Nas redes sociais, está circulando um print de uma capa do jornal Correio da Manhã, de 12 de agosto de 1937, à época da Segunda Guerra Mundial, que comprova que o italiano Benito Mussolini (1883 – 1945), líder do Partido Nacional Fascista, tem muito mais em comum com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) do que a gente imaginava.
O jornal estampava em sua capa a seguinte fala do fascista Mussolini: “um povo armado é forte e livre”. A reportagem relatava um discurso para cem mil italianos feito na Sicília — uma fala “entrecortada por delirantes aplausos”. Tal pensamento está em total congruência com a do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
Durante a reunião ministerial de abril, em que Bolsonaro admite querer interferir no comando da Polícia Federal, o presidente afirma que quer armar o povo para “evitar uma ditadura”.
“Um puta de um recado para esses bostas: estou armando o povo porque não quero uma ditadura, não dá para segurar mais. (…) Por isso que eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme! Que é a garantia que não vai um filho da puta aparecer pra impor uma ditadura aqui!”, disse Bolsonaro.
É importante ressaltar que a prática de armar a população é bastante característica de regimes ditatoriais. Em 2006, Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela, falou ao povo, depois de comprar milhares de fuzis russos: “A Venezuela precisa ter 1 milhão de homens e mulheres bem equipados e bem armados. (…) Os gringos querem nos desarmar. Temos de defender nossa pátria”.
Hugo Chávez, Benito Mussolini, Jair Bolsonaro, em seus discursos, têm muito mais em comum do que imaginávamos, não é mesmo?!
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