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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Blogueira acusa escritor best-seller Fred Elboni de agressão

Suzanne Riediger entrou para a lista de vítimas de violência que desabafou nas redes sociais. A blogueira publicou em seu perfil no Instagram, na noite da última terça-feira, 30, que o ex-namorado, o escritor Fred Elboni, teria a agredido na época em que eles estavam juntos. A moça afirmou que ele quase teria a jogado da janela do 10º andar do prédio onde estavam.

Suzanne Riediger disse que foi agredida por Fred Elboni quando ele estava bêbado

“Diariamente eu colho muitos frutos por ter sido agredida… você não imagina! Não seja a mulher que luta contra uma causa em que as mulheres estão lutando por você também. Se eu estou contando o meu sofrimento é para não querer que você um dia precise viver isso. Eu nunca falei o seu nome, Fred Elboni, mas agora que você se pronunciou e mentiu, infelizmente vou ter que te responder. Me desculpem ter que decepciona-las. E pode me chamar pelo nome, Suzanne. Não sou só sua ex-namorada. Eu tenho nome”, iniciou ela.

Para quem não sabe, em outubro de 2019, Suzanne publicou um vídeo contando os detalhes da agressão, mas não revelou o nome do agressor. Na época, ela descreveu que Fred estava dormindo quando a acordou com chutes e pontapés.

“Era Carnaval, fomos a uma festa e ‘essa pessoa’ tinha o costume de beber mais do que deveria e assim o fez. Voltamos para o apartamento, deitei do lado para dormir e, do nada, ele acordou me chutando para fora da cama, demorei para acordar tentando entender o que estava acontecendo e saí correndo do quarto, fui para a sala, ele me pegava, até que eu consegui ir para o banheiro, tentei me trancar ali, mas ele me puxou, deixou meus braços machucados e tinha o objetivo de me jogar da janela. Era isso que ele queria fazer”, narrou.

“Inevitavelmente você se sente culpada e se pergunta ‘o que eu fiz?’. Nunca existe motivo para agressão física. No outro dia voltamos para a nossa cidade, acredito que ele tenha voltado à realidade e isso tudo foi muito complicado. Fomos fazer terapia para tentar entender e o psicólogo disse que ‘ele estava muito estressado, bebeu, algo ativou no cérebro e precisava descontar em algo. A Suh estava ali do seu lado’”, completou.

Assim que soube das acusações, Fred também gravou um vídeo se defendendo e garantindo que não agrediu Suzanne.

“Ela fala que eu tinha apertado o braço dela durante a noite, chacoalhado e eu fiquei assustado porque eu não lembrava, como qualquer pessoa ficaria. (…) Demorei muito para voltar a tocar nela e o que me traz muita paz é que nós conversamos muito, ela me olhava nos olhos e dizia que ‘eu sei que não aconteceu nada, já tive agressões no passado e sei que foi durante a noite, sem vontade de fazer aquilo’. Voltei a sentir paz comigo de novo. (…) Ficamos por mais um ano e meio juntos ainda, viajando, ficando juntos e todo mundo viu o quanto nossa alegria era genuína”, disse.

O escritor pediu desculpas, mas disse que em nenhum momento a ex mencionou o fato de ele ter tentado joga-la da janela do prédio.

“Resolvi terminar o relacionamento no começo de agosto de 2019, sempre conversávamos sobre isso e o término foi normal. Peguei um avião até Santa Catarina (eu morava em São Paulo) e fui até o sul para resolver essa história. Me despedi dos pais dela porque eu queria viver mais minha vida em São Paulo e ela queria estar no sul com as filhas dela. Isso sempre foi conversado durante esse ano. Ao voltar para a capital paulista, fui fazer minhas coisas e, dois meses após o término, ela postou o vídeo dizendo que eu tentei jogá-la do 10º andar. A questão é que isso nunca foi falado enquanto estávamos no psicólogo, tenho provas disso e [ter apertado o braço dela] nunca foi uma dúvida, mas um fato. Foi uma surpresa [saber sobre jogar da janela]! ‘Eu estava com uma imagem [na cabeça] de que tinha apertado o braço dela, mas agora tentei te jogar do prédio! Mas você não falou isso comigo. O que aconteceu?’ Acaba se criando uma imagem de algo que não aconteceu. Agora a história mudou e fica difícil de entender”, argumentou.

Por fim, Fred disse que se lembra perfeitamente de como os dois conversaram sobre o assunto: “Repito: te peço desculpas. Eu achei que era algo que tínhamos resolvidos juntos e algo tão íntimo que, quando aberto ao público, abrimos para várias interpretações diferentes. Pessoas começaram a me atacar com coisas que não são reais e o que era uma situção ‘x’ acaba virando algo maior […]”.

Assista aos relatos completos abaixo:

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Tipos de violência contra a mulher:

1. Violência Física
Causa danos ao corpo da vítima, os danos podem ser causados através de socos, tapas, chutes, amarrações, etc. Em 2006 foi criada a Lei Maria da Penha que tem o propósito de diminuir a violência doméstica e familiar contra a mulher. São registradas mais de 50 ligações por dia, mas é de conhecimento que o número de casos de violência física contra a mulher é muito maior e que muitas acabam não denunciando seus agressores por medo e por vergonha.

2. Violência Psicológica

Continue lendo aqui: Violência contra a mulher: conheça os tipos e como denunciar

Campanha #ElaNãoPediu

Nenhuma mulher “pede” para apanhar. A culpa nunca é da vítima. A campanha #ElaNãoPediu, da Catraca Livre, tem como objetivo fortalecer o enfrentamento da violência doméstica no Brasil, por meio de conteúdos e também ao facilitar o acesso à rede de apoio existente, potencializando iniciativas reconhecidas.

Veja também: Denúncias de violência contra mulher aumentam 400% em aplicativo

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