A 43ª Ocupação Itaú Cultural percorre a vida e obra de Manoel de Barros (1916-2014), poeta que capturou a grandeza das pequenas coisas. Fotografias, vídeos, manuscritos e uma boa dose de peraltagem com a língua portuguesa são algumas das ferramentas que reconstroem os caminhos do homem que permaneceu menino até a velhice.
Manoel era conhecido por brincar com a norma culta da língua e monumentava as coisas e seres (o humano, inclusive) desprezados por uma sociedade focada na velocidade, no consumo, no descarte. “O que é bom para o lixo é bom para a poesia”, escreveu ele em “Matéria de Poesia” (1970).
Seus mais de 70 anos dedicados aos versos formam o chão de um quintal que é, sim, maior do que o mundo: na terra de Manoel, andarilhos e pobres-diabos são reis; formiga, pedra e lata são matéria de poesia.
Além da mostra com o acervo pessoal do poeta, o programa deu origem a uma publicação impressa, distribuída gratuitamente na recepção do instituto, e a uma série de conteúdos online, como entrevistas em vídeo com parentes e colegas de Manoel de Barros.
A Ocupação Manoel de Barros tem abertura no dia 13 de fevereiro e fica em cartaz até 7 de abril. O Itaú Cultural fica aberto para visitas de terça a sexta, das 9h às 20h, e de sábado, domingo e feriado, das 11h às 20h. Toda a exposição é gratuita.
Assista ao documentário Só Dez Por Cento é Mentira, sobre Manoel de Barros:
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Manoel de Barros é homenageado em ocupação no Itaú Cultural publicado primeiro em https://catracalivre.com.br
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