Até pouquíssimo tempo, Sérgio Moro era visto por muita gente – eu, inclusive, confesso – como um herói contra a corrupção por causa de sua atuação na Lava Jato.
Foi essa a imagem que levou para o Ministério da Justiça: o homem sem medo de enfrentar a corrupção, arriscando a própria vida.
Já se especulava até mesmo que ele seria o próximo candidato a presidente.
Mas aí começou a crise na imagem: ele prendeu Lula, tirou-o das eleições e foi trabalhar para o vitorioso.
Em pouco tempo, Bolsonaro fez dele, desculpe a expressão, um “bundão”.
Não consegui encontrar uma palavra melhor.
Foi obrigado a ficar calado em vários escândalos envolvendo a família Bolsonaro, mostrou-se fraco ao falar em Caixa 2 dos políticos ( algo que ele disse que era pior do que corrupção).
Para atender o chefe defendeu medidas que defendem licença para matar – algo que fez com que ele pisassem em seu diploma de Harvard.
A cereja do bolo foi Bolsonaro obrigá-lo a desconvidar uma especialista em criminalidade – Ilona Szabó – de uma suplência de um conselho que era apenas consultivo. Isso mesmo, suplência.
Isso porque Ilona tem uma visão divergência sobre armas – e esse conselho nem trata da questão das armas.
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