Dimenstein: politicamente correto deu maior surra na vida de Bolsonaro

Nunca Bolsonaro apanhou tanto – e em escala mundial.
Juntou com ele de empresários do agronegócio, celebridades como Leonardo di Capri, Cristiano Ronaldo, Gisele Bundchen e Anitta.
Entraram times de futebol como Palmeiras e Corinthians.
Virou conversa de botequim.
Ontem, enquanto ele falava na TV, panelas batiam pelo Brasil.
Bolsonaro não sabe: mas foi a surra do politicamente correto, que ele não sabe exatamente o que é. Mas odeia.
Lembremos que, em sua visão, ambientalistas integram o politicamente correto.
Lembremos também que a família Bolsonaro imagina que aquecimento global não existe – seria parte de um complô das esquerdas.
As queimadas da Amazônia foram explicadas inicialmente por Bolsonaro como uma sabotagem das ongs, ariculadas com governos estrangeiros.
O que ele não previa era uma reação do mundo – e de governantes que nada são de equerda.
Macron, Angela Merkel, ONU, aliados aos empresários de agronegcócio no Brasi, que sabem que seus produtos dependem de questões ambientais.
Até os Estados Unidos mostraram preocupação com as queimadas.
Bolsonaro viu ameaçado o acordo do Mercosul com a União Europeia.

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