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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Morrer de calor? Entenda o alerta de hipertermia do Inmet

O mês de setembro foi considerado pelo Serviço Copérnico contra a Mudança Climática da União Europeia o mais quente da história em todo o mundo. Segundo o anúncio da instituição feito nesta terça-feira (7), 2020 pode bater o recorde do ano com as temperaturas mais altas já registradas, título que até momento pertence a 2016.

No Brasil, todo o território enfrenta uma forte onda de calor intenso, mas a atenção deve ser redobrada para os moradores das regiões do Centro-Oeste e Sudeste. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há alerta de “morte por hipertermia” para boa parte de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Distrito Federal e do norte do estado de São Paulo. Hipertermia, como o nome diz, é quando a temperatura corporal sobe descontroladamente, numa febre alta, ou quando o corpo absorve mais calor do que consegue dissipar. Dependendo da localidade, o alerta é válido até quinta-feira (8) ou sexta-feira (9).

É possível morrer de calor?

De acordo com o Inmet, as temperaturas poderão estar até 5º C mais quentes do que a média para o período, gerando risco até para a saúde humana (já há casos de morte de animais por causa do calor). Em entrevista ao portal G1, o meteorologista do Inmet Olivio Bahia explica que, mesmo para um país tropical, o risco não deve ser ignorado. “No Brasil não é comum, mas sabemos que o corpo humano sente. Essas mortes provocadas pelas ondas de calor são mais frequentes na Europa”, explica.

O organismo está o tempo todo buscando equilíbrio térmico e, para tal tarefa, realiza constantemente trocas de calor para manter a temperatura ideal – que, no caso dos seres humanos, está em torno de 37º C – num processo de radiação térmica. As ondas de calor se propagam por ondas eletromagnéticas que se movem até no vácuo e não precisam de contato direto com a fonte para trocar energia. Desse modo, o corpo absorve a energia propagada pelas ondas e a dissipa, também irradiando calor. Quanto mais alta a temperatura, mais difícil é, para o corpo, dar conta de dissipar todo o calor absorvido.

Para entender a hipertermia é possível observar o seu conceito inverso, a hipotermia. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), ela ocorre quando a temperatura corporal desce para menos de 35º C. O fenômeno geralmente é causado por uma extensa exposição ao frio, à chuva, ao vento, à neve ou ainda à água fria.

<span class="hidden">–</span>Tenor/Reprodução

A hipertermia seria, dessa forma, a longa exposição a altas temperaturas, provocando um aumento na temperatura central do organismo. Com os termômetros facilmente atingindo a casa dos 40º C, a preocupação deve ser redobrada, sobretudo, com crianças e idosos.A médica Ana Sodré, em entrevista ao jornal O Globo, explica como o processo é encarado pelo corpo.

“Nosso organismo é programado para funcionar numa faixa de temperatura. Quando a temperatura aumenta por causa de febre (quando há agente infeccioso) ou por hipertermia, as proteínas e enzimas do corpo se desnaturam, ou seja, perdem a sua forma, e também a sua função. Mesmo que o corpo chegue a 39°C, ele ainda funciona, pois nosso mecanismo regulador consegue diminuir a temperatura. Quando alcança 40°C, pode levar ao coma e, com 42°C, a pessoa morre.”

Como se proteger?

Ficar por muito tempo em ambientes fechados, sem circulação de ar, também pode provocar hipertermia. Segundo as recomendações do Inmet, é preciso dar preferência a ambientes arejados, com janelas e portas abertas, usar roupas leves, se hidratar frequentemente e evitar se expor ao sol das 10h às 17h. Segundo a Ana Sodré, os principais sintomas da hipertermia são:

  • a interrupção da sudorese depois de suar intensamente – pela falta de líquido no corpo;
  • aceleração dos batimentos cardíacos;
  • sede em excesso;
  • tontura;
  • sensação de queda de pressão e, em alguns casos, desmaio.

    Em caso de emergência, o Inmet recomenda que contate imediatamente a Defesa Civil, no número 199.

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