O ministro da Saúde, Nelson Teich, ficou sabendo, nesta segunda-feira, 11, através da imprensa que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia tornado atividades essenciais, academias, barbearias e salões de beleza e com isso autorizado a reabertura desses estabelecimentos, no mesmo dia em que o país chegou em 11.519 mortes causadas pelo novo coronavírus.
Durante coletiva realizada no Palácio do Planalto, Teich demonstrou estar confuso e ficou com um olhar perdido ao ser questionado por um jornalista sobre a decisão de Bolsonaro. O ministro da Saúde então disse: “Isso aí saiu hoje?” e ao receber a confirmação, se virou para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, que demonstrou também não estar ciente da decisão.
O ministro então confirmou que a medida não passou pelo Ministério da Saúde, nem na condição de consulta , mas tentou amenizar a ação do presidente dizendo que “não é atribuição nossa”.
Mano, o Ministro da Saúde sendo informado pela imprensa de que o Presidente definiu salão de cabeleireiros e a academia como serviço essencial pic.twitter.com/85gO5qC9vq
— Samuel (@SamPancher) May 11, 2020
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A medida ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Se confirmada, a decisão de Bolsonaro – que é declaradamente contra a quarentena – pode ser interpretada como uma forma de driblar a única medida eficaz no combate ao coronavírus, o isolamento social. Pois ao reabrir academias, salões e barbearias, o presidente incentiva o retorno ao trabalho daqueles que não exercem atividades tradicionalmente essenciais, de forma legal, passando por cima do determinado por prefeitos e governadores.
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Teich fica constrangido ao descobrir decisão de Bolsonaro pela imprensa publicado primeiro em https://catracalivre.com.br
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