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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Sozinha na Guarda do Embaú: uma trip cheia de belezas e mistério

Peguei um ônibus comum na Estação Palhoça, localizada na cidade do mesmo nome, em Santa Catarina. Fazia um dia lindo de sol e eu estava animada para chegar no meu próximo destino, a Guarda do Embaú, onde pretendia passar cerca de 20 dias.

O ônibus saiu do centro e pegou a estrada. Da janela, observei que o cenário urbano ia ficando para trás e dando espaço para a natureza. Confesso que após uns 20 minutos, comecei a ficar um pouco apreensiva.

<img title="Guarda_do_embau" data-portal-copyright="Tolvo/Wikimedia Commons” class=”size-large wp-image-1778686″ src=”https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2019/04/guarda-do-embau-910×683.jpg&#8221; alt=”Pequena comunidade de pescadores que a partir do início da década de 70 foi descoberta pelos surfistas” width=”910″ height=”683″ srcset=”https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2019/04/guarda-do-embau-910×683.jpg 910w, https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2019/04/guarda-do-embau-450×338.jpg 450w, https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2019/04/guarda-do-embau-768×576.jpg 768w” sizes=”(max-width: 910px) 100vw, 910px” />

Era mata que não acabava mais.

Comecei a pensar que não conseguiria descer no ponto correto. Mas foi tranquilo, conversei com o motorista e ele me ajudou.  A viagem durou, mais ou menos, 40 minutos e finalmente cheguei no meu destino. Valeu a pena. A Guarda do Embaú foi, de fato, um achado. A ideia era ficar ali por cerca de 20 dias.

Eu trabalharia produzindo conteúdo sobre as histórias da região, em troca de hospedagem, para uma pousada. Pois é. Pausa sobre a pousada. A hospedagem não ajudou muito e decidi voltar antes, mas, este artigo, não é sobre isso.

<img title="Guarda_do_embau" data-portal-copyright=" LíviaBuhring</a

É sobre a Guarda do Embaú, suas belezas e ministério

Após dois dias, me dei conta que a região era pequena e que poderia visitar todos os pontos em um curto período. Também percebi que era um lugar de paz. Mas preciso deixar claro que tive esta impressão, pois estava lá em baixa temporada. Não havia quase turistas, apenas locais. Soube que em alta temporada há uma superlotação e a paz desaparece.

A Guarda pode ser um local perfeito para quem procura uma região pequena e com lindas paisagens. Por lá, o mar é cortado pelo Rio da Madre. Um cenário incrível. No Rio, você observa diversos barquinhos ancorados. Seguindo o horizonte, você avista a praia. Quando o mar está baixo, é possível ir até lá caminhando pelo rio. No entanto, com a maré cheia a recomendação é pagar para ir de barco.

Rio da Madre. Impressionante, não?

A Guarda ainda conta com um centrinho. É pequeno, mas muito charmoso. Há bares, mercados, restaurantes. De noite, é muito prazeroso tomar uma cerveja e depois ir até o rio e observar a lua.

Além disso, próximo ao centro há a entrada para a Trilha do Urubu. A caminhada dura cerca de 20 minutos, em meio a mata fechada, mas vale a pena. No topo, que fica a 130 metros de altitude, há duas pedras de onde é possível ter uma vista panorâmica no litoral catarinense. Em um dia de sol, o cenário é do mar, com águas azuladas, que entra em contraste com a areia clara e com as curvas do rio.

Vista do topo da trilha

Outro lugar fantástico para visitar, que não tive a chance, mas foi muito recomendado, é o Vale da Utopia. Ele recebeu este nome, segundo locais, por um artista que viveu lá em uma caverna por 26 anos. O Vale fica localizado entre as montanhas e dizem que oferece um cenário de filme. Por lá, é possível acampar tranquilamente. Por isso, fica a dica.

O mistério da Guarda

Ok, já sei que vocês querem saber sobre o ministério, né? Então, vamos lá. Durante meu tempo viajando sozinha pela Guarda do Embaú, conversei com os moradores descobri algumas histórias interessantes.

O nome Guarda do Embaú, por exemplo, não é por acaso. Significa “guardado em baú” e surgiu por conta de uma história entre piratas e jesuítas (uma loucura), que para alguns é lendas e para outros não.

Segundo seu Ary Thomé de Souza, um dos moradores mais velhos da região, no século 17, os padres jesuítas iniciaram uma missão para doutrinar os indígenas que viviam na Ilha de Florianópolis.

Praia da Guarda Do Embaú

Só que antes de chegar ao destino, os padres eram surpreendidos por piratas que ficam na espreita e prontos para roubar os navegantes. Pensando em salvar seus tesouros, eles paravam na Guarda para enterrar os baús de ouro.

Os anos passaram e muitas histórias surgiram deste suposto acontecimento. Dizem que até hoje há baús de tesouros escondidos na Guarda e que muitas pessoas iniciaram a caçada por eles.

Ouvi a história e fique tentada, mas logo desanimei, pois seu Ary me alertou que é bom nem tentar procurar. Ele soube de pessoas que encontraram um baú e, em seguida, todos da família morreram. Seu Ary é categórico em dizer que “são tesouros amaldiçoados”.

Se é verdade, eu não sei. O que sei é que viajar sozinha para a Guarda do Embaú foi uma experiência incrível. Os poucos dias por lá foram de belezas encantadoras, conversas com locais acolhedores e histórias misteriosas.

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