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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Previdência: Maia põe em dúvida votação de 2° turno antes do recesso

Em meio à votação da reforma da Previdência, cuja resolução dos dois turnos estava prevista para este fim de semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu na manhã desta sexta, 12, que a pauta deve ser votada apenas em agosto.

O atraso nas votações de destaque se dá como estratégia da oposição, visando o adiamento do processo na Câmara. Desde então, 11 destaques foram analisados, cinco prejudicados e três rejeitados.

“O importante é terminar o primeiro turno com a vitória que nós estamos mantendo”, disse Maia

O votação, reaberta no fim da manhã desta sexta-feira, 12, para um plenário de apenas 192 deputados, deve terminar a apreciação dos destaques até a noite.

De volta à comissão especial, que avalizará o texto aprovado no primeiro turno, o projeto segue para nova apreciação em segundo turno.“O importante é terminar o primeiro turno com a vitória que nós estamos mantendo”, disse Maia.

Deputados admitem dificuldades

Em entrevista à Folha, Maia ressaltou que, sem quórum, o primeiro turno está ameaçado. “O que a gente não pode é perder essa economia. Os últimos destaques do PT, se não forem derrotados, nos tiram R$ 100 bilhões. Então a gente precisa ter um quórum alto hoje para garantir essas votações. Não podemos perder nenhum deputado, nenhum voto”, afirmou.

Ressaltou ainda que, além da votação das emendas e demais destaques, será preciso derrubar a exigência mínima de sessões. “Isso vai terminar no final do dia, início da noite. A partir daí, durante o dia, a gente vai vendo qual o melhor ambiente”.

E completou: “Se a gente tem quórum amanhã de 500 deputados, ou de 379 deputados [em referência ao número que aprovou o texto-base, na quarta], ou se esse quórum se mantém para a próxima semana, ou se mantém-se para agosto.”

Maia prega cautela contra rapidez no processo

Afim de evitar uma derrota no segundo turno, Maia lembrou a importância de não empurrar o processo com rapidez. “Dez dias, 15 dias…claro que não é o que nós queremos, não é pelo que nós trabalhamos, mas acho que, nessa hora, nossa paciência, nossa capacidade de diálogo precisa prevalecer em relação a querer empurrar com muita rapidez o processo.”

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