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terça-feira, 30 de abril de 2019

Projeto inédito está despoluindo principal baía de Florianópolis

Ao pensar em Florianópolis, você deve automaticamente projetar a imagem da ponte Hercílio Luz ou da bela Lagoa da Conceição. Mas há um ponto igualmente famoso na querida Floripa, que é palco para a principal festa de fim de ano, o cartão-postal Beira-Mar Norte. É nesta baía de quase 4 km que a Prefeitura de Florianópolis junto com a concessionária de água da cidade construiu um projeto audacioso: despoluir o mar, que há mais de 40 anos está impróprio para banho.

Estação de tratamento

Apesar de atrair um grande público para um passeio, uma volta de bike ou patinete, ou a prática de esportes como voleibol, o mar seguiu durante anos sendo castigado por conta da poluição de ligações irregulares na rede de drenagem. Tratava-se de um triste incômodo para a cidade que é conhecida por suas mais de 40 praias balneáveis, paradisíacas. E logo ali, no coração da Ilha, no ponto mais caro para se morar e um dos mais visitados da cidade, um mar azul, mas impróprio para um refrescante mergulho.

Depois de promessas de ação do poder público e planos frágeis tecnicamente durante décadas, técnicos da Casan, companhia de água e esgoto de Florianópolis, foram estudar o assunto a pedido do novo prefeito Gean Loureiro. E a solução veio de um modelo bem sucedido na Califórnia (EUA), adaptada para a realidade da Beira-Mar Norte. O projeto em si traz o caráter de inovação e ineditismo em defesa do meio ambiente, devolve a área mais democrática da Capital à população e recupera um cartão-postal do Estado de Santa Catarina. Afinal, desde que virou aterro para construção da Avenida Beira-mar Norte, na década de 60, as pessoas sonham com esse momento.

A obra é a primeira do país que pretende recuperar a balneabilidade de uma praia contaminada tratando a contaminação que chega pelas redes de drenagem. Instalada há pouco mais de um mês, a Unidade de Recuperação Ambiental (URA) está em pleno funcionamento e executa o mesmo processo físico-químico de uma estação de tratamento de esgoto/água, com a diferença de ser ligada em quinze pontos da rede pluvial, distribuídos em 3,5 quilômetros. A cada hora, a URA transforma 216 mil litros de esgoto em água em três etapas de despoluição e a devolve limpa ao mar.

“Esse sistema é inédito no Brasil e foi inspirado no processo que limpou a praia de Santa Mônica, na Califórnia”, esclarece o engenheiro responsável, Pery Fornari Filho.

De acordo com o superintendente regional da Casan, Pedro Joel Horstmann, são coletadas amostras de água em quatro locais, sendo realizadas medições nas distâncias de 200 e 500 metros da areia. “As mudanças já aparecem nas análises, mas o mais interessante é ouvir as pessoas comentando que sentem diferença no cheiro da avenida”, comenta Horstmann.

E não é só a população local que ganhará ainda mais qualidade de vida. Além do meio ambiente, outra área que vai ser impactada positivamente será o trade turístico da região, que após apresentar uma melhor qualidade de vida, será capaz de atrair ainda mais a comunidade do entorno e turistas, aumentando, portanto, o fluxo naquela região.

O esporte ao ar livre é uma das boas opções de lazer na cidade

“O sonho de uma Beira-mar Norte despoluída vai além da possibilidade do tão esperado banho de mar. A balneabilidade trará, junto com ela, o resgate da relação da cidade com o seu velho amigo. Tenho muito orgulho como manezinho e como Prefeito de colocar em prática esse projeto e agora proporcionar essa experiência para a população. Não só pelo fato de entregar a obra em tão pouco tempo (um ano), mas também pela questão histórica das pessoas acharem que era um feito impossível”, afirma o Prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro.

A previsão é de que o sonho se torne realidade ainda no segundo semestre de 2019.

Em paralelo ao processo, a Prefeitura está trabalhando no projeto para execução do alargamento da faixa de areia do local, que também vai fomentar a ocupação do local e proporcionar ainda mais opção de lazer, visto que não existe uma cidade viva sem áreas de lazer. Quando não se tem opções para que uma sociedade cresça e se desenvolva, os problemas sociais começam a se proliferar. Com mais essa área, tanto a comunidade quanto os turistas terão a chance de se encontrar em um local ainda melhor, mais saudável e propício a troca cultural.

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