A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro fazem uma operação na manhã desta terça-feira, 30, para prender acusados de chefiar a milícia conhecida como “Escritório do Crime”.
Ao todo, a Operação Tânatos –numa referência ao ‘Deus da Morte’ na mitologia grega– cumpre quatro mandados de prisão e 20 de busca e apreensão. Já foram presos os irmãos Leandro Gouveia da Silva, o Tonhão, e Leonardo Gouveia da Silva, o Mad.
Segundo a Polícia Civil, Mad seria o líder do grupo de matadores formado por policiais, ex-policiais e milicianos.
O “Escritório do Crime” cobrava entre R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão por cada execução e que a vigilância das vítimas, que chegava a durar até sete meses, era feita com uso de drones.
A polícia acredita que as execuções por encomenda aconteçam há mais de 10 anos.
Capitão Adriano
A Polícia Civil sustenta que Mad assumiu o comando do Escritório do Crime com a morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, em fevereiro na Bahia.
Ex-capitão do Bope, Adriano Nóbrega foi homenageado em 2005 pelo senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Até 2018, dois familiares do miliciano integravam o quadro de funcionários do antigo gabinete de Flávio.
Adriano considerado peça-chave no esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.
O presidente JAir Bolsonaro chegou a pedir uma perícia independente do caso.
Caso Marielle
O grupo “Escritório do Crime” chegou a ser investigado pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Ao ser preso nesta manhã, Mad disse aos policiais que não tinha “nada com morte da Marielle”. Mesmo sem ter sido questionado.
Operação no Rio prende acusados de chefiar ‘Escritório do Crime’ publicado primeiro em https://catracalivre.com.br
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