O programa “Profissão Repórter”, da TV Globo, desta quarta-feira (1º) mostrou como a saída dos médicos cubanos afetou o programa Mais Médicos e a população de três regiões do país.
A saída dos profissionais ocorreu em novembro do ano passado depois que o presidente Jair Bolsonaro criticou os termos do acordo com o governo de Cuba, que considerou as declarações “ameaçadoras e depreciativas”.
Os repórteres comandados pelo jornalista Caco Barcelos visitaram as cidades de Itaituba, no oeste do Pará, Monsenhor Tabosa, no sertão cearaense, e Ajuricaba, no interior do Rio Grande do Sul.
Em todas elas o cenário é o mesmo: falta médico para atender a população. Nem os três editais lançados pelo governo foi o suficiente para preencher as 8.517 vagas deixadas pela saída dos médicos cubanos.
Pouco mais de 7.100 vagas foram preenchidas por médicos formados no Brasil, Até o início de abril deste ano, 1.052 médicos brasileiros desistiram do programa.
Alguns destes profissionais permaneceram no país. É o caso de Humberto Soto Armand, médico cubano com 22 anos de experiência, clínico geral, especializado em endoscopia e gastroenterologia, que para sobreviver vende espetinhos em um bar de Itaituba.
Já os moradores da cearense Monsenhor Tabosa estão sem médico nas comunidades há seis meses. “A doutora Viviane, médica cubana, ia uma vez ao mês”, conta uma moradora.
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