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sábado, 24 de outubro de 2020

‘Os 7 de Chicago’: entenda debate histórico e atual do filme da Netflix

Um dos filmes mais aguardados do ano pela crítica, Os 7 de Chicago  foi lançada nesta sexta-feira (16) na Netflix . A trama gira em torno do julgamento de sete líderes de movimentos sociais que foram presos e acusados pelo governo americano de conspiração e incitação à violência, em 1968. 

O longa do diretor Aaron Sorkin é uma aula sobre História americana. GUIA apresenta alguns pontos da obra que podem ser utilizados como referência nas redações e vestibulares.

Anos 60

O filme é ambientado em 1968, ano de marcos importantes: morte de Martin Luther King, assassinato do presidente Robert F. Kennedy, Guerra do Vietnã e a intensificação da luta pelos direitos civis.

Após a morte de John Kennedy,  Lyndon Johnson assumiu a presidência. Grande parte dos americanos estavam posicionados contra a permanência das tropas americanas na guerra do Vietnã. Por essa causa em comum, grupos distintos se uniam nas ruas para protestar: hippies, uniões estudantis, negros, mulheres. A popularidade de Johnson estava em queda. 

Durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, em Chicago, manifestantes entram em confronto com a polícia.  Oito pessoas foram detidas: Abbie Hoffman, Jerry Rubin, David Dellinger, Tom Hayden, Rennie Davis, John Froines e Lee Weiner. Os dois primeiros são os protagonistas no filme,  interpretados respectivamente por Sacha Baron Cohen e Jeremy Strong. O julgamento dessas lideranças teve grande repercussão pública e durou quase cinco meses, de setembro de 1969 a fevereiro de 1970. 

Como relacionar o filme e a atualidade?

Durante o julgamento, o filme reproduz os gritos que marcaram a época: “o mundo inteiro está assistindo”. Não é difícil associar com os protestos por justiça racial do Black Lives Matter, em 2020

Racismo

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A criminalização da população negra e o racismo institucional – no caso do filme, por parte da própria Justiça federal  – são retratados com intensidade. O movimento dos Panteras Negras é representado pela figura de Bobby Seale.

Juiz do caso, Hoffman ordenou que Seale fosse amarrado em uma cadeira e o amordaçado. Além do filme da Netflix, a arbitrariedade contra Seale é narrada em detalhes no livro “Seize the Time

Violência policial

No filme, policiais tiram seus crachás de oficiais antes de cometer atos violentos contra manifestantes. Na história real de Chicago, o prefeito da cidade, Richard J. Daley, ordenou à polícia “que atirasse para matar em qualquer pessoa com um coquetel molotov ou algo semelhante na mão”. A fala ficou famosa entre os americanos como símbolo de impunidade de agentes públicos.

Em 2020, o estrangulamento do ex-segurança negro George Floyd por um policial em frente às câmeras de celular expôs a violência institucionalizada de policiais americanos. O ex-policial Derek Chauvin ficou por 8 minutos com o joelho no pescoço de Floyd. Chauvin foi preso, mas ganhou liberdade condicional após o pagamento de multa de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,6 milhões), segundo documentos da Justiça dos Estados Unidos. O caso foi o estopim do movimento Black Lives Matter por justiça racial em várias partes do mundo.

 

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