“Sociedade é machista, a gente está aprendendo a não ser”, afirmou Felipe Prior, após ser eliminado do Big Brother Brasil 20 (BBB20), em um paredão com recorde de votos e uma clara disputa de narrativas onde o machismo permeava os votos contrários ao arquiteto.
Quanto às suas atitudes machistas dentro do reality da TV Globo, Prior afirmou: “Achei que, depois de eu ter reconhecido o meu erro e pedido desculpas, isso não fosse mais me prejudicar dentro da casa. Mas quando eu vi que até agora estavam voltando nesse assunto, isso me desestabilizou porque eu considerava um jogo muito baixo”.
“Eu interpretava voltar no assunto como não ter havido desculpa. Para mim, desculpas têm que ser sinceras. A sociedade é machista, a gente está aprendendo a não ser. E eu me propus a aprender. Pedi para elas me ensinarem e elas até gostaram disso. Nesse ponto foram sinceras comigo”, continuou o ex-BBB.
Sobre sua principal adversária no paredão que o eliminou do BBB20, Manu Gavassi, Felipe Prior disse: “Eu sempre tentava ver o jogo de fora. E, já tendo assistido a outras edições, não achava o jogo da Manu interessante. Mesmo assim, acho que estando em um outro tipo de paredão com a Manu, sem ter um grupo inteiro e suas torcidas defendendo ela, talvez eu tivesse mais chances de ficar. Mas lá dentro eu não tinha essa noção e o que aconteceu foi que eu saí”.
O arquiteto ainda falou sobre as lições que aprendeu com o Big Brother Brasil. “Aprendi que eu não sou o dono da razão. Fora os aprendizados de convivência mesmo, de respeitar o espaço do outro”.
Prior inda deu palpites sobre o futuro do jogo. “Eu acho que Mari, Flay e Babu vão continuar jogando, mas tenho certeza que vão ter aproximações, como já está tendo da Rafa com o Babu. As meninas agora estão com uma confiança gigantesca, e era a dúvida que eu gerava nelas que fazia o jogo acontecer. Se ninguém bater de frente, na minha opinião, vai ser um jogo muito chato. Vão ser votos por sorte e acompanhados de pedidos de desculpas. Acho que, nesse sentido, o Babu e a Flay podem ser as pessoas que vão dar vida no jogo. Eu aposto nisso e por isso a minha torcida é para eles” afirmou.
Por que é importante lutar contra o machismo
Com a popularização de campanhas feministas, a luta contra o machismo tem ganhado cada vez mais força. O aumento das denúncias de assédio sexual, violência doméstica e estupro fortaleceu o movimento e também revelou que as agressões persistem no dia a dia de grande parte das mulheres.
Mas, afinal, o que é machismo? O que faz uma pessoa ser ou reproduzir falas machistas? Por que é importante lutar contra o machismo? A Catraca Livre vai te explicar tintim por tintim.
O que machismo?
O machismo é o preconceito que se opõe à igualdade de direitos entre os gêneros, favorecendo o gênero masculino em detrimento ao feminino. Em bom português: é toda a opressão sofrida por mulheres e produzida por homens.
Por exemplo, uma pessoa machista é quem acredita a mulher não deve se portar e ter os mesmo direitos de um homem ou que julga a mulher como é inferior ao homem em aspectos físicos, intelectuais e sociais.
O pensamento machista é totalmente cultural e pode vir de todo canto da sociedade, independente da classe social, posição política, religião ou família.
Por ter sido tratado como algo normal por muito tempo, há apenas algumas décadas esse comportamento é problematizado, especialmente pelos movimentos feministas, que lutam pela igualdade de gênero.
E mesmo com o avanço da luta feminista, não é todo mundo que concorda que o machismo deve ser combatido. Isso faz com que, mesmo com os esforços feministas, ele ainda esteja presente em tantos ambientes.
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