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terça-feira, 14 de abril de 2020

Estudo aponta que número de infectados no Brasil é 15 vezes maior que o divulgado

Diferente do que foi divulgado pelo Ministério da Saúde no boletim da última segunda-feira, 13, o número de  infectados pelo novo coronavírus no Brasil pode passar de 313 mil. Resultado quinze vezes maior que os 23. 430 casos confirmados pelo governo.

A estimativa foi apresentada pelo portal Covid-19 Brasil, feito por cientistas e estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Brasília (UNB) em colaboração com outros centros de pesquisa do país.

Números de infectados no Brasil pode ultrapassar 300 mil casos segundo grupo de cientistas

Ao contrário de países que tiveram melhor performance no combate à doença, o Brasil é um dos que menos usam a estratégia de testagem no mundo. Não por acaso, aparece como o 14º país mais afetado pela pandemia.

Em um cenário onde casos subnotificados fossem considerados, o Brasil passaria para a segunda posição no ranking mundial_atrás apenas dos Estados Unidos. Enquanto lá são 8.866 pessoas por milhão, no Brasil o número de testes é 296 por milhão de habitantes.

A importância do isolamento social

Em entrevista ao Uol, o especialista em modelagem computacional Domingos, que, além de integrar o grupo, dirige o laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), destaca a importância do distanciamento social no luta contra o avanço da doença.

Alerta que se não houver colaboração da população, os impactos serão imediatos: “Se não houver medidas de distanciamento mais restritivas e o isolamento for reduzido, a cidade de São Paulo poderá ver o colapso de sua rede hospitalar já na próxima segunda-feira. Em Manaus, a rede já colapsou, a taxa de hospitalização está muito acima da capacidade de atendimento.”

Veja também: SP já tem mais internações por síndrome respiratória grave que em 2019

Subnotificações por estado

O Maranhão, a despeito do número pequeno de casos notificados, é o estado que tem a maior discrepância com as projeções de casos subnotificados, em torno de 5.177,91%, segundo o estudo. No Rio de Janeiro, essa diferença foi estimada em 1.427,5%. Em São Paulo, 1.496,31%. E no Amazonas, 3.745,62%.

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