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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Jovem encontra forma simples para impedir ataques de pânico da namorada

Uma usuária do Tumblr dividiu com os seu seguidores uma técnica simples que seu namorado utilizou para ajudá-la a lidar com os ataques de pânico que sofria. Ela contou que estava prestes a passar por mais uma crise quando ele sugeriu a ela que colocasse um cubo de gelo na boca. Apesar de estranhar inicialmente, ela seguiu a orientação e disse que a tática funcionou.

A explicação que o namorado deu a ela é que a sensação fria na boca tiraria sua atenção da situação ansiosa que ela estava vivenciando, a trazendo de volta ao mundo físico e à realidade.

Cubos de gelo tiram o foco das sensações físicas desconfortáveis durante o ataque de pânico

Durante os ataques de pânico, a ansiedade fica muito elevada e a tendência é a pessoa prestar demasiada atenção aos sintomas físicos que vão aparecendo, como palpitações cardíacas, sudorese e falta de ar. Por isso, desviar o foco em situações assim podem funcionar, segundo a psicóloga clínica Gabriela Lumi, da Flows Psicologia.

“Essa técnica que essa pessoa criou pode gerar nela uma distração do foco das reações corporais que o ataque de pânico causa, diminuindo então essa sensação do pânico e normalizando os batimentos e as demais sensações” explica.

A tática, segundo a especialista, é parecida com uma usada em casos de pacientes que se mutilam. Só que nesse caso específico, a pessoa segura um cubo de gelo para que haja um foco de dor e liberação de neurotransmissores. “Na prática, ajuda a pessoa a regular a emoção intensa, pois o gelo causa dor, mas sem lesionar a pessoa. Portanto, ocorre uma mudança fisiológica nela.”

Ataque de pânico

O ataque de pânico é um transtorno de ansiedade que se caracteriza por episódios inesperados, em que a pessoa pode experimentar um sentimento intenso de medo. Esses episódios podem ser acompanhados por sintomas físicos, como palpitações cardíacas, sudorese e falta de ar, além de visões distorcidas da realidade.

Segundo estatísticas, esse transtorno é mais comum entre as mulheres e também entre os jovens, com idades entre 15 e 30 anos.

Acredita-se que que uma combinação de fatores pode estar associada aos ataques de pânico, entre eles, a predisposição genética, histórico de traumas, efeito colateral de medicamentos e acúmulo de tensões.

O ataque de pânico não é necessariamente a mesma coisa que síndrome de pânico. O primeiro é um evento único, que pode ocorrer esporadicamente. Já a síndrome do pânico é quando há ocorrência de ataques repetidos.

A psicoterapia e, em alguns casos, os medicamentos podem ajudar pacientes que enfrentam crise de ansiedade e de ataques de pânico. Além disso, existem outras maneiras simples e emergenciais que também podem ser úteis em algumas situações. Veja abaixo:

Outras dicas contra ataques de pânico

  • Respirar lenta e profundamente
  • Se refugiar em um local tranquilo, longe de multidão e muito barulho
  • Usar a técnica Grounding, que consiste em focar na respiração e identificar:5 coisas que você pode ver;
    4 coisas que pode tocar;
    3 coisas que você pode ouvir;
    duas coisas que você pode cheirar;
    1 coisa que você sentir gosto.

Veja também: Como amenizar ansiedade coletiva da quarentena, de acordo com psicólogas

Veja também: Terapia e acolhimento: serviços de ajuda para usar na quarentena

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