racismo estrutural no Brasil

O movimento “Black lives matter” trouxe à tona, em 2020, discussões sobre o racismo estrutural em diversos países, inclusive no Brasil.

Em agosto, o GUIA recebeu textos de leitores sobre a proposta “caminhos para combater o racismo no Brasil”. Uma das redações foi escolhida e corrigida nos padrões das correções do Enem, ao vivo, pela professora de redação Ana Paula Severiano. No vídeo, ela falou sobre a estrutura de texto cobrada no exame e deu dicas para conseguir uma nota alta na prova.

Prepare-se para o Enem sem sair de casa. Assine o Curso Enem do GUIA DO ESTUDANTE e tenha acesso a centenas de videoaulas com professores do Poliedro, que é recordista em aprovações na Medicina da USP Pinheiros.

 

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Enem 2020: veja 13 possíveis temas de redação publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br